Devilman Crybaby

Chola mais

Olá amiguinhos.

Estamos de volta ao trabalho, depois das tradições de fim de ano costumeiras, ou seja, festas, ressacas, recesso, ficar sem internet devido a roubo de cabos… o de sempre.

Achei que deveria começar o ano com um post que reflete o que imagino que será 2018.

Então será a mais recente adaptação dessa obra do genial Go Nagai.

Um resumo pode se fazer necessário, ainda que quem não conheça alguma coisa sobre Devilman certamente é um sacripanta.

Vou tentar usar uma palavra obscura por semana esse ano.

No mundo todo tem havido um aumento dramático nos crimes violentos de forma inexplicável. Alheio a tudo isso está o banana e chorão Akira Fudo, que atualmente mora com a familia de uma amiga de sua mãe.

Subitamente reaparece um amigo de infancia, Ryo Asuka, que pede sua ajuda para investigar um incidente bizarro que presenciou na Amazonia, o Festival do Caprichoso e Garantido, o suicidio de um pesquisador russo. Segundo Ryo, os crimes e o suicidio estão ligados ao fato que, repentinamente milhares de pessoas tem se tornado em demonios.

A coisa é que Akira acaba se fundindo com o poderoso demonio Amon, mas ao invés de ser dominado por ele, consegue manter sua humanidade e começa a enfrentar os demonios como Devilman.

A historia segue o Padrão Go Nagai de qualidade com todo o sexo e violencia absolutamente necessários e curiosamente condenados tanto pelos puritanos quanto pelos SJWs.

A animação é, estranha, digamos. Não consigo definir bem, mas uma vez acostumado com ela é bastante ok. As cenas de ação são muito bem feitas, mesmo com um traço bastante minimalista em certos momentos. O que não é estranho, considerando que é dirigido por Masaaki Yuasa, de Space Dandy entre outras coisas.

Alguns personagens se tornaram até mais interessantes nessa versão, como o interesse romantico de Akira, Miki, que ganhou uma caracterização melhor e até uma rival, outra garota chamada Miki.

 

Há todos os confrontos clássicos de Devilman, como o combate contra Silene e contra Jinmen, aquele que parece uma tartaruga e usa as almas das vitimas como um escudo no corpo.

Tem um mindfuck bem esquisito num certo ponto, quando o irmão mais novo de Miki assiste na tv a abertura da série original do Devilman, a dos anos 60, e mais de um personagem afirma lembrar disso.

Devilman Crybaby não é a salvação da lavoura como andam dizendo por ai. Muito bom? Definitivamente. Mas não é uma obra prima em absoluto.

É uma série padrão Netflix, ou seja, 10 episodios, que conseguiram evitar aquela impressão de resumo.

Para finalizar, um aviso de sempre. Você não assiste coisas do Go Nagai para ficar de boas. Assiste sabendo que geralmente são legais e vão te deixar na bad. Mas assiste assim mesmo.