Civilization: Beyond Earth

Eu preciso de ajuda

 

Eu curto muito jogos de estratégia, embora minha capacidade de planejar à longo prazo seja limitada. Normalmente gosto de assistir  bons jogadores fazendo o trampo. Há exceções. Simcity por exemplo.

E há Civilization.

Não gosto muito do ritmo que jogos de Estratégia em Tempo Real impõe, prefiro fazer as coisas mais pensadamente, o que ocorre em estratégia por turnos como a série Civilization.

O mais novo jogo da série é Civilization: Beyond Earth. Tecnicamente o jogo começa no final de Civilization, com os humanos partindo para outro planeta.

Devido a um desatre chamado de Grande Erro, a velha Terra está pelas últimas. Então várias coalizões e governos apostam numa ultima cartada, colonizar outros mundos.

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Para quem começa, CvBE (como é conhecido na padaria da minha rua) é meio intimidante, com um monte de menus e escolhas, mas tem um tutorial competente e que não é chato, além da Civilopedia, repleta de termos e até alguma ajuda.

Ao contrário dos outros jogos, aqui você começa fazendo importantes escolhas, como qual coalização está patrocinando sua colônia, o tipo de nave e carga, a tripulação e alguns outros fatores que podem influir bastante na jogatina.

Uma das escolhas importantes é o novo sistema de Afinidades. Há três delas e elas meio que são um guia para sua estratégia, seu avanço tecnologico e para chegar ao final do jogo. A afinidade Harmonia indica uma colônia se adaptando a vida no planeta e com um grande contato com a vida nativa e ênfase na genética. A Supremacia confia em tecnologia avançada para se sobrepor as outras colônias (você tem companhia nesse novo mundo), e a Pureza são devotados em criar um planeta o mais parecido possível com a Terra.

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Após o pouso você começa a construir sua colônia, pesquisar tecnologias, fazer alianças, espionagem, comércio e outras coisas já esperadas de Civilization. Há várias formas de vitória, como completar os objetivos da sua Afinidade, conquistar as outras colônias ou até entrar em contato com uma civilização alienígena. Lembrando que isso deve ser feito em uma quantidade estabelecida de turnos. Caso nenhuma das colônias atinja o objetivo ao fim dos turnos a vencedora é escolhida por Vitórias e outros fatores.

O mundo em si tem seus perigos naturais, normalmente na forma de imensos insetos e áreas com vapores (miasma) tóxicos. Os insetos são normalmente indiferentes à você, mas podem se tornar agressivos ou até domesticados, dependendo de suas atitudes com eles e cada Afinidade tem uma posição sobre eles.

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Um aspecto é que, com a enorme quantidade de customização, duas civilizações não serão iguais, e é preciso mais de uma partida para ver todas as unidades, edifícios e tals. Conforme você pesquisa na sua Árvore de Tecnologia você pode direcionar a ciência para uma direção especifica,, o que destrava tecnologias e pode aumentar seus niveis de Afinidade, necessários para fazer upgrade em suas unidades e criar certas estruturas.

 

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Beyond Earth, aparentemente iria ser uma extensão de CivilizationV, e compartilha a mesma engine e tals, mas os desenvolvedores resolveram criar algo separado, uma decisão acertada e o jogo vem ganhando geralmente reviews positivos.

O jogo é um sucessor espiritual do lendário “Alpha Centauri”, que já era um sucessor espiritual do próprio Civilization (um dos finais era justamente a sua civilização deixando a Terra e indo até Alpha Centauri), de forma que o ciclo está completo.

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Detalhe. Uma das facções é chamada Brasilia. De acordo com a historia, no século 23 o Brasil vai ser a maior potencia mundial. Claro, há dois erros básicos nisso, já que o jogo foi feito por americanos. O líder da colônia brasileira é chamado , Rejinaldo Leonardo Pedro Bolivar de Alencar-Araripe é um nome bem brasileiro com certeza. E porque alguém acha que vamos ser potencia de alguma coisa. Mas talvez  em 200 anos as pessoas deixem de trocar voto por comida.

Civilization:Beyond Earth tem me consumido de forma cruel e brutal. Não tenho feito mais nada. Quaisquer post que fiz nas ultimas semanas foram feitos no trabalho. A síndrome do “Só mais um Turno” é real.

Mas foda-se a cura.

Zweist
11/11/2014