Coleção Eaglemoss – O Homem de Aço
Super relevante.
Na esteira da Crise nas Infinitas Terras, foi necessário renovar os personagens para o novo universo. E para a DC pareceu uma ótima idéia entregar seu maior herói para um cara que estava em uma excelente fase criativa, John Byrne.
Byrne então fez o básico, começou a contar a historia com Krypton e o foguete. Mas em Krypton ele já mostrou que estava disposto a mudar o que as pessoas tinham como certo desde os anos 50.
Krypton é um planeta árido e praticamente estéril, governado por uma raça cientificamente muito avançada. Os kryptonianos vivem isolados em altas torres, convivendo uns com os outros principalmente por video ou holografia.
Em uma das torres, Lara questiona seu companheiro, o cientista Jor-el sobre uma atitude dele que descobriu. Jor-el teria recolhido, sem notifica-la, a camâra de gestação do filho deles.
Jor-el confirma e informa que irá enviar a câmara, em um foguete de sua própria construção, para um mundo distante, para salva-lo da destruição de Krypton.
O foguete é lançado, Krypton explode e na Terra um casal gentil o encontra e a sua preciosa carga.
Byrne estava aparentemente muito empolgado em trabalhar com o Super, mesmo com as limitações que lhe impuseram. O principal é que ele queria uma aproximação mais gradativa dos poderes e da fama do Super e a DC lhe fez correr com isso, a editora queria o Super Homem completo o quanto antes.
Mesmo assim, o Super Homem de Byrne era bastante diferente do Super da Era de Prata em vários pontos.
E as diferenças tornaram essa a melhor origem do Super. A Kpypton era realmente alienigena, sem aquele visual Jornada nas Estrelas dos anos 60.
A exclusão do Superboy. O novo Super era mais fraco do que o anterior e na adolescencia ainda não tinha manifestado seus poderes. O fato dos Kent estarem vivos foi primordial para manter um esteio moral para um deus que quer ser um homem. O Super Homem realmente como o ultimo sobrevivente de Krypton, ou seja, nada da Supergirl.
Clark Kent deixando de ser um bobão e sendo a verdadeira pessoa, ou seja, Super Homem é uma máscara (o contrário do que se estabeleceu com o Batman por exemplo). E outra diferença muito grande com a Era de Prata era a atitude do Super em relação a sua herança krytoniana. Antes ele vivia se lamentando pela destruição de Krypton e se via como Kal-el. Agora ele passava a se ver como Clark Kent e não como Kal-el.
Houveram algumas mudanças mais polemicas como a aura que o Super teria ao seu redor e impediria que o uniforme se rasgasse à toa, o fato dele voar com força de vontade e até ele ser abastecido com energia solar. Isso não foi bem recebido na época.
A amizade dele com o Batman também se alterou. Talvez refletindo O Cavaleiro das Trevas, os dois passaram a ser dois lados de uma moeda e seus primeiros encontros foram tensos, pois o Super não sabia se podia confiar em um sujeito que agia baseado em criar medo. Ele buscava inspirar as pessoas.
O encadernado vai dos numeros 1 ao 6 que foram publicados na revista Man of Steel em 1986. Como de praxe nessa coleção, há uma historia também ainda mais antiga e na verdade, não dá pra recuar mais no tempo, já que se trata da lendária Action Comics 1, onde literalmente tudo começou.
Era um tempo quando a DC sabia o que fazer com o Super Homem.