Esquadrão Suicida – por vocês sabem quem
Sério, alguém achou que não teria?
Pois então, acho que vale falar um pouco do Esquadrão antes de tudo.
Em 1959, surgiu o primeiro Esquadrão. Eram quatro caras sem poderes e apareceu em algumas poucas histórias. Décadas depois, durante a megasaga Lendas, o Esquadrão foi recriado, meio que para responder uma pergunta intrigante. Como caralhos o sistema penal é tão bosta que os vilões de quadrinhos estão sempre fugindo da cadeia?
A resposta é que não estão fugindo. Amanda Waller criou a Força Tarefa X para fazer operações black ops para o governo. Se os caras trabalharem direito e não morrerem, recebem reduções de pena ou até a liberdade. E porque usar criminosos?
É simples Jimmy. Eles são dispensáveis. E se der alguma merda, sempre se pode alegar ignorancia dizendo que eles estavam fazendo o que meta criminosos fazem, e não ajudando o governo.
Como se pode imaginar, criminosos não são exatamente cooperativos, então para controla-los havia um bracelete carregado de explosivos. Qualquer mijada fora do penico e perdiam um braço.
Normalmente nas historias do Esquadrão apareciam vilões da lista C ou D da editora, as vezes um B ou até um A. Essa escolha entre as buchas da comunidade vilanesca era justificada, já que algumas historias do Esquadrão tinham até 90% de baixas. O Pinguim quase dança numas dessas e foi nas historias do Esquadrão que a Oráculo apareceu a primeira vez.
O tratamento que John Ostranger deu para a equipe principal foi desenvolve-los de forma que não haviam sido em suas historias de origem. Dai surgiram a personalidade covarde e traiçoeira do Bumerangue ou o estranho desejo de morte do Pistoleiro.
No filme, Amanda Waller inicia um programa para usar meta humanos em missões perigosas para o governo. Segundo ela, é bom que estejam preparados caso o próximo Superman (o filme se passa após Batman versus Superman) seja mal intencionado. Não que ela tenha conseguido um pessoal capaz de fazer frente ao Super, mas serviu para vender a idéia.
Ela acaba tendo que apressar as coisas quando uma treta mistica-transdimencional começa a acontecer no meio de uma cidade, então ela manda pra lá o bando de criminosos liderados pelo coronel Rick Flag.
Numa conversa sensual casual com o amiche Evandro, o mesmo me chamou a atenção a edição do filme, confusa em alguns momentos disse ele. O unico que achei foi o intervalo de tempo entre a merda começar a acontecer no metrô e o tempo que o Esquadrão chega em Midway City, três dias. Realmente não há indicativos muito claros sobre esse tempo. Não era necessário esse tempo.
Um ponto que me chamou a atenção foi a trilha sonora. Não dá pra negar que o uso de trilha dessa maneira é chupetado de Guardiões da Galáxia, que por sua vez ressuscitou o uso de trilhas no meio do filme, que era muito comum nos anos 80.
A trilha tem seus altos e baixos, com altos muito elevados e baixos quase subterraneos. O uso das músicas foi criativo pra caralho, com cada uma sendo vinculada a alguma coisa ou alguém, como no momento que toca The House of the Rising Sun, se referindo à prisão de Belle Reve, que fica na Louisiana, onde também fica a Nova Orleans da música.
E apesar de ser impossivel qualquer cover chegar no nivel de Queen, o cover de Bohemian Rapsody é até apreciável, então é um ponto positivo. MAS no filme a que toca é a do Queen mesmo. Então, para encerrar, a Awesome Mix Vol 1 é boa, mas querem mesmo sair na porrada com Queen, AC/DC, Black Sabbath e The Animals? É. Achei que não. Então chupa Starlord, sua mãe podia ser mais seletiva.
Outra coisa que ouvi bastante foi sobre o desenvolvimento dos personagens. De fato, apenas uns poucos tem, e outros quase não são presentes. Mas são fodendo oito personagens só no Esquadrão. Três deles tendo algum desenvolvimento é duas vezes mais do que acontece nos filmes dos X-men por exemplo.
E então chegamos à Arlequina e ao Coringa. O Coringa de Leto é uma das mais estranhas versões que já vi e eu havia odiado com a força de mil sóis. Até que notei no filme a proposta do sujeito. É como se ele fosse um daqueles chefes de gangue, com aqueles exageros dos anos 90. Ainda não é o ideal, mas tornou mais palatável. Não vou me aprofundar no comportamento dele por uma simples razão. Não é o meu Coringa favorito. O Coringa já foi retratado tantas vezes, de tantas formas que é só uma questão de escolher o seu preferido. Chegou-se a um ponto onde não dá pra dizer muito “esse é certo, esse é errado”. E por sinal, o meu favorito ainda é do Animated Series do Bátima.
A Arlequina de Margot Robbie é um equilibrio entre a Arlequina original, que era engraçadinha e adorável, a atual dos quadrinhos, que não regula bem, e uma versão mais letal da personagem. Segundo Paul Dini, ela encarnou bem a Arlequina e sou inclinado a concordar. Ainda que ela realmente seja mais letal que a média da Arlequina. Sério. Ela é muito mais ameaçadora do que “A Mulher Mais Perigosa da Galáxia”. E é a última comparação com “Guardiões da Galáxia. ” Juro.
Will Smith lembrou como é ser parte de um elenco e trabalha bem seu personagem sem tentar ser estrelinha.
Engraçado que algumas pessoas criticaram a violencia do filme. Não sei o que esperavam de algo que é protagonizado por criminosos e tem o nome “Suicida”.
O tal DCMU passa a ter três filmes com esse. E é o mais divertido deles, o que não é um grande feito segundo alguns. Mas é definitivamente um filme legal e uma continuação seria bem vinda.
E de boas, a campanha dos DCnecos para tirar do ar o Rotten Tomatoes é absurda. Quer dizer, é um site que deu 73% pra Ghostbusters…. tem a mesma credibilidade de comprar um carro usado de um candidato a prefeito.