Dinastia M
Escrita por Brian Michael Bendis ( o faz tudo da Marvel) e ilustrada pelo fodassaralho Olivier Coipel, Dinastia M é um evento intimamente ligado aos acontecimentos de Vingadores: A Queda. Na trama, Wanda Maximoff ainda está com a mente em frangalhos, abalada pela revelação da não existência de seus filhos e por causa de sua loucura ter afetado seus amigos, causando inclusive a morte do Gavião Arqueiro.
A mesma se encontra exilada nas ruínas de Genosha, onde Charles Xavier procura desesperadamente ajudá-la. Junto com eles estão também Pietro e Magnus. Cada vez menos Xavier está conseguindo controlar Wanda, e o que pode acontecer ao mundo se a mesma voltar a se descontrolar é incerto. Incerto demais para deixar uma ameaça desse nível viva.
Em Manhattan, Vingadores (novos e ex membros) e X-Men se reúnem para decidir qual o futuro da Feiticeira Escarlate, enquanto alguns nutrem esperanças de que ela consiga reaver sua sanidade, outros mais paus nos cus, como Wolverine e Emma Frost, já estão decididos à matá-la. Como quem manda nessa porra é o Capitão América, matar fica fora de questão e todos partem para Genosha, a fim de ajudá-la através da união das habilidades de Xavier e Doutor Estranho.
Em Genosha, Pietro está desesperado, pois acha que os heróis estão indo matar sua irmã. Após uma pequena briga com o pai, o pior acontece, Xavier é sequestrado e usado para aumentar os poderes de Wanda. Um clarão surge e um novo mundo se inicia.
Tudo está diferente do que estamos acostumados. Mutantes são a raça dominante no mundo e humanos são tratados como seres inferiores e sofrem perseguições e preconceito. A Shield é uma organização mutante responsável por reprimir revoltas causadas por humanos, que são pejorativamente apelidados de sapiens. Todo herói perece ter alcançado o que sempre sonhou, e isso pode não ser exatamente ideal para manter a utopia mutante. Wolverine acaba se lembrando de tudo da sua vida anterior (afinal, sempre foi isso que ele quis) e está decidido a recolocar o mundo nos eixos.
Antigamente, quando eu ainda lia bastante scan, eu havia criado uma regra básica: não ler mega sagas. A única mega saga que li na época foi Blackest Night, da DC, e ali que eu descobri que isso não valia a pena, foram quase duzentas revistas (incluindo as tie ins) pra uma história que no fim não vale tanto tempo gasto. O que eu quero explicar é que toda mega saga que está saindo ou vai sair na coleção da Salvat é novidade pra mim.
Explicado isso, devo dizer que eu realmente gostei de Dinastia M. Já vi outros sites dizendo que a saga não é grandes coisas, é chata e que já fizeram isso antes. Ok, concordo que não é uma das melhores coisas que já li do gênero ou até da mesma editora, mas ainda sim considero uma leitura bacana. Bendis, como sempre, escrevendo da maneira que lhe é característica, ou seja: pra caralho. Tem horas que a carga de texto em uma única página desanima, mas não chega a comprometer a diversão. Falar bem de Olivier Coipel é chover no molhado, o cara desenha pra caralho.
No frigir dos ovos, Dinastia M é uma historinha bacana, quem critica deve ser porque leu junto com o s tie ins, e essa saga é da época que a política das majors era a de ampliar o evento principal para o maior número de títulos possível. Então se você não conhece, leia só esse encadernado com a história principal que tá de boas. Como sempre, o link pra quem quiser comprar e dar uma força pros parça está aqui. Beijo no coração.