Doutor Estranho: O Juramento
Sabe aquele tipo de quadrinho relativamente leve, que você não precisa de anos de cronologia pra entender? Aquele tipo de história boa e bem contada que te diverte, e provavelmente você vai querer ler de novo outra hora? Isso está bem aqui nesse encadernado.
A história começa com Stephen Strange sendo levado ao pronto socorro dos super heróis após ter tomado um tirambaço no peito. O autor do disparo, além de quase matar o mago supremo, conseguiu o que parecia impossível para todos, conseguiu penetrar (AAAHHHH CARALHO!) nas defesas mágicas que protegem a mansão do protagonista. E o porque da invasão está um pouco atrás na história.
Wong, discípulo e fiel companheiro de Strange está morrendo. Câncer no cérebro, estágio terminal, inoperável. Ao sabem da notícia, o mago fica atordoado e resolve usar de todo o seu arsenal para curar o amigo, mesmo que precise enfrentar demônios para isso, literalmente falando. Sua procura o leva a uma antiga poção mágica guardada por um demônio que pode curar Wong. Mas não é só isso, a poção se mostra capaz de curar qualquer enfermidade existente. E claro, uma coisa dessa acaba atraindo a atenção de inimigos, principalmente aqueles que lucram sobra as doenças e sofrimento alheios.
A fim de encontrar o responsável por quase matá-lo, Strange juntamente com Wong e a Enfermeira Noturna (que nome mais escroto) acabam se deparando com uma misteriosa fundação e outro mago, que cruzou o seu destino com o de herói no passado, antes mesmo Strange ter iniciado os seus estudos nas artes místicas, na época em que o mesmo era apenas um talentoso e arrogante cirurgião.
Como já dito, a história é bem divertida. Isso se deve ao roteirista que consegue fazer uma história que aborda questões sérias mas que utiliza muito bem os momentos cômicos. Além disso temos uma abordagem interessante sobre o passado de Strange, e como ele lida com sua antiga profissão e seus erros do passado.
Um dos pontos fortes da mini também é a arte. Marcos Martín possui um traço muito belo e bastante limpo, e em algumas páginas você realmente acaba reservando um tempo apenas para prestar atenção nos detalhes e admirar a beleza da obra. O excelente trabalho de cores de Javier Rodriguez também merece ser citado, ajudando a salientar o sentido de grandeza de algumas páginas. Enfiem, um bom encadernado da coleção da Salvat.
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