Desejo de refazer.

Já devo ter comentado aqui que há ocasiões onde gosto de estar errado. Uma dessas parece ser sobre o vindouro remake de Desejo de Matar, o cláááásico do Corujão.

Fiquei pensando quando anunciaram Bruce Willis no papel que foi de Charles Bronson: “Não vai dar certo. Como substituir Charles Bronson, num papel que exige que seja um cara normal, que não pareça um fodão?”

Mas só agora me veio o pensamento que, Bruce Willis era justamente isso nos primeiros Duro de Matar. E agora, velho e carecão, ele parece ter adquirido um ar de vovô necessário para o filme.

Depois temos o diretor, Eli Roth.

É um sujeito que não gera meios termos em matéria de apreciação de seu trampo, mas em geral são bons espetáculos de sangrera. Promissor.

Para quem não sabe, não imagino como, essa é a trama. Paul Kersey (Willis) é um médico comum (no original era um arquiteto) cuja esposa foi morta e sua filha agredida e violentada na violenta Detroit (e as coisas não estão bonitas por lá, como não estavam em Nova Iorque na época do filme original) e resolve tomar a justiça em suas mãos.

Um nome ironico do elenco é Vincent D´Onofrio, que finalmente vai encontrar o Justiceiro original. Num filme que parece ser muito mais Frank Castle que as tentativas anteriores.

Claro que sendo a época que vivemos, já há a gritaria sobre o filme ser fascista, racista e demais istas e fóbicos que vão sendo criados dia a dia. Só isso já é um ponto positivo pra mim, por que a galera que fala isso, em geral está errada.

Estou então disposto a dar uma chance para esse filme. Apesar de não ter gostado da musica no trailer, o que depõe contra minha teoria que tudo deveria ter trilha sonora de AC/DC. Mas por alguma razão, Back in Black não combinou com o trailer. Hell´s Bells talvez fosse uma escolha melhor.