Double Dragon Neon
Esse é true survivor.
Dá uma certa tristeza ver como algumas coisas que já foram poderosas caíram. Megaman, Contra, R Type, entre outros.
De tudo isso, é o estado atual dos beat´em up o que mais me entristece. Lançamentos são raros pra caramba.
Talvez por isso os sujeitos do estúdio WayForward Technologies resolveram lançar Double Dragon Neon, o primeiro jogo da franquia desde Super Double Dragon do SNES (e estou desconsiderando alguns lixos que saíram depois) em 1992.
O jogo começa como era de se esperar, com Marian sendo raptada. Ao sair da garagem, Billy Lee até comenta a repetição do fato. O resto é história, ou quase total ausência dela.
Você sai pelas ruas espancando meliantes com um variado arsenal de golpes. No caminho, você encontra dinheiro que servirá para equipar golpes especiais e mudar atributos (os power ups vem na forma de fitas cassete) e power-ups em lojas gerenciadas por velhos chineses misteriosos ou sujeitos que parecem anões motoqueiros. Os golpes especiais precisam ser recarregados após cada uso, através de violência ou encontrando pilhas AA.
Os inimigos tem alguma, alguma, variedade. Com velhos rostos retornando, como as chicoteentas Lindas e o bom e velho Abobo. A despeito disso, os inimigos são a gangue Shadow Warriors liderada por Skullmaggedon.
Seguindo a tradição de Double Dragon e dos arcades, é um jogo não muito longo e que pode ser difícil. Os inimigos não irão perdoar falhas em seus ataques e vão chutar seu saco sem piedade.
Os gráficos estão muito bem desenhados, com sprites grandes como no velho árcade, mas claro, muito detalhados e estilosos. A música é qualquer coisa de incrível. Impossivel ser mais anos 80.
Por outro lado, esse foi um problema que senti. Uma coisa que é até antagônico dizer, considerando minha opinião sobre Kung Fury, é que os produtores levaram o jogo muito para o lado galhofa, algo que Double Dragon, por mais elementos disso que tivesse, nunca chamou atenção para esse aspecto.
A preocupação em ser “anos 80” assumiu um grande destaque. Desnecessário.
Isso não quer dizer que o jogo seja ruim, longe disso.
É uma boa sequencia, digna de ser incluída entre os outros jogos bons da franquia. Então pare de ser bunda mole e de matar sujeitos a 50 metros com fuzis enquanto sua energia se recupera quando você se esconde como um camundongo afrescalhado. Dê porrada nos seus desafetos.