Contando o Filme- Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Sim, esse post está COALHADO de spoilers!

Antes de mais nada é preciso esclarecer o que é o “Contando o Filme” pra quem não conhece (acho que o número de quem conhece pode ser contado nos dedos de uma das mãos do Lula, e nem a que tem todos os dedos…). Contando o Filme são posts onde eu (ou qualquer outro coleguinha do site) contarei os filmes que vi de acordo com meu ponto de vista, sempre que os achar absurdos a ponto de serem hilários. Este é, tecnicamente, o segundo post dessa sessão, já que o primeiro filme era tão cheio de absurdos que tive que dividir em duas partes. Trata-se do longa animado do anime Hokuto no Ken lançado em 1986 e você pode ler as duas partes clicando AQUI e AQUI. Bem, agora vamos ao que interessa!

 

Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Tudo começa com um flashback com cenas do inicio de O Exterminador do Futuro 2: O Dia do Julgamento, filme lindo, cheiroso, perfeito e que finalizava a saga com louvor. Depois damos um salto para o longínquo futuro de 1992 onde vemos Sarah Connor cheia de botox digital observando seu filho, o jovem John Connor, tentar seduzir uma menina no bar do que parece ser um hotel a beira mar com seu espanhol capenga. Eis que chega um jovem Schwarzenegger também embebido em botox digital e com um corpo que, apesar de musculoso, não é o mesmo que tantas vezes vimos nu nos filmes da série, e mete um  tirambaço no dublê mirim de Edward Furlong também com botox digital, afim de impedir que ele lidere a rebelião contra a Skynet no futuro, que Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas, Exterminador do Futuro: Salvação, Exterminador do Futuro: Gênesis e aquela série com a Cersei Lanister no papel de Sarah Connor exista. Ah, e afim também de impedir de colocar o Furlong adulto, feio, gordo e possivelmente drogado no filme! Sarah Connor dá dois tiros com um revolveco no exterminador provando que não aprendeu porra nenhuma em dois filme inteiros, o exterminador caga parafusos pra ela e vai embora e ele chora sobre a carcaça do pequeno John com maquiagem digital.

Olhando pra essa foto do Edward Furlong adulto e relembrando a morte dele ainda criança no começo do filme, eu só consigo lembrar de uma frase do livro/filme Cemitério Maldito: As vezes morto é melhor.

Somos jogados para o futuro DE VERDADE dessa vez, mais exatamente para 2022, que mostra que Trump ainda não conseguiu tanger os mexicanos dos EUA (BEM FEITO! ESPERO QUE OS MEXICANOS DOMINEM OS EUA E PASSEM A CHAMÁ-LO DE ESTADOS UNIDOS DEL BURRITO GORDUROSO) e somos apresentados a uma de nossas protagonistas, a jovem Dani Ramos, futura líder da humanidade, seu irmão Diego Ramos (que, coincidentemente é o nome de um dos meus primos), futuro defunto, e seu pai o…”Seu Ramos”, acho…também futuro defunto. E isso nem é spoiler, se você já assistiu os outros Exterminador do Futuro sabe que parentes e amigos do “protegido da vez” vão inevitavelmente virar presunto.  Enfim, Dani e Diego vão ao seu trabalho na fabrica de carros e lá descobrem que o futuro não é tão futurista assim  pois se impressionam que tem uma máquina fazendo o trabalho que era de Diego. Dani vai confrontar o seu chefe pois seu irmão vai perder o emprego, já que a fabrica filha da puta não sabe remanejar um funcionário e prefere pagar as prestações da máquina com o salário dele.

As máquinas se rebelam tomando empregos no começo do filme. Aqui vemos a Skynet tentando se reerguer.

Ah, sim, eu já ia esquecendo de apresentar os nossos rivais da vez. Alta, loira e caindo nua do alto de uma ponte graças a um PÉSSIMO cálculo de viagem temporal impedindo um casal de jovens mexicanos de coabitarem no capô de uma D20, ela é Grace, a humana melhorada com implantes cibernéticos graças a miraculosa tecnologia do futuro e ao reuso descarado do plot do personagem de Sam Worthington em Exterminador do Futuro: Salvação.

Do outro lado do ringue temos ele, que também foi mandado para o passado para cair de uma altura do caralho bem no meio do condomínio que Dani mora, mas sem problema para pousar por que é uma máquina. Pesando para caralho e sendo uma cópia descarada do T-1000 com o robô imbecil em que transformaram o John Connor em Exterminador do Futuro: Gênesis, sendo que seu esqueleto parece feito com o mesmo plástico com que fizeram a roupa preta do Robocop no filme do Padilha, ele éééé O MOTOQUEIRO FANTASMA QUE NA VERDADE DIRIGE UM CARRO EM AGENTES DA SHIELD!

Obviamente o Motoqueiro Fantasma do Futuro mata o pai da Dani, assume sua forma e vai atrás dela na fábrica, como boa cópia bostolenta do T-1000 que é. Lá chegando, encontra Diego e pergunta pela irmã dele, ao que Diego responde que ela foi quebrar o pau com o chefe e não sabe que horas volta. Mas eis que ao contrário de Diego, Dani não vem virando a esquina festejando e vê seu pai, ao longe, lhe apontar uma arma sem entender porra nenhuma. Eis que seu pai é cravado de balas por uma misteriosa mulher alta, loira, nórdica e dinamarquesa, e ela lhe diz “Rala peito, novinha, senão tu vai descer até debaixo do chão” e, junto com  Diego, que poderia ter ficado no cantinho dele e sobrevivido já que ele não era o alvo do exterminador, ambas fogem.

Uma perseguição de carro se segue cheia de batidas, tiroteios, atropelamentos, e afins até que o Motoqueiro Fantasma do Futuro joga uma barra de ferro no carro que acaba por fazer Diego cumprir sua sentença e encontrar-se com o único mal irremediável. Quando Grace e Dani estão para virar paçoca, uma senhora idosa e muito emputecida aparece e mete bala no Motoqueiro Fantasma do Futuro e em sua duplicata (sim, o corpo dele pode se dividir em 2. É o primeiro exterminado com flip da história). A senhora diz pra elas esperarem que ela vai ver se matou os bichinho, e se não percebemos pela cara que era Sarah Connor, certamente perceberemos pela sua total e completa incapacidade de entender que EXTERMINADORES NÃO SÃO DESTRUÍDOS COM SIMPLES TIROS! As meninas aproveitam o vacilo, roubam o carro de Sarah e fogem.

Durante a viagem, Dani descobre que Grace não é uma humana comum. Ele foi modificada para se tornar uma humana com aprimoramentos cibernéticos que lhe conferem super-força, resistência, um computador interno e diabetes. Sim, porque ela começa a sentir muita sede e a necessidade de tomar insulina. Para isso, ambas param numa farmácia onde Grace rouba um porrilhão de medicamentos e na saída da farmácia encontram Sarah Connor já com outro carro. Sarah leva Dani e Grace para um hotel de beira de estrada e após ajudar Grace com sua cyber-diabetes, resolve contar quem é. Ela revela que já foi caçada por um exterminador que queria impedir que ela tivesse seu filho que comandaria a rebelião contra as máquinas e que seu próprio filho havia sido caçado por um exterminador. Depois revela que se afastou da franquia pois sentia o cheirinho de merda de suas sequências e que não foi uma boa ideia voltar agora já que mataram John justamente no começo desse filme. Ah, e Grace tem um pesadelo com o futuro de onde veio onde descobrimos que a humanidade continua tentando matar robôs na bala e que com o fim da Skynet em Exterminado Futuro 2, o sistema que dominou o mundo foi o Baidu. Não, pera…LEGIÃO! Legião é o nome do negócio! Em seu sonho ela relembra como robôs que mais parecem o Blackheart da Marvel trucidaram sua equipe e como, a beira da morte, ela pediu pra instalarem wifi, HD de um tera e tela touch screen em seu corpo. Lembra também que a galera implanta algo em seu corpo que pode destruir as máquinas mas, por alguma razão, resolvem continuar usando balas inúteis ao invés de tacar esse negócio no meio do cu da Legião.

Grace acorda, ela e Sarah se estranham, aí sim Sarah conta sua história e, sempre que arregala os olhos, fica parecendo um o saudoso Serguei. Elas precisam atravessar a fronteira por um motivo que não lembro mais e não estou nem aí pra fingir interesse e procurar, e no meio do caminho temos mais um flashback onde vemos Grace adolescente sendo acuada por um bando de “bandidos” (sim, é um mundo fodido, todo mundo rouba e mata pra sobreviver, então não sei se nesse contexto chamo de “bandido” ou “cidadão comum”) e o flashback para pois o filme finge que não sabemos que a continuação da cena, quando aparecer mais tarde, vai ser a Dani mais velha salvando a Grace teenage. As meninas superpoderosas chegam a casa do tio de Dani que explica que precisa atravessar a fronteira e conta que um robô vindo do futuro assassinou seu pai e seu irmão, ao que o tio responde com um “Ok. Vamos infringir a lei baseado nessa história doida da porra! Eu prefiro acreditar nisso a acreditar que ou minha sobrinha mexicana foi feita refém por duas americanas médias armadas até os dentes que querem atravessar a fronteira usando-a como escudo ou que minha sobrinha anda se drogando junto com essas duas e está tendo a mais louca viagem de ácido do mundo ou que apenas enlouqueceu e está fugindo do manicômio com estas duas que são claramente doidas, sobretudo essa velha de olhos estranhamente arregalados e que fala todos os seus textos como se estivesse numa novela merda da Record”.

Enquanto nosso trio de heroínas pensa que está um passo a frente do Motoqueiro Fantasma do Futuro, eis que esse já está na base da fronteira e tomou  a forma de uma oficial. Ele mata a galera que monitora a porra toda e manda um alerta dizendo que tem 3 mulheres perigosas no nível jogar Pokémon Go no bairro do Salgado em Caruaru e diz que devem meter bala nelas se necessário. Quando achavam que iam atravessar a fronteira tranquilamente, o trio é preso por um porrilhão de soldados. Só que bem na hora que estavam sendo levadas para as viaturas, o Motoqueiro Fantasmas do Futuro controla um drone e explode a porra toda. Todas sobrevivem mas Grace fica gravemente ferida de novo, o que parece ser sua principal função na trama. No xilindró para imigrantes ilegais, Dani tenta, genialmente, explicar a uma soldada que tem um ex- Motoqueiro Fantasma vindo do futuro tentando transformá-la em guacamole. A oficial apenas ri de sua face e diz que o único Motoqueiro Fantasma que conta é o do Nicolas Cage. Enquanto isso, o FBI encontra Sarah Connor e diz que ela tem muito o que explicar, como, por exemplo, ela ficou tão parecida com o Steve Tyler com o passar dos anos. Na enfermaria, os médicos descobrem, bestificados, que Grace tem vários componentes eletrônicos e até entrada USB. Ela acorda e os guardas, armados com revolveres e cassetetes, resolvem que os cassetetes serão muito mais eficientes contra uma mulher que acaba de romper algemas como se fossem feitas de marshmallow.

Sentindo que o filme estava lento demais, o Motoqueiro Fantasma do Futuro resolve entrar em cena e tentar matar Dani de novo. Olha, honestamente, não é uma tarefa difícil. Se este corno consegue mudar de forma, porque diabos TODA MALDITA VEZ QUE ELE VAI MATAR DANI, ELE VOLTA PRA SUA FORMA HUMANA ORIGINAL? PORQUE NÃO CHEGAR PERTO DELA COM OUTRA FORMA E METER UM TIRAMBAÇO NO MEIO DA SUA FUÇA? PORQUE ESTE CORNO ELÉTRICO SÓ FAZ ISSO QUANDO É PRA MATAR FIGURANTES? TOMAR NO CU! NÃO SEI COMO A LEGIÃO TOMOU O MUNDO COM TANTO ROBÔ MINION BURRO DESSE JEITO! PARECE ATÉ UMA ANALOGIA AO BRASIL!

Enfim, este corno entra, Grace aciona o alarme de incêndio e aproveita a confusão pra soltar todo mundo que estava preso e causar mais confusão ainda. Sarah também aproveita o cabaré e foge. Uma guarda figurante vê o Motoqueiro Fantasma do Futuro fatiar seus colegas e acha que seria uma ideia perfeita enfrentar aquela criatura desconhecida e letal com a porra de um cassetete e, obviamente, morre em 3 segundos. Confusão, guardas morrendo porque não sabem apertar a porra de um gatilho, se bem que, como já sabemos, balas não fariam efeito no exterminador, mas seriam MAIS EFICIENTES PARA ATRASÁ-LO DO QUE DAR UM ABRAÇO GRUPAL NO BICHO! SIM, ELES FAZEM MESMO ISSO NO FILME!

Grace e Dani entram num helicóptero e Dani pergunta onde está Sarah. Grace diz que elas precisam ir e que Sarah se vire pra lá. Sarah aparece em um canto e o Motoqueiro Fantasma do Futuro aparece em outro e Dani desce do helicóptero para salvá-la e dar-lhe tempo para embarcar. Essa cena não faz sentido nenhum, afinal Sarah não era o alvo do exterminador. Se ela tivesse ficada parada no seu cantinho, elas teriam fugido tranquilamente e o exterminador a ignoraria completamente, pois ele tem apenas um único alvo, Dani. A coisa só piora quando Sarah embarca e Grace dá uma bronca em Dani dizendo que ela não deveria ter feito aquilo, que a vida dela era importante para o futuro e a de Sarah não. Sarah diz “Ela tem razão”, mas só fala isso DEPOIS QUE TÁ SALVA, NÉ, RUTH ROMCY DO CARALHO! POR QUE QUANDO VIU ELAS NO HELICÓPTERO NÃO GRITOU “VÃO EMBORA, PORRA! EU ME VIRO! EU NÃO SOU IMPORTANTE!” HEIN? Filha da puta…

Após todo o cabaré instaurado, o Motoqueiro Fantasma do Futuro aproveita que todo mundo que sobreviveu tem amnésia e não lembra do rosto do assassino que massacrou dezenas de pessoas minutos atrás, vai até os policias que acabaram de chegar ao local, joga uma conversinha fiada e pergunta “Por falar em massacre e conveniência do roteiro…vocês não sabem onde eu posso conseguir um helicóptero não?” e todo mundo parece achar a perguntar completamente normal, já que mais adiante o sujeito aparece pilotando um helicóptero da policia como se nada tivesse acontecido. Mas isso não é importante! O importante é que já se passaram 1:06hr de filme e nada de Schwarzenegger! Só Exterminador do Futuro: Salvação demorou mais que isso pra mostrar o sujeito! E eis que descobrimos que, cansado de fazer sequencias merdas e tentar um reboot cagado, o Exterminador matou John Connor no começo desse filme e decidiu que agora iria se chamar Carl, vender cortinas e morar no meio do mato. Sério, isso não é piada, esse É MESMO O PLOT DO FILME!

Mas como o trio chegou até lá? Acontece que Sarah sempre sabia onde haveria um exterminador aparecendo porque recebia um SMS criptografado que sempre dava as coordenadas e era assinado com os dizeres “Por John”. Grace descriptografou e descobriu que o sinal vinha de uma base no México e…AAAAAAH, ERA POR ISSO QUE ELAS PRECISAVAM CRUZAR A FRONTEIRA! LEMBREI AGORA! Ahem…enfim…acontece que quem mandava os SMSs era o exterminador que matou John, que não é o T-800 que conhecemos, pois este morreu MESMO ao fim de Exterminado do Futuro 2. Esse é outro modelo, mas a capinha é a mesma porque, aparentemente, a Skynet não era muito criativa (bem, a verdade é que se não fosse o Shwarza, os fãs iam ficar furiosos…mas, enfim…). O fato é que o bichão matou John mas, como a Skynet deixou de existir com ele ainda no presente, o bicho ficou sem propósito. Então ele começou a conviver com os humanos, conheceu uma mulher cujo marido a espancava, transformou o sujeito em paçoca e começou a morar com esta mulher criando seu filho como se fosse dele. Passou a se chamar Carl e a vender cortinas. Ah, e a mulher nunca soube que ele era uma máquina pois, segundo ele, a relação dos dois não era carnal, mas sim uma grande amizade regada a muito carinho. Bonitinho, confesso. Mas fiquei me perguntando…se o exterminador originalmente é um esqueletão de metal…então o bilal dele é meramente ilustrativo, certo? Será que essa mulher já tentou alguma coisa com o “Carl” e pensou que ele tinha o pior caso de disfunção erétil da história? Ou será que a Skynet implantava o mesmo sistema daquelas flores que dançavam que era sucesso nos anos 90 dentro do bilauzinho do exterminador pra disfarçar melhor em caso de emergência? Fica o questionamento…

Obviamente Sarah quer matar Carl porque ele confessa na cara dura (TUM DUM TSS) que matou John, mas diz sentir muito. Sarah vai ficar sozinha e Dani o acompanha. Sarah diz que sua dor é maior porque não tem uma única foto de John, pois ela acreditava que se ninguém conhecesse seu rosto não poderiam caçá-lo. Se ela visse o Edward Furlong hoje em dia, os motivos pra não ter uma foto dele seriam outros…

E se ela visse ele em O Corvo: Vingança Maldita, ela não iria querer nem que ele usasse seu sobrenome!

Grace quer esconder Dani até que as coisas estejam resolvidas e Dani diz que não, que vai lutar e ponto final. Grace diz que vai precisar de mais armas e Carlminator mostra que tem um galpão entupido delas e diz que ainda vai pegar mais pois a humanidade vai a merda de um jeito ou de outro e ele vai proteger sua família de qualquer jeito. E diz que estão no Texas, então ele pode ter uma 765 implantada no meio do cu que ninguém vai chiar. Chega a hora de ensinar Dani a atirar e ela é PÉSSIMA nisso. Até que Sarah Connor apelar para as emoções de Dani e para o clichê barato, entrega uma arma de grosso calibre pra ela e diz “O exterminador matou sua família. O que vai fazer?” o que a torna, automaticamente, numa perita em tiros a longa distância. Teria sido genial se ela errasse o tiro e, de brinde, o coice da arma fizesse ela pular de suas mãos. E muito mais realista também.

O pessoal já tava empolgado quando Carl para e diz “Ó, humanaiada…longe de mim querer ser o chatão do grupo, mas…já se vão SEIS filmes e vocês ainda não aprenderam que não se mata robozinho com tiro? Sério mesmo, gente?  Cês não pensaram em, sei lá…um Pulso Eletromagnético, por exemplo? E, assim…quem tá falando é um robô, então, modéstia a parte, eu SEI como me matar!” ao que Sarah Connor responde “Rapaz…e num é que faz sentido! E o pior é que eu sei onde arrumar um trocinho desses, olha que louco!”. Carl manda sua família deixar a casa pois ali não seria mais seguro e parte com as meninas. Minutos depois o Motoqueiro Fantasma do Futuro encontra a casa vazia e vê uma foto do furgão pendurada na geladeira, o que me fez me perguntar…porque alguém tiraria a foto do próprio furgão  e penduraria na geladeira?

Eis que a cena seguinte apresenta um dos diálogos mais profundos edificantes e bonitos de todo o filme, quiçá de toda a saga, com Carl explicando a Dani como escolher cortinas adequadas para quartos infantis. Nesse momento um oficial do exército conhecido de Sarah aparece e lhe entrega o aparelho de PEM e demonstra que confia e acredita nela. Em seguida, como é tradição entre os figurantes negros da saga, ele é baleado mas não morre de imediato. Aliás, aparentemente ele sobrevive! Isso é novidade!

Começa uma perseguição entre o nosso grupo de heróis em uma van de uma empresa de cortinas e o Motoqueiro Fantasma do Futuro no helicóptero da policia que ele pediu láááá atrás. Muitos tiros, manobras e confusões depois, o grupo invade uma base aérea militar e se enfia num avião de carga. Começa uma grande briga na porta traseira do avião, até que com a ajuda do furgão de Carl, o Motoqueiro Fantasma do Futuro é defenestrado do aeroplano. Todo mundo senta pra conversar de novo ( e eu não sei quem diabos está pilotando esse avião, mas tudo bem…) e voltamos aquele flashback de Grace onde vemos a Dani do futuro não apenas salvando-a mas dando uma palestra motivacional para os bandidos, convencendo-os a segui-la na luta contra a Legião. Descobrimos que Dani não apenas se tornará a líder de um grupo de mendigos armados como será uma coach de sucesso. Ou não, já que todo mundo continua pobre…

De alguma maneira o Motoqueiro Fantasma do Futuro arrumou um avião também e começa a perseguir o avião da galera. Eu não entendo é como esse sujeito sempre está a QUILÔMETROS de distância do grupo e, do nada, aparece no mesmo local como se dobrasse tempo e espaço! Porque o tempo que ele levou pra pegar o avião, localizar o outro e chegar até ele não deve ter sido curto! Mas tudo bem…até aqui o roteiro não se preocupou em apontar onde eram seus pés e onde era sua cabeça mesmo. O importante é que ele taca o avião dele no avião do grupo de protagonistas e, ao invés de ambos explodirem no ar, o avião onde eles estão apenas abre um buraquinho na fuselagem e começa a cair elegante e lentamente pegando fogo dando tempo para longas e não muito elaboradas cenas de ação se desenrolem em gravidade zero. E, mais uma vez, o exterminador age completamente fora da lógica que uma máquina devia agir. Afinal, por que ele não jogou o avião no outro de modo a explodir os dois no ar e matar a Dani sem qualquer margem para erros? Por que  este cyberjumento achou que seria legal relar um avião no outro pra ele matá-la com suas próprias mãos futuristas de CG vagabundo? Esse é O PIOR EXTERMINADOR DE TODOS! Filho da puta burro!

No meio do cabaré de xola que se instaurou no  avião que, aparentemente, se nega a cair ou explodir, Dani e Sarah acabam sendo jogadas pra fora do bichão dentro de um jipe militar graças a Grace. Rola uma ceninha de tensão com o paraquedas que não abre pra dar aquele arzinho de tensão, mas o jipe cai em relativa segurança. Quer dizer…até perceberem que pousaram na beirada de uma represa e descobrirmos que o Jipe pode ser um Transformer disfarçado, já que ele espera Grace abrir a porta, olhar pra fora e constatar que vão cai entes dele, de fato cair. Enquanto isso o avião FINALMENTE resolve cair! E adivinhem onde ele resolve cair? Sim! Na porra da represa! Mesmo estando em movimento o tempo todo, ele cai no mesmo local em que o jipe caiu em linha reta na vertical! Aaah, assim como para o amor, não há barreiras para as conveniências de roteiro também! Ai, ai…

Sarah também resolve conferir se o jipe está mesmo caindo ou se ela está tendo uma crise de labirintite de novo.

Carl e o Motoqueiro Fantasma do Futuro são jogados pra fora do avião e continuam se porrando mesmo debaixo d’água, a ponto do Motoqueiro Fantasma do Futuro arrancar o braço esquerdo de Carl. Enquanto isso, penduradas na beirola da represa, Sarah reclama de dor e diz que é culpa de seu ombro, Grace diz que está deslocado e Sarah faz o que faz durante todo o filme e reclama como uma idosa rabugenta. Nesse momento eu não pude deixar de notar a enorme semelhança comportamental de Sarah Connor com um dos maiores nomes do teatro brasileiro, a saudosa Dercy Gonçalves. Aliás, se Dercy não tivesse sido prematuramente tirada de nós na flor de seus 101 aninhos de idade, eu EXIGIRIA que ela dublasse Sarah Connor! Já imaginou ela encontrando o Exterminador que matou John Connor e dizendo “PUTA QUE PARIU! FOI ESSE CORNO QUE MATOU MEU FILHO, CARALHO! VOU ENCHER O CU DESSE FILHO DA PUTA DE TIRO, PORRA!”. Ia ser poesia em seu formato mais bruto!

“Hasta la vista é o caralho, porra!”

Ah, sim, obviamente a represa cedeu ante o choque do avião com queda teleguiada! O Motoqueiro Fantasma do Futuro ( que vou chamar de MFF daqui pra frente que já tá chato) vê o trio de protagonistas dentro do jipe pendurando e resolve ir lá, tentar terminar o serviço dessa vez, esse incompetente da porra! Grace percebe e tem uma “jenial” ideia: romper as cordas dos paraquedas e jogar o jipe com Dani e Sarah dentro das águas que correm violentamente da represa destruída. Foi nessa cena que eu descobri que aparentemente um jipe militar com as janelas fechadas fica completamente vedado e não entra uma única gota d’água mesmo embaixo de um tsunami, além de que seu sistema elétrico também continua 100% funcional mesmo encharcado. Vou vender minha casa e me mudar pra um jipe militar! Mas, voltando… o MFF alcança o jipe submerso e não consegue quebrar a porra de um vidreco, ao que Sarah Connor diz “Dani, vou nos salvar atirando nesse vidro e deixando tonelitros de água nos arrastar! Aproveita e pega esse paraquedas pra abrir na fuça do MFF e afastá-lo! Vai dar certo, pode confiar!”. Obviamente, este plano DE MERDA dá certo, afinal o filme não preza NADA pela lógica, e ambas embrulham o MFF e saem do carro, sendo arrastadas pela força violenta da maré…até, segundos depois, chegarem a superfície e ela parecer mais um foco gigante de dengue de tão parada. Grace aparece do nada nadando no exato lugar onde elas estão e NINGUÉM EXPLICA PORQUE A PORRA DA ÁGUA ESTÁ VERMELHA!

O trio se depara com uma porta que não conseguem abrir, pois Grace está tendo outro ataque de cybediabetes. No meio da agonia ela diz que se morrer, Dani deve tirar o trocinho de dentro dela que é a unica coisa que pode parar o MFF, mas ninguém se dá ao trabalho perguntar ” Se você sabia que esse troço podia matá-lo, porque não trouxe mais de um do futuro?”. Dani diz que não fará isso mas a gente já sabe que vai rolar sim. Nesse momento Carl aparece descendo a parede da represa tal qual um Tony Hawks do futuro. Ele chega, endireita a perna que estava torta, dá uma injeção de insulina saída do cu para Grace, abre a porta e todos entram rumo ao combate final dessa bagaça.

Lá dentro o MFF tenta convencer Carl a entregar Dani, pois ele não é humano e deveria entender a vontade da Legião. Carl se nega e o MFF corre pra cair no braço depois que Dercy Connor Gonçalves solta mais uma de suas frases de efeito com palavrão. Nesse momento baixa o Shun de Andrômeda em Grace e ela mete a porrada com uma corrente no MFF, o que se mostra surpreendentemente mais eficiente que armas de fogo. Grace e Carl descem a porrada no MTF duplicado mas Grace acaba mortalmente ferida em uma cena muito similar a do Thanos atravessando uma lâmina no bucho de Tony Stark em Guerra Infinita. Obviamente parar o MFF se mostra uma tarefa extremamente difícil e a IMBECIL DA DERCY CONNOR GONÇALVES AINDA NÃO APRENDEU QUE NÃO ADIANTA METER BALA NESTE INFELIZ QUE É O MESMO QUE APAGAR FOGO COM UM ISQUEIRO!

CARALHO! A LINDA HAMILTON TÁ A CARA DO WILIAM H. MACY!

Grace e Carl conseguem enfiar o MFF dentro de uma bobina gigante que explode mandando todo mundo pra longe. Grace está mais mortalmente ferida ainda, o Internet Exlorer de Carl parou de funcionar e está reiniciando deixando-o desacordado, Sarah Connor continua INUTILMENTE RECARREGADO A PORCARIA DA SUA CALIBRE 12 e Dani vai tentar ajudar Grace. A loira gigante diz que agora fodeu de vez e que dessa ela não passa e manda Dani meter a mão no buraco do bucho dela e puxar o cybertrocinho que pode parar o MFF que, aliás, sai do meio das chamas se desfazendo. Sarah toma uma porrada pra ficar ligeira e desmaia e o bichão começa a andar em direção a Dani e Grace mas para quando percebe que está esfarelando e não consegue mais se recompor. Nessa hora bastaria Dani sair correndo e esperar o bicho se esfarelar sozinho e…fim de filme! Mas ela faz isso? NÃÃÃÃO! Ela enfia a mão no bucho de Grace após essa dizer a clichezenta frase “Você me salvou uma vez, agora me deixa te salvar.” e arrancar o trocinho que pode parar o MFF que mais parece uma injeção de Listerine Menta Suave. Mas, como foi muito bem treinada por Dercy Connor Gonçalves, ao invés de meter esse troço de uma vez no cybecu do robô moribundo e acabar com a porra toda, Dani resolve pegar uma escopeta e ficar atirando no MFF agonizante enquanto professa impropérios. OBVIAMENTE dá ruim e esta IMBECIL só não vai pra vala porque o Windows de Carl volta a funcionar, o que dá tempo de Dani meter a injeção de Listerine no MFF, o que parece atordoá-lo de fato, mas ele não cai. Nesse momento Carl, usando seu cybertoco, arrasta o bicho pra longe. Carl se joga junto com o MFF dentro de um…de uma…de alguma porcaria que solta energia e funde metal! E antes de ser soldado ao chão junto com o MFF olha pra Sarah e diz Por John” e pronto! Os dois morrem! Num filme só temos o final repetido de O Exterminador do Futuro 1, com Grace morrendo tal qual Kyle Reese, e O Exterminador do Futuro 2, com o exterminador bonzinho se sacrificando por um bem maior.

Temos um pequeno e discreto salto temporal e vemos Dani observar a Grace de 10 anos brincar no parque sob a supervisão de seus pais tal qual uma molestadora espreitando sua presa. Ela se afasta e descobrimos que ela e Sarah agora viraram o Sam e o Dean da série Supernatural e ambas reprisam o final de O Exterminador do Futuro 1 indo de jipe em direção ao horizonte.

Fim de filme!

Olha, não é o pior da série, é bem melhor que Rebelião das Maquinas, Salvação e Gênesis juntos, mas isso não quer dizer muito. O roteiro é mais do mesmo, situações se repetem, tem boa ideias pouco ou mal exploradas e além da previsibilidade da coisa toda, fica uma sensação de cansaço justamente pela falta de novidade. É uma baita salada com os roteiros de TODOS os filmes anteriores, com a diferença que Grace é mais apegável que mais bad ass que aquele personagem DE MERDA  que o Sam Worthington interpretou em Salvação. Sério, eu peguei nojo desse infeliz por causa desse personagem COMPLETAMENTE DESNECESSÁRIO! Desde então não consigo olhar nem pra um poster com ele sem fazer cara feia. No geral, é um filme medíocre que ainda consegue entreter. Não é uma tragédia mas não é um filme que eu vá lembrar que exista, como Exterminador do Futuro Gênesis, que eu só lembro que existe quando alguém fala dele.

Se fosse pra dar uma nota?

Nota:6,0 pra passar de ano, já que com a nota da bilheteria não vai dar nem pra arrumar uma banca nova na sala…