Em tempos de GTA’s e Watch Dogs, qual a importância dos sandbox pros videogames?

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Sandbox…. um termo que nunca esteve tão quente e em evidência na indústria videogueimêra.

Caso não estejam familiarizados com o termo, sandbox é o mesmo que areiacaixa ou, ainda, mundo aberto. Um jogo encaixado nessa categoria, basicamente, deixa o jogador vagar livremente dentro de um ambiente específico, mas claro que dentro de sua proposta e/ou limitações. Geralmente vemos esse gênero associado com movimentação por cidade(s). Claro que existem diversas limitações e, portanto, nem tudo é ABSOLUTAMENTE interagível, mas os jogos conseguem trabalhar esses pontos de uma forma interessante. O importante aqui é saber que você pode interagir e moldar esse mundo de acordo com o seu tipo de progressão. Esse é o ponto principal do sandbox.

“Mas como assim, Cgui? Moldar o mundo de acordo com o seu tipo de progressão?” Sim, sim. Isso basicamente nos sugere que podemos fazer o que quisermos dentro daquele ambiente. Interagir com pessoas, fazer missões secundárias, procurar segredos, vagar livremente e sem rumo definido são algumas (pouquíssimas) dessas possibilidades. Lembrando que elas ocorrem naturalmente, não sendo necessário (na maioria das vezes) trocar de modo ou passar por um menu pra isso. Está tudo ali. É só querer fazer.

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Comparação de mapas entre GTA IV e V.

Enfim, nessa geração de videogames o sandbox vem ganhando bastante destaque. Mais pra frente eu vou listar alguns dos mais conhecidos e relevantes (muitos BEM antigos, por sinal), mas isso não vem ao caso agora. O ponto é que com o tempo, foi possível perceber que esse tipo de progressão  pode estar de mãos dadas com uma história muito bem contada e trabalhada. GTA III está aí pra mandar abraços. É claro que tocando nesse assunto, já nos vem à mente (ou não, HAHAH) os tão aclamados RPGs japoneses, que embora sejam COMPLETAMENTE diferentes de jogos de mundo aberto, sempre tiveram a preocupação de nos trazer uma história grandiosa. Não que uma uma tenha a ver com a outra, mas vale lembrar que esse é um gênero que anda em decadência e cada vez “menos relevante” e explorado. Pode ter relação com esse modelo de progressão? Talvez sim, não sei. E nem é disso que quero falar.

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Caraaaaalho… EU-QUERO-ISSO! *-*

Como já disse, existem diversos exemplos de grandes histórias que estão contidas em jogos de mundo aberto, o que torna o jogo muito mais acessível pra diversas pessoas, já que apresenta uma história interessante, apresenta possibilidades de desviar da história a bel-prazer, apresenta diversos itens opcionais e desbloqueáveis (que podem ser conquistas ou uma nova peça de história, como é o caso de Dark Souls e Skyrim, por exemplo), entre outros. E imagino que isso só deva crescer. A nova geração de consoles (que, evidentemente, garante maior robustez para rodar jogos cada vez mais complexos/pesados e, portanto, bem trabalhados) parece ser o palco ideal para esse tipo de consolidação. Eu aposto que nesses tempos DIVERSAS novas franquias com essa características irão surgir…. e outras tantas continuarão sendo exploradas (embora nem sempre deveriam…. bayjos Assassin’s Creed).

E não me entendam mal, o conceito de jogo de mundo aberto existe faz um bom tempo, mas é agora que ele parece brilhar e mostrar um potencial acima do padrão. Muitas pessoas podem criticar Watch Dogs por não ser TUDO aquilo que imaginaram, especialmente depois de acompanhar todo o hype e especulações em cima do mesmo, mas tirando esse fator, temos um jogo completo e incrível, que explora o mundo de um ponto de vista completamente diferente de tudo que estávamos acostumados. Claro que as comparações com GTA, especialmente o V, são inevitáveis, mas devemos lembrar que cada jogo tem uma premissa BEM diferente uma da outra. Isso não deveria ser um ponto de desempate. Não do jeito que anda sendo. Além do mais, a Rockstar é o maior ponto de referência atual em jogo de mundo aberto, comparar jogos e esperar que eles tenham a mesma relevância é um tanto quanto injusto…. e incabível, diria. Tudo ao seu tempo, cara… Tudo ao seu tempo.

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Já que mencionei antes que o gênero existe a algum tempo, se liga em alguns deles, só pra você ter ideia de como isso começou e foi evoluindo. Claro que eu vou deixar um monte pra trás (já que sou preguiçoso e nem quis pesquisar direito, ahhaha). Antes, alguns desses parecem ser  um tanto quanto duvidosos nessa listagem. Se for o caso de não concordar com alguma coisa, deixa aí no comentário…. prometo que atualizo esse texto aqui. Mentira, não prometo nada… mas comenta aí. Bom, se liga aí nos joguenhos: Super Mario 64 (com muitas restrições), Legend of Zelda: OoT/MM, Banjo-Kazzoie, Donkey Kong 64, série Pokemon do(s) Gameboy, Shenmue (provavelmente o “primeiro” desse modelo que conhecemos atualmente), série GTA (desde o primeiro até o quinto, que já apresenta um sistema online relevante), série Yakuza, Fallout (não sei aqui se a série toda tinha essa premissa, mas Fallout 3 e New Vegas COM CERTEZA devem ser lembrados), série Saints Row (que nasceu como um clone genérico de GTA… e ficou incrivelmente diferente com o tempo), série Elder Scrolls (vale o mesmo pra Fallout, da mesma Bethesda, eu não sei se os primeiros tinham essa premissa… eu imagino que sim, mas Skyrim é o ponto mais alto pra olhar aqui), série Crazy Taxi (dentro de sua limitação e mecânica), Red Dead Redemption, Dark Souls 1/2 (aqui pode ser um ponto de controvérsia, mas a exploração é a alma do negócio, especialmente no segundo jogo), série Infamous, Minecraft (que tem, também, o conceito de roguelike… algo que eu vou falar num post futuro) e, o exemplo mais recente, o já falado Watch Dogs.

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Aaaahhh, Shenmue é muito amor! S2

Obviamente eu deixei um monte de jogos de lado… e nem me preocupei em listar MMORPG’s. Mas imagino que seja isso. Vocês já pararam pra pensar nesse ponto? Acham que eu falei muita merda? Tem alguma coisa pra completar? É só deixar aí embaixo, lindezas. Bayjos, S2.

 

Cgui
05/06/2014