Ex Machina – Instinto Artificial
Curiosamente já tem gente criando problemas com a sexualização de robos.
O filme acompanha um cara chamado Caleb, que trabalha na Blue Book, um tipo de Google ainda mais onipresente.
Ele ganha uma loteria interna e irá passar uma semana na incrivelmente isolada casa das montanhas do genio proprietario do Blue Book, Nathan.
Nathan então o convida para participar de algo literalmente capaz de mudar o mundo: um Teste de Touring para avaliar a primeira Inteligencia Artificial verdadeira.
Ouvi muita gente tecendo louvores para o filme e tudo mais, indicações a vários premios e tal, mas achei razoável apenas. A condução é bem feita mas nada de destacar.
Tem bons momentos mas não o bastante para sair meio que da apatia, e não é pelo ritmo do filme. Nem as mulheres nuas peladas ali chamam muita atenção, embora sejam esteticamente muito apeteciveis.
Mas talvez por causa do contexto em que essas cenas estão é que não tenham erotismo.
O elenco é bom, isso é inegável. A androide Ava é interpretada por Alicia Vikander, que está realmente convincente como uma inteligencia recem nascida.
Mas sendo meio babaca, dá pra ver porque ela não foi uma boa escolha para Lara Croft. A moça é bonita e uma boa atriz, mas tem o fisico de um menino de 12 anos.
Oscar Isaac faz um milionario estranho bem legal, algo como uma versão bebada e fodida do Steve Jobs misturado com Zuckberg misturado com o CGui.
O final é bastante previsivel, o que acaba sendo meio desapontador considerando o filme até aquele ponto. Já vi situações semelhantes em animes e quadrinhos muitas vezes para considerar
novidade. Visualmente é muito bom no entanto.
A premissa é calcada naquele velho medo, bem ocidental eu diria, para ser mais mais pedante, sobre as IAs se rebelarem contra seus criadores, o velho Complexo de Frankenstein lááá de Isimov e motivador das Três Leis da Robotica.
É legal e só. Tem ideias bem sacadas e é daqueles filmes que os criticos adoram, por ter um monte de simbolismos, analogias e aberturas para interpretar isso ou aquilo. O problema é que ele não parece empolgar, interessar, o bastante. Não consigo pensar em nenhum aspecto dele que não tenha sido melhor abordado em alguma outra obra, como Blade Runner ou Ghost in the Shell, aquele trailer do PS4 chamado Kara ou no fantástico Time of Eve.
Na verdade, prefiram ver Time of Eve.