Dredd por um “Comunistinha de Faculdade”
Não, não é um post do Bruno.
É amigos, nesse frio de lascar coloco minha blusa da KGB e toca do Che para falar do segundo melhor filme do Dredd, pois o mais maneira de louco é o do Stallone mesmo…
Num futuro pós-apocalíptico de uma guerra nuclear, no meio dos Estados Unidos que virou um deserto radioativo, (sobre)vivem 800 milhões de pessoas, em um território que hoje iria de Boston a Washington. Em pleno caos, com uma população que vive na quase miséria, os homens e mulheres da Corte da “Justiça” vão as ruas para enfrentar os criminosos, com o papel de apurar, julgar, condenar e executar os infratores, que variam daqueles que cometem pequenos delitos até os que mataram MAIS DE MIL!
Nesse contexto, Juiz Dredd (Karl Urban), um homem da Corte da “Justiça” que parece ser bastante eficiente em seu trabalho, tem como atribuição supervisionar por um dia a caloura juíza Cassandra Anderson (Olivia Thirlby), para ver se ela seria capaz de fazer o trabalho. Em seu teste, Dredd junto com Anderson, vão Peach Trees, um prédio de 200 andares, par investigar a morte de 3 homens, que são mortos a mando de Ma-Ma (Lena Headey). O Bagulho vai pro bréjio, e a Ma-Ma prende os dois juízes no prédio, onde só irão sair mortos…
Bem amigos, o filme é muito legal, as cenas de ação são bem feitas, e o clima criado pela história é divertido, se não fosse pela falta do Stallonaço “CONCERTESA”seria o melhor filme do Juiz Dredd de todos os tempos…
Agora falando sério (a parte chata do post)… sabe-se que o índice de criminalidade de determinada sociedade é paralelo a pobreza e falta de distribuição de renda, não estou falando que se todos recebessem o mesmo salário (para ser bem simplista) os crimes iriam parar, não, eles iriam permanecer, mas é bem possível que iriam diminuir em muito. Vejo no universo criado em “Juiz Dredd” um possível desdobramento para os ideais da direita, que acreditam que policiamento, penas rigorosas, e uma “JUSTIÇA” rápida, seriam eficazes para erradicar a criminalidade… bem, não seriam, vendo que países com um sistema mais parecido com essa ideologia, não tem indice de criminalidade baixo… tal como E.U.A… tchãnãnãnam!
O filme mostra coisas bem alarmantes e chocantes, como a terminologia para retirada de corpos, que seria “reciclagem”, ou a total banalização para as mortes dos pobres, que são os principais alvos dessa politica conservadora.
O que me incomodou nisso tudo, é que poucas são as críticas que o filme faz a esse universo, fora uma vez ou outra que a Anderson tem uns momentos lendo as mentes de algumas pessoas (SIM, ELA É UMA MUTANTE E EU ESQUECI DE FALAR ISSO) e ela observa que a lei é injusta com algumas pessoas, mas cara… ela é injusta com todos. Outra coisa foda é que, pelo menos eu, percebi o Juiz Dredd sendo colocado como um “Herói”, coisa que ele determinantemente não é (Ao contrário do Stallas que era heróizaço sim). Eu senti a Ma-Ma sendo colocada como vilã (o que ela realmente é) e o Dredd como herói, sem tentar problematizar essas coisas e criar, assim, uma reflexão para aqueles que foram assistir o filme… mas enfim… é isso.
Ficha Técnica:
Diretor – Pete Travis
Estrelando – Karl Urban (Senhor dos Anéis, Doom); Olivia Thirlby (não conheço) e Lena Headey (Game Of Thrones, 300)
NOTA: 4 Garibas (O que seria equivalente a 6… eu acho… sei lá, não me lembro mais…)