Contando o Filme: Hokuto no Ken, O Filme (1986)- Parte 1

Não, eu não vou falar do live action podreira dos anos 90!

Hokuto no Ken é uma dos mangás e animes mais conhecidos do mundo todo, afinal ele é praticamente o pai do shonen como o conhecemos, ou seja, um grupo de protagonistas que zelam pelo amor e a amizade através de lutas ultra-violentas utilizando super-técnicas sem sentido lógico, perdendo mais sangue do que um corpo humano normal comporta e sempre chorando por algo como a esperança antes de trucidar impiedosamente um inimigo que muitas vezes nem estava tão errado assim.

O mangá rendeu 27 volumes, sendo vendidos nesse exato momento no Brasil pela JBC por um preço obsceno, e uma série animada em duas temporadas, sendo a primeira conhecida como Hokuto no Ken e tendo 109 episódios e a segunda, sua sequência direta, sendo chamada muito inventivamente de Hokuto no Ken 2, que teve 43 episódios. O anime foi encerrado em 1988 mas rendeu um longa animado lançado em 1986 e produzido pela mesma equipe da Toei responsável pela série. O filme não é uma adaptação direta do mangá, ele é um resumolão dos primeiros 75 capítulos em quase duas horas de porradaria, exageros e MUITA violência! Bem mais que o próprio mangá, aliás!

 

 

Foi por volta de 2008 (ou 2010, não me recordo) que eu descobri a existência desse filme. Acontece que bateu uma curiosidade de conhecer a série mas eu tinha uma preguiça ferrada de assistir os 152 episódios do anime (preguiça essa que só aumentou e hoje não consigo assistir um anime muito longo se não acompanhar seu lançamento episódio a episódio pra não enjoar). A solução para meus problemas surgiu numa série de OVAs lançados entre 2003 e 2008, sendo o de 2003 uma adaptação de uma novela escrita pelo próprio Tetsuo Hara e os que foram lançados de 2006 até 2008 são um remake da série original focados em personagens específicos e com um visual MARAVILHOSO, mas, infelizmente, o tom novelesco acaba tirando a agilidade da trama, que prefere se afogar mais na pieguice do mangá do que na ação.

Em meio a esse pacotão estava o filme de 1986, pro qual não dei muita bola pelo visual “datado” com relação aos OVAs modernos. E foi aí que eu mordi a língua. O filme acabou sendo minha produção FAVORITA entre todos, me divertindo tanto pela porradaria quanto pelo nível de absurdo que chegava a ser cômico. E é dele que falarei doravante.

A intenção desse post em duas partes é fazer algo similar aos posts que faço falando do mangá de Cavaleiros do Zodíaco, apontando fatos absurdos, bregas e, consequentemente, cômicos da obra. Portanto, se você é fã de Hokuto no Ken, não se sinta ofendido! A obra ter momentos de humor involuntário não é culpa sua! E Cavaleiros do Zodíaco é BEEEEM pior…

Sem falar que alguém andou copiando alguém…

Mas, tudo bem! Na Toei…

…tá todo mundo em casa!

Tudo começa em 199x (“mil novecentos e xis”…que coisa escrota de se falar em voz alta…) quando uma guerra nuclear explode (literalmente) ao redor do mundo, espalhando morte, destruição e, aparentemente, nuvens massivas de whey protein pelo planeta. Isso fica evidente quando conhecemos alguns sobreviventes desse mundo devastado, que perdeu armas de fogo, perdeu tecnologia, perdeu a esperança mas não perdeu academias. Entre eles temos Kenshiro, um jovem marombeiro que é o descendente de uma linhagem de guerreiros praticantes do Hokuto Shinken, ou “O Punho da Estrela do Norte”, uma mortífera técnica de arte marcial que é capaz de fazer o oponente explodir de dentro pra fora através de golpes dados em pontos específicos do corpo. Kenshiro vive um lindo romance com Yuria, uma jovem do clã de Nanto, onde seus guerreiros praticam o Nanto Seiken, uma técnica que permite perfurar o oponente com as mãos nuas (ui). Mas Yuria não pratica tal arte. O mestre do Nanto Seiken é o ex-amigo de Kenshiro, o jovem, loiro e igualmente marombado Shin, que parece comprar suas roupas no mesmo brechó que o M.Bison.

Um belo dia Shin  decide que ama Yuria e quer ela pra si e vai gentilmente pedir a Kenshiro que ceda a moça após uma amigável tentativa de homicídio. Shin começa a perfurar o tronco de Kenshiro desenhando as estrelas da constelação do norte na base da dedada (ui) e diz que só irá parar quando Yuria confessar que tal gesto despertou seu amor, pois todos sabemos que a melhor maneira de conquistar o coração  de uma mulher comprometida é torturar friamente seu “conje” bem diante de seus olhos.

Aquele olhar viril que só um homem com o dedo dentro de outro homem pode ostentar.

Para não ver Kenshiro morrer, Yuria diz que agora ama Shin e que irá segui-lo para onde ele for em meio a lágrimas de alegria estranhamente muito similares a lágrimas de desespero de quem está vendo o amor de sua vida prestes a morrer nas mãos de um psicopata doente. Shin se dá por satisfeito e manda seus capangas largarem Kenshiro, o qual está a beira da morte. Para surpresa de Shin, Yuria corre em direção a Kenshiro, deixando-o confuso. Teria ela mentido que o amava apenas para que Shin poupasse a vida de Kenshiro? Nãããão…isso seria um absurdo!

Em um local distante, Raoh e Jagi, irmãos mais velhos de Kenshiro, observam o irmão sendo deitado na porrada sem parecerem ligar muito. Jagi parece ter uma rixa pessoal com Kenshiro advinda de acontecimentos do passado (os quais descobriremos mais adiante) e quando o moribundo Kenshiro é deixado sozinho, Jagi vai até ele, arrasta seu corpo inerte até um desfiladeiro, o arremessa de lá e dá um murro no chão pra que a beirada do desfiladeiro despenque na cabeça de Kenshiro afim de garantir que ele não sobrevive a uma queda de 300 metros enquanto quica nas quinas cheias de pedregulho durante todo o trajeto. Bem, se precaver nunca é demais!

Enquanto isso, Raoh, o irmão mais velho, vai até o seu pai, o atual mestre do Hokuto Shinken, e diz “Kenshiro está morto. Não quero suceder como mestre do Hokuto Shinken, quero apenas dominar os céus. Achas que tens o que é preciso pare selares os meus punhos? Clique aqui!”. Acontece que há uma regra entre os discípulos do Hokuto Shinken, apenas UM se tonará  mestre na  técnica afim de passá-la adiante, todos os demais terão suas memórias apagadas ou seus punhos destruídos. Apesar desa regra, o velhote, que adotou e treinou 5 moleques afim de escolher apenas um, que seria o agora quase morto Kenshiro, nunca apagou a memória de ninguém e nem destruiu os punhos de ninguém. Como consequência de sua incompetência, Raoh o mata, aparentemente com uma dedada no boga, já que o velho morre sentado e apesar de não apresentar nenhum ferimento pelo corpo, uma pequena cascata de sangue corre sob seu rabo.

Após matar seu pai a sangue frio, Raoh (que tem um sério problema de pele sobre as sobrancelhas), sobe na pedra do Rei Leão e começa a tretar com…bem…com o “céu”, dizendo que vai conquistá-lo e blá, blá, blá…tudo isso enquanto a imagem de fundo fica mudando mostrando que ele claramente está alucinando, esse drogado do caralho. Agora, eu me pergunto…se este corno quer conquistar os céus, por que diabos ele mata todo mundo em terra? Por que ele não começa a jogar pedra nos pombos e nos urubus afim  de reclamar os céus? Ou por que ele não chama Jesus ou mesmo Deus pra porrada franca? Isso não faz o menor sentido…

Cortamos para uma cena de perseguição, onde uma gangue de motoqueiros persegue duas crianças num mini buggy.  A tal perseguição ignora todas as leis da física e da lógica, já que eles saltam através de prédios, descem escadarias onde o mini buggy claramente não caberia e caem de alturas absurdas sem sofrer um arranhão ou transformar motos e mini buggy em farinha. Finalmente a perseguição termina e as crianças são cercadas por uma gangue de arruaceiros marombeiros, todos com corte de cabelo moicano porque, bem…vocês sabem…nada mais “i’m bad” que um corte de cabelo moicano.

As crianças são o pequeno trombadinha Bart  e a doce, inocente e muda Lynn. Um dos bandidos mau feito um pica-pau, resolve que seria legal pisotear Lynn. Quando estava prestes a morrer, a menina eleva seu cosmo até o sétimo sentido e lança uma espécia de chamado invisível, incolor e inodoro que chama a atenção de uma misteriosa figura que por ali passava. A figura começa a derrubar prédios com um soco ao ponto de derrubar um prédio na própria cabeça e continuar andando com o prédio enfiado na jaca como se nada tivesse acontecido. Apesar de verem todo o absurdo da cena, tudo que os marombeiros de moicano do mal fazem é ficar olhando com cara de “que porra é essa?”.

O tal sujeito se aproxima e parece um tipo de golem de pedra. Mas descobrimos que ele estava apenas coberto com uma espessa camada de grude de fazer inveja ao Cascão. A gangue tenta peitar o sujeito, que toma uma flechada como se fosse uma picada de muriçoca e acaba por esmagar a cabeça do marombeiro de moicano que tentava esmagar Lynn a golpes de pisada com apenas uma mão. Os demais tentam vingar o amigo morto mas são sumariamente derrotados e explodidos com apenas um golpe.

A cena corta e o homem misterioso agora repousa em uma espécie de cama (que mais parece uma mesinha de ping pong) enquanto Bart lhe pergunta como ele chegou lá, ao que o misterioso matador de bandidos de moicano diz que Lynn o chamou. Bart diz que é impossível, já  que Lynn ficou muda após ver seus pais serem assassinados. Enquanto isso, o chefe da gangue dos marombados de moicano do mal, Zeed, acaba por descobrir onde o assassino de seus homens está. Ele reúne um grupo com os seus homens que mais riem sem motivo aparente e invadem a vila em busca de vingança.  Lynn novamente cai nas mãos dos bandidos e novamente eleva seu cosmo chamando o homem misterioso no “modo avião” de seus poderes, o que faz o sujeito se levantar de sua cama-mesa de ping pong e desintegrá-la apenas com a força do ódio.

O homem misterioso vê Zeed com Lynn nos braços prestes a arrancar a cabeça da menina e resolve que é hora de interferir. Após chutar um bloco de concreto, que Zeed mastiga como se fosse um chiclete Ploc, o homem misterioso começa a avançar  e derrubar  capengas do Zeed com apenas um soco em uma cena tão pobremente animada que os golpes nem parecem ter peso. Descobrimos que o tal homem misterioso era, na verdade, Kenshiro, o qual sobreviveu a queda no penhasco, a beira no penhasco caindo em sua cabeça e, pela barba, passou todo esse tempo fazendo o papel do apóstolo Pedro em alguma novela da Record.  Ele pede para que Zeed solte Lynn, mas ante a recusa e o anuncio do iminente assassinato da menina, Kenshiro incha feito um cururu no sal e resga suas vestes, desferindo centenas de socos extremamente velozes em Zeed que cai no chão enquanto Lynn cai nos braços másculos e viris do guerreiro que grita fino. Zeed se levanta dizendo que nem doeu e Kenshiro anuncia que ele já está morto só não tá ligando o nome do falecido ao caixão. Em seguida Zeed explode feito uma espinha gigante.

Após espalhar o amor e a fraternidade entre os homens de boa paz na base do assassinato a sangue frio com as mãos nuas, Kenshiro se barbeia com uma faca (um feito mais impressionante que matar pessoas com um só golpe, diga-se de passagem)  e, em seguida, usa seus poderes “Hokuto Shinkescos” e cura a mudez de Lynn, partindo em seguida tal qual Jesus para peregrinar no deserto (e matar mais pessoas a sangue frio pelo caminho se necessário, assim como o Deus do Velho Testamento… ). Enquanto isso, mais uma gangue de marombados genéricos aparece, só que todos mortos e fatiados. Um deles ainda está vivo e parece prestes a atacar uma indefesa mulher de 1,90m e 120kg de puro músculo que está coberta com um lençol rosa. O bandido do mal ataca e rasga o lençol, revelando, para surpresa de ninguém, que se tratava de um homem. Quer dizer, pra surpresa de ninguém que está ASSISTINDO, pois o bandido fica ESPANTADÍSSIMO! Sério, o sujeito é tão grande e musculoso que coberto com o lençol rosa parecia mais um fusca do que uma mulher! Enfim…o tal sujeito é, na verdade, Rei, o mestre do Nanto Suichoken, uma técnica que permite fatiar os inimigos com as mãos nuas,como se essas fossem facas Ginsu amoladas numa meia Vivarina!

Rei mata o ultimo bandido e ruma para a cidade, onde o plot básico de Hokuto no Ken está sendo usado OUTRA VEZ! Ah, não sabe que plot é esse? É o seguinte: Uma gangue de marombeiros, em sua maioria esmagadora sempre usando corte moicano, invadem um vilarejo, tomam a população de refém, torturam e matam um monte deles enquanto o protagonista fica olhando de longe, inerte. Quando o coadjuvante que dará as explicações do plot da vez está para ser morto, aí sim o protagonista aparece, peita todo mundo com sua pose de “badass”, mata os capangas menores até que aparece o capanga maior, que 99% das vezes é sempre um sujeito gigante e sempre temido por todos, o qual é morto pela técnica suprema do protagonista que aproveita a deixa pra explicar como a tal técnica funciona. Bem, troque o Kenshiro pelo Rei nessa cena e é a mesma merda!

A questão dessa vez é que a gangue maligna do mal quer que o aldeões adorem um busto de mármore com a suposta figura do Kenshiro, só que a estátua nada tem a ver com o Kenshiro real, fora as cicatrizes no peito. Rei parece ter um interesse e um ódio pela figura de Kenshiro e aparece pra salvar o dia e fatiar a bandidagem. Quando o já citado chefão gigante está para atacá-lo, o Kenshiro real chega, mata o sujeito, quebra a estátua e diz que o nome do sujeito é, na verdade, Jagi. Sim, o irmão mais velho que o jogou no penhasco.

Descobrimos então que Jagi se tornou o Dath Vader dos pobres, usando um capacete escroto e com um problema de respiração que mais parece um cachorro engasgado. Ele tem uma jovem como escrava que está limpando suas botas e pra mostrar que é mauzão, badass modáfoca, ele manda a menina lamber suas botas pra elas brilharem, o que mostra que todos os engraxates foram exterminados na explosão nuclear. Enquanto isso, Kenshiro e Rei, unidos pelos laços que só a testosterona em excesso, a paixão pelo assassinato brutal e o respirar do whey potein que emana da Terra pode criar, tornam-se amigos e começam a dividir confissões. Kenshiro revela que Jagi é seu irmão e pergunta porque Rei quer matá-lo. Rei diz que apesar de partilharem o amor pelo assassinato em massa em nome da paz, não confia em Kenshiro e vai contar sua história após ameaçar seu novo amiguinho de morte sem motivo aparente. Acontece que Rei tinha uma irmã mais nova chamada Airi que estava pra casar, mas um dia o tal “Kenshiro” e sua gangue de marombeiros genéricos de moicano invadiu sua vila, queimou mulheres, estuprou casas e, por fim, levaram Airi. Sim, Airi é a engraxate pessoal do Jagi. Tudo que restou foram as lembranças de Airi e um véu vermelho com o qual se casaria, o qual Rei leva pra todo lugar que vai.

Nesse momento, Jagi resolve tirar um cochilo rejuvenescedor e começa a ter um flashback explicando o porque de sua máscara e respiração bizarra. Acontece que sabendo que Kenshiro seria o herdeiro do Hokuto Shinken, Jagi não aceitou muito bem e decidiu ir conversar com seu irmão sobre o assunto. Por “conversar” entenda “ameaçar com uma calibre 12 de cano duplo serrado afim de ganhar o posto de sucessor do Hokuto Shinken na base da bala”. Obviamente ele falha miseravelmente e recebe os famosos golpes seguidos de gritos finos de Kenshiro, e sua cabeça só não explode porque ele sabe quais pontos de pressão apertar para evitar que seus miolos voem como confetes pela sala. No entanto, apesar do esforço, sua cabeça acaba se deformando e o sujeito fica careca e feioso (sei como é, jovem. Sei como é…). Aqui duas coisas não fazem sentido nenhum. A primeira é o fato do Jagi querer matar o Kenshiro achando que, assim, seria sucessor do Hokuto Shinken automaticamente. Ele se esqueceu que seu pai, o mestre do estilo, é quem escolhe o sucessor e poderia moelo facilmente na porrada caso soubesse dessa merda toda? E se não seu pai, o Raoh que era o mais forte de todos e não foi escolhido unicamente por ser ambicioso demais! A segunda coisa é que o sujeito é todo traumatizado com seu visual, escondendo-se por trás de uma máscara como se fosse uma cruza de Cerveró e Gilmar Mendes. Só que no começo do filme ele aparece apenas com umas faixas na cabeça e o sujeito parece completamente normal! Aliás, após esse flashback um dos capangas de Jagi vai acordá-lo e o vê sem máscara, entrando em pânico e quase chegando a vomitar, sendo morto em seguida por um furioso Jagi. Daqui a pouco a cara desse corno vai ser mostrada e vamos descobrir que esse capanga se impressionava com muito pouco.

Jagi no começo do filme já devidamente deformado pelo Kenshiro.

Jagi do meio do filme com o rosto sendo escondido como se não tivéssemos visto esse corno antes.

Kenshiro e Rei rumam para a base não muito secreta de Jagi. Na entrada do local são recebidos por um gigante com um sério caso de obesidade mórbida que usa sua gordura como arma, absorvendo o impacto dos golpes dos adversários e prendendo-os entre suas dobrinhas. Kenshiro tem certa dificuldade para acertar um golpe efetivo no sujeito até que tem uma ideia! Ele se lembra de como AB Shape agia nos músculos abdominais, trabalando sua musculatura enquanto você lia um livro, assitia TV ou levava uma pizzaria a falência em um rodizio. Então, agora sabendo que não era magia, era tecnologia, Kenshiro desfere uma série de chutes supervelozes na barriga do balofo bandido, deixando seus músculos abdominais instantaneamente rijos e, assim, prontos pra tomar porrada sem absorver o impacto. O plano dá certo, o gorducho explode e ambos entram no covil de Jagi.

Lá dentro, Rei descobre que Airi está cega e que não tem mais memórias dele, sendo totalmente submissa a Jagi. Quando estava pra fatiar Jagi tal qual uma mortadela de mercadinho, Rei é detido quando o vilão aponta sua milenar arma de cano cerrado pra cabeça da menina e diz que vai matá-la caso Rei não mate Kenshiro. Rei o ataca mas Kenshiro diz pra ele não cair na lábia maligna de seu irmão pau no cu. Kenshiro então apela pro ego do seu irmão e diz que ele não é homem pra passar a linha que desenhou no chão, desenha um circulo no chão e cospe e diz que o circulo era a mãe dele, diz que o pai dele usa calcinha e, por fim, que ele jamais o derrotaria sem o uso de uma arma de fogo. Jagi fica putasso, deixa Airi e Rei pra lá e chama Kenshiro pro pau no terraço do prédio. Lá chegando ele finalmente revela seu rosto, o qual tem um tipo de armação de metal parafusada ao crânio afim de impedir que sua jaca exploda. E não tem nada de mais pra aquele capanga merdeiro ter entrado em pânico. É feio? É! Mas a situação do Brasil é bem pior!

 

O combate começa e Jagi prova de uma vez por todas que é um bosta e não sabe lutar sem trapacear e usar armas. Quando percebe que não tem como ganhar, o filho de uma vaca amojada resolve colocar fogo no teto do prédio furando a caixa d’água que, sabe-se lá porque, estava cheia de gasolina. Enquanto o teto pega fogo e uma parede de chamas separa os dois, Jagi revela que foi ele quem deu ideia errada no Shin pra ele pegar a Yuria pra ele, dizendo que era direito dele por serem do mesmo clã, que o Kenshiro não era de nada, que tinha pau pequeno, micose e frieira. Tá, obviamente ele não diz isso, mas os argumentos tem o mesmo nível de desenvoltura e maturidade, o que mostra que o Shin é um retardado facilmente manipulável.

Apenas com a força do ódio, Kenshiro rasga suas roupas e acende seu cosmo, derrubando o teto do prédio com apenas um soco em seguida. Encurralado, Jagi tenta detê-lo batendo na cabeça dele com uma das colunas de sustentação do prédio. O plano falha e  Kenshiro senta a porrada no irmão novamente, que dessa vez não consegue conter sua auto-explosão e perece, mas não sem antes revelar a localização de Shin e Yuria. Enquanto isso, Rei está passando seu tempo fatiando capangas em modo recreativo. Ele chega até Airi que ainda não o reconhece e pensa ser seu novo “dono”. Kenshiro (que parece guardar uma camisa vermelha e uma jaqueta de mangas cortadas com ombreiras no rabo, já que aparece devidamente vestido novamente) usa seus miraculosos poderes em Airi afim de restituir sua memória. Nesse momento Lynn e Bart chegam, sabe lá Deus como, ao exato local em que Kenshiro estava para mostrar que uma das sementes de flor que Kenshiro deu a Lynn  após salvá-la, germinou. A memória de Airi volta mas ela diz que não abre mais os olhos por vergonha pois foi “despurificada” por todo esse tempo e não é mais digna de olhar nada nem ninguém ou…sei lá…essas lógica doida de japonês aí! Enfim, ela diz que não quer ver mais essa porra de mundo sem esperança, até que Lynn coloca a pequena flor perto de suas mãos e, incrédula, Airi abre os olhos para constatar que era real. Sua esperança em um mundo melhor está renovada.

Bem, pelo menos até os próximos minutos de filme em que falaremos na próxima parte do post. Então estejam aqui para mais matança, gritos finos, falta de lógica e muita diversão! Até a próxima, amiguinhos!