Dark Souls 2: Beta, versão para PC e considerações aleatórias
Esse post não é pra falar sobre o jogo em si, é mais para refletir sobre suas promessas, feitos, portabilidade e decepções. Tudo ao seu tempo.
É… é…. Dark Souls 2 taí pra “todo mundo” jogar. Exceto se você só tiver um console da nova geração. Caso seja isso, meu amigo, sinto lhe dizer, mas Dark Souls 2 não será um jogo que você irá ver tão cedo, isso SE você ver algum dia.
A continuação da jornada de Dark Souls agora pode ser desfrutada por todas as pessoas. Eu devia colocar desfrutada entre aspas, já que todo mundo conhece a fama da Série Souls. Raiva, mortes, uma certa alegria, mortes, empolgação, mortes, mais raiva, mortes, satisfação, mortes e um certo amor, sem esquecer de mais mortes. Esse aí é basicamente um resumo do que vai rolar no jogo, apesar desse não ser o tema principal dessa postagem. Fazer o quê se eu perco o foco facilmente?
Começando do começo (o que é sempre bom, né?!), Dark Souls 2 teve um hype monstruoso desde seu anúncio, em especial pela incrível comunidade dos jogos anteriores da série. Comunidade essa que é apaixonada, ativa e entende, realmente, o que é a Série Souls. Um bom tempo passou e tivemos diversas confirmações sobre o jogo, dentre elas uma demo que poderia ser jogada no Playstation 3 e tinha o principal intuito de testar a conectividade online. Eu não tenho um PS3, muito menos planos para adquirir um, mas fiz questão de, educadamente, sugerir que um amigo meu tinha a obrigação de se inscrever pro teste. Essa inscrição deu certo e, “pasmem”, não conseguimos jogar direito na fatídica madrugada, coisa que não vem ao caso no momento. Após conseguir jogar, só consegui pensar em uma coisa para descrever aquilo: PUTA QUE PARIU!
Foi uma das experiências mais fodas que tive com Dark Souls, junto com aquele pensamento de “nossa, era isso que eu sempre quis ver”. Uma jogabilidade aperfeiçoada, ambientes escuros, novas mecânicas que realmente fariam a diferença, uma iluminação orgasmática e um gráfico lindo (que, pra mim, nem é um ponto determinante, mas não deixa de ser um ponto legal de existir). Eu até fiz um post sobre, explicando algumas mudanças e cagando uma regra sobre o motivo disso aperfeiçoar nossa experiência.
Lembra daquele famoso dito, “o que é bom dura pouco”? Pois bem, não foi diferente aqui. O período de testes acabou rapidamente e ficamos só na ansiedade por jogar isso logo. Confabulando e esperando as novas possibilidades para explorar o jogo, para entender sua história e desvendar seus segredos. Queríamos fazer tudo aquilo que fizemos em Dark Souls.
Então chegou a grande hora. O jogo saiu e, mesmo antes de jogar, já estava empolgadão com o jogo. E ainda estou, mas percebi uma diferença brutal em comparação com aquilo que nos foi mostrado láááá na demonstração. Alguns pontos mecânicos foram alterados, mas o mais importante é que aquele climão pesado foi suavizado. O jogo estava mais parecido com Dark Souls do que com Dark Souls 2, não que eu ache isso ruim, de fato eu tenho uma admiração incrível por todo o clima de solidão e de responsabilidade que nos é apresentado, mas sei que isso quebra MUITO aquela expectativa que nos foi gerada durante os teses e exibições diversas. A melhora do frame rate (que está MUITO mais estável) culminou em uma perda significativa dos efeitos de iluminação, com cenários menos escuros (que, inclusive, justificam em pouquíssimo uso da tocha, uma das funcionalidades novas e que me garantiam maior aposta de sucesso em tempos passados) e efeitos mais pobres em geral e colorização diferenciada.
Isso tudo nos passa uma mensagem: Não confiar em demonstrações ou conteúdos apresentados antecipadamente. Nunca. Sei que esse tipo de coisa nem deve ser levado em consideração, já que é uma versão inicial, mas o mínimo que esperamos é a exata evolução de algo e não um nivelamento por baixo. Entenda que isso nunca me fará desistir do jogo, ou amar ele menos. Isso contribui, apenas, com aquela questão de que poderia ter sido melhor em linhas gerais, que poderia ter um gostinho diferente, tal qual um purê de batatas. É muito bom, mas poderia ficar incrivelmente melhor se tivesse bacon. É claro que muitas pessoas não gostam de batatas, bacon ou os dois, mas quem gosta sabe do que estou falando.
E tuuuuuuuudo isso nos leva (ou não) a versão do jogo para computador. Novamente, só consegui pensar em um termo pra descrever: PUTA QUE PARIU! O port para PC foi muito melhor trabalhado que o da primeira versão do jogo, mas ainda apresenta ressalvas. A possibilidade de desfrutar o jogo em 1080p, com texturas bastante melhoradas e rodando com uma taxa de 60 quadros por segundo garantem a melhor experiência até então. Isso sem contar com a melhora na iluminação em geral. Dá até pra esquecer que toda a interface ainda está mostrando os botões do controle de Xbox 360, mesmo quando estamos jogando com teclado (jogabilidade essa que foi olhada com muito carinho, já que apresenta uma evolução monstruosa). Tá, isso é o tipo de coisa que pode ser arrumada em um futuro próximo, mas que não deixa de ser um relaxo.
E nunca pensei que fosse dizer isso sobre a série, mas apostar nessa versão para o PC pode ser a melhor ideia, isso se você tiver uma máquina para tal, que está longe do meu caso. Os detalhes das texturas, correções da iluminação e os incríveis 60fps garantem uma forma mais sólida ainda de aproveitar a jornada. Não que isso exclua as versões para consoles e afins. Jamais. Gráficos de ponta nunca foram uma vantagem para a série, já que ela fazia MUITO bonito dentro dessa limitação. Gráficos de ponta nunca vão ser um motivo para jogar a série. Mas gráficos melhorados, por sua vez, nunca serão demais em um jogo demais. O ponto é: caso tenham a possibilidade de fazer essa escolha, dêem uma chance para Dark Souls 2 para computador. E isso porque nem estou contando com as possibilidades de modificações, como foi o caso do pack extra-oficial, que salvou a portabilidade do primeiro Dark Souls, dando uma sobrevida até suas adaptações e correções oficiais.
E como eu adoro ser redundante e ficar repetindo as mesmas coisas sempre, Dark Souls 2 continuará no meu coraçãozinho, sempre será um jogo que respeitarei e me importarei (mais que o primeiro em alguns pontos, mas só falarei sobre em um futuro não tão próximo). Faça um favor para você mesmo e jogue ele. Seja no Xbox 360, seja no PS3, seja no PC. Não importa. Jogue. E morra um pouco por dentro sempre que morrer repetidas vezes em chefes. Ou em inimigos comuns. Ou em abismos sem fim. Ou em invasões.