Batman/Planetary

Faz tanto tempo que comprei essa revista que dá até vergonha de resenhar.

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Sério, faz tempo mesmo. Não sei quanto exatamente, mas foi no começo do ano. Também não lembro o preço que paguei na época, mas dando uma pesquisada vejo que hoje ele está sendo vendido por 21,90 na maioria dos sites. Não sei se esse é um preço justo por um encadernado de 100 páginas e em tamanho luxo, sendo que metade apenas dessas páginas são a história. Mas agora que eu li, e também estou precisando escrever e o site precisa de posts, por que não falar sobre?

Apesar do nome do justiceiro de Gotham vir primeira, essa é uma história do Planetary, tendo a figura do Batman como um elemento fantástico em mais uma das aventuras dos arqueólogos do desconhecido. A história se inicia em uma Gotham sem Batman, a Gotham da realidade de Elijah Snow, Jakita Wagner e o Baterista. A equipe principal do Planetary é chamada para a sua filial na cidade, que está na mão dos esttranhos Dick Grayson e Jasper, um cara estranho de pele pálida e cabelo verde.

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O motivo do chamado à cidade é a presença de uma assassino incomum, suas vítimas são encontradas fundidas com outras pessoas idênticas, indicando que ele é capaz de transitar pelo multiverso. Porém John Black (esse é o seu nome) na verdade possui um dom que não consegue controlar, um dom que machuca e coloca em perigo todos aqueles que estão à sua volta. Quando localizado pela equipe, Black acaba saltando de dimensão e levando o trio consigo, mas na nova Gotham eles não são os únicos seres estranhos.

Batman surge, e mesmo sem entender  bem o que está acontecendo, seu senso de justiça o obriga a levar Black para as autoridades competentes. Porém o rapaz está sobre jurisdição do Planetary, ou pelo menos estava, e essa confusão leva a um conflito do herói solitário contra o grupo. Enquanto acontece a briga, os poderes fora de controle de Black o levam a fazer vários saltos dimensionais, e em cada dimensão uma versão diferente de Batman enfrenta o mesmo Planetary.

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Como dito, essa é uma história curta, não se leva mais do que uns dez minutos para lê-la. Planetary é uma das obras primas de Warren Ellis, então temos em qualquer edição que leve esse nome uma boa história. A arte de John Cassaday é boa e ruim ao mesmo tempo, pois se por um lado temos um traço belo e limpo, com respeito à anatomia e uma narrativa satisfatória, o cara simplesmente não desenha cenários, deixando muitas vezes as páginas com a impressão de vazio. Como extra, temos o roteiro integral, o que sinceramente só está ali para aumentar o volume do encadernado. Resumindo, Batman/Planetary é uma história muito boa, mas uma edição desnecessária, talvez faria mais sentido reunir essa história junto com os crossovers com a LJA e com Authority, que inclusive saíram juntos em uma edição mais em conta.

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Godoka
21/12/2016