Eu não estou entendendo é mais nada!

Se tem uma revista que se esforça ao máximo para apresentar uma representação fiel de seu personagem principal,  com certeza é essa fase do Cavaleiro da Lua. Estamos no terceiro encadernado, com o terceiro com o terceiro escritor e o terceiro time de desenhistas, desta vez composta por três caras. Mar Spector até chora de emoção, todas as suas três personalidades choram de emoção.

Ainda na vibe do número três, a abordagem da série mudou novamente, pela terceira vez. Cullen Bunn, o escritor da vez, se focou em uma abordagem muito mais sobrenatural e menos heroica e vigilante que seus predecessores. Agora  temos confrontos com monstros, criaturas angelicais (nem tanto) e outros seguidores de Khonshu. As histórias estão mais dinâmicas novamente, graças ao retorno do esquema de trama fechada por edição.

Mas o problema é que Bunn não é Warren Ellis, e por mais que se esforce as histórias ficaram um tanto quanto corridas e superficiais. A ideia inicial de algumas é bem interessante, mas peca na execução. Ainda assim, esse encadernado para mim supera o segundo volume, mas fica longe do primeiro.

O trio de arte Ron Ackins, Steven Sanders e German Peralta também se saem melhor que a dupla do segundo encadernado Greg Smallwood e Giuseppe Camucoli, com cenas de ação mais empolgantes e enquadramentos mais atrativos, usando de uma arte mais suja e escura, que contrasta muito bem com herói de branco.

Mesmo com essa melhora discreta, o fato de cada encadernado possuir um autor e uma linha de história variada acaba sendo um tanto quanto desanimador, fazendo com que o interesse em um próximo volume seja quase curiosidade mórbida ao invés de empolgação para com o desenrolar da trama. Ainda pretendo comprar um próximo volume, se houver, mas ninguém deve ficar com dor na consciência se resolver parar por aqui.