Continuum – O Canadá também apostou em Sci-Fi.
Esse o Canadá se fodeu, imagina como não a coisa não deve ter pego lá no Brazil.
Fala, cambada. Aqui estamos de volta para transferir sua chamada para nosso ramal de cancelamento de assinatura socar na sua mente um pouco de bom entretenimento com pegada de debate social.
Continuum, é uma série canadense, do Canal Showcase, que estreou em 2012 e tem como temática viagem no tempo, política social e um pouco de série policial. O enredo se desenvolta ao redor da relação entre Kiera Cameron, uma Protetora do ano de 2077 (uma especie de policia municipal privatizada futurista, similar ao Olho-Público da Marvel-2099), e Alec Sadler, o homem que reinventou a sociedade.
No ano de 2077. Kiera além de gostosa, é uma competente, dedicada policial de direita, fruto de uma geração foi criada para servir e proteger o sistema. Ela é mãe de um garotinho, Sam. E casada com o executivo Greg Cameron. Nesse futuro, aparentemente uma série de eventos terríveis levou a mostrar como os governos públicos eram frágeis e acabaram falindo. Fazendo toda sociedade cair em um puro caos. Com isso, as grandes corporações assumiram o governo e salvaram a pátria. Mas não bem assim, conforme vai mostrando ao longo dos episódios. As corporações tomaram o sistema, mas pra criar essa nova sociedade eles acabaram com a liberdade individual. Tudo aquilo que antes era um direito, se tornou uma dívida com as empresas. Se no nosso tempo você trabalha, pra poder melhorar de vida, lá você vive pra trabalhar. Tudo se baseia um sistema de créditos, onde seus serviços, diminuem seu débito. Servir como policial, soldado, médico ou qualquer coisa útil ao mercado reduz sua divida. É meio que o pesadelo de qualquer comunista de faculdade. Na verdade é o de qualquer pessoa. Mas isso só é mostrado com o tempo. No futuro temos também o Liber8. Um grupo terrorista que prega a liberdade individual a todo custo. Empregando muitas vezes de violência pra alcançar seus objetivos de tentar acabar com as corporações. Apesar de serem tratados como sociopatas, maníacos e bichos-papões, com o tempo você percebe que eles não passam de pessoas que quebraram a cara feio com o sistema. Mas acabaram se tornando tão mal quanto aqueles que combatem.
Após um atentado terrorista bem sucedido, o círculo interno do Liber8 é preso. Mas algo dá errado na execução e eles são mandado para o ano de 2012, antes de tudo dar errado. O que eles não contavam era que Kiera fosse mandada junto. E a partir daí rola um jogo de cão e gato. De um lado temos Kiera se juntando ao departamento de policia local, sob disfarce de uma agência de inteligência internacional. Trabalhando junto com o detetive local Carlos Fonnegra e seu departamento e a versão adolescente daquele que um dia moldará o futuro, Alec Sadler. Do outro temos o Libert8 se estabelecendo no nosso século tentando expor os planos MALEGNOS, das corporações antes deles acontecerem. E aí temos o grande atrativo da série. Os eventos criados pelos viajantes do tempo, vão alterar futuro, ou são eles que vão gerar o futuro de onde vieram? Então temos Liber8 tentando mudar e Kiera preservar, pois se o futuro mudar, ela não poderá voltar pra sua família. Enquanto, isso temos Os dois Alecs. Vou falar dos três principais personagens e espero que isso te de uma ideia.
Kiera Cameron (Rachel Nichols): A protagonista da série. De certa forma, Kiera é o X da questão. Uma policial criada para lutar pelo sistema das corporações, que penou para conseguir uma vida estável com casa própria, renda fixa, uma família de comercial de margarina. Até ser jogada no passado e ter tudo aquilo que ela acreditava como certo questionado. E ela vai percebendo que a família dela não era tão perfeita. Na verdade, nós vamos vendo que ela engoliu muita merda e passou por muita coisa e que no fim, ela foi pisada muitas vezes sem perceber.
Carlos Fonnegra (Victor Webster): Policial de 2012. Se torna parceiro de Kiera. Compreensivo, leal, integro. É durão, mas sem ser um babaca violento. O tipo de cara que sabe que justiça a todo custo, não é mais justiça. É um contraponto a Kiera. Mostrando que liberdade, tem seus problemas, mas não quer dizer que não tenha seus valores. Sério, é um dos personagens mais “brother” da série. E como todo bom nice guy, se fode.
Alex Sadler (Erik Knudsen/ William B. Davis): Se Kiera é o X e Liber8 é Y, Alec é a formula de Bhaskara. Uma mistura de Reed Richards. Steve Jobs, Bill Gates, Mark Zuckemberg com Tyler Stone do Homem-Aranha 2099. No futuro ele é o dono da Sadtech. Uma das gigantes corporativas que ditam as regras da sociedade. Nunca fica claro, suas intenções. Ele quer salvar o futuro? Ele quer apenas confirmar o futuro? Ele é um filho-da-mãe egoísta? Um herói trágico? Enquanto no passado, em 2012, temos o Alec como um nerd, vivendo com a mãe e o padrasto numa fazendo e ajudando Kiera, através de seu “laboratório” no celeiro. Alec é um pouco alivio cômico/futuro Messias. Tudo que ele quer é ajudar as pessoas, mas cada vez mais as pessoas se mostram não merecedoras disso. Bom ou mal, uma coisa é certa. Alec é a personalidade mais vital do século 21. Ele vai mudar o mundo. Mas ninguém sabe dizer pra qual direção.
Enfim, espero que você assista. A série tem um bom roteiro com ação moderada e muita ficção científica e debate social. Mas antes de ir fique com essa mensagem positiva.