Banca dos Amiches #1

Pequenas resenhas de gibizinhos para alegrar o seu dia.

Quadrinhos são parecidos com memes: Em um piscar de olhos, surge uma nova novidade, algo que todos estão comentando – ou não. É impossível você acompanhar tudo que está saindo, mas, nós do Superamiches (ou só eu, mesmo postando a cada seis meses), vamos facilitar a sua vida listando as melhores coisas que saíram aqui e lá fora com pequenas e deliciosas resenhas do jeito que só o esgoto da internet sabe fazer.  Esse vai ser um pequeno teste, mas deixem suas sugestões de gibis, mangás, fumettis, anúncios de revistas pornôs ou mestrados de física quântica que vocês querem resenhadas aqui.

 

 

Amazing Spider Man (2018) #1

Roteiro: Nick Spencer

Arte: Ryan Ottley e Humberto Ramos

Arte final: Cliff Rathburn

Cores: Laura Martin

Capa: Ryan Ottley e Cliff Rathburn

Editora: Marvel Comics

Páginas: 46

Valor:  US $ 5,99

A Marvel tem uma tara em reiniciar a numeração de suas HQs, mas, nesse caso, dou um desconto para a Casa das Ideias: Após 10 anos polêmicos variando entre bom e o medíocre, Dan Slott sai da HQ, dando lugar ao Nick Spencer (Capitan America), e essa mudança fez muito bem para o personagem. Faz um bom tempo que não leio com afinco alguma coisa do Cabeça de Teia, mas Spencer conquistou a minha atenção com uma história que sabe dosar perfeitamente o drama e humor. Na história, o Homem Aranha precisa salvar Nova York de uma invasão alienígena e, para variar, ele está de mal a pior tanto, em sua vida particular como na de herói. Spencer sabe o que está fazendo, mandando bem na interação entre os personagens e nos dilemas do eterno Charlie Brown aracnídeo. A arte fica a cargo do Ryan Ottley (invincible), que desenha boa parte da HQ com um traço bem ágil e bonito, lembrando bastante o Erik Larsen;  Já o Humberto Ramos (The Superior Spider Man) faz um prelúdio envolvendo um antigo inimigo do Homem Aranha, e até que a sua “arte” não me deu vontade de cometer suicídio.

Nota 7

 

 

Dead Or Glory #3

Roteiro: Rick Remender

Arte: Bengal

Arte final: Bengal

Cores: Bengal

Capa: Bengal

Editora: Image Comics

Páginas: 30

Preço: US $ 3,99

Glory é uma ladrona de bom coração, que precisa de dinheiro para bancar um novo rim de Ruivo, seu pai. A sinopse acima pode soar clichê, mas esqueci de mencionar acima que Glory se mete numa conspiração de tráfico humano, com direito a freiras açougueiras e muito canibalismo. Rick Remender, que vem provando a novo projeto que é um dos melhores autores da Image atualmente, tá matando a pau em Dead Or Glory; A HQ é de massaveio puro e gostoso, com perseguição de carro, personagens freaks e muita, mas muita violência. Se o roteiro já legal, tudo fica melhor com a arte estilosa do Bengal (esse nome…), com uma pegada que mistura de animações e mangás. Apesar de estar na terceira edição, dá pra pegar o bonde numa boa aqui, então, por favor, leia logo a HQ!

Nota: 8,5

 

 

Sentry (2018) #1

Roteiro: Jeff Lemire

Arte: Kim Jacinto

Arte final: Kim Jacinto

Cores: Rain Beredo

Capa: Bryan Hitch

Editora: Marvel Comics

Páginas: 21

Valor: US $ 3,99

Nunca li nada do Sentinela, só sei que ele foi criado pelo subestimado Paul Jenkins para ser uma versão esquizofrênica do Superman  e que foi morto pelo superestimado Brian Michael Bendis. Sorte a minha (e a dos leitores) que Jeff Lemire sabe trabalhar muito bem com personagens assim, mostrando quem eles são e as sua personalidades de uma maneira bem fluída e instigante.  Rob, que um dia já foi o poderoso Sentinela, é um cara solitário, acima do peso e receptáculo do vilão Vácuo, a versão maligna do herói. Para conter o seu lado maligno, Rob precisa conectar a sua mente a cada 24 horas no confluctor, uma máquina feita pelo Doutor Estranho, permitindo que Sentinela e toda a sua família de super-heróis lutem contra o Vácuo e seus aliados. Fácil, certo? Achou errado, otário, pois a máquina foi roubada. Além do roteiro rendondinho, a HQ tem a belíssima arte do Kim Jacinto, que, assim como o Sentinela, conquistou meu coração. Essa é uma HQ que promete bastante.

Nota: 8

 

 

Superman (2018)  #1

Roteiro: Brian Michael Bendis

Arte: Ivan Reis

Arte final: Joe Prado

Cores: Alex Singlair

Capa: Ivan Reis e Joe Prado

Editora: DC Comics

Páginas: 32

Valor: US $ 3,99

Brian Michael Bendis cagou feio na minissérie Man Of Steel, então fiquei com bastante receio do que o carequinha iria aprontar na mensal do Azulão, e não é que ele fez um trabalho competente nessa primeira edição? Clark está solitário depois que Jor-El levou Lois e Jon para um retiro pelo cosmos, mas há assuntos mais importantes para resolver, entre eles, resolver o mistério dos incêndios criminosos em Metrópolis, construir uma nova fortaleza da solidão e bater um papo com Caçador de Marte. Tirando a puta descaracterização do J’onn J’onzz, essa é uma HQ bem legal do maior herói de todos os tempos e, pasme, até dá para criar uma pequena esperança para o retorno dos bons dias do Bendis. Agora, se nada disso te convenceu a ler a HQ, veja o preview da arte da dupla brasileira Ivan Reis e Joe Prado na HQ; A arte está espetacular! Compre só para ver os belíssimos desenhos do Reis/Prado, mas compre! Dá vontade de fazer um quadro com cada uma das páginas!

Nota: 6 (mas a arte é 10!)

 

 

The Immortal Hulk #1

Roteiro: Al Ewing

Arte: Joe Bennet

Arte final: Ruy José

Cores: Paul Mounts

Capa: Alex Ross

Editora: Marvel Comics

Páginas: 32

Valor: US $ 3,99

Fico com sono com todas as mortes e ressureições de heróis da Marvel e DC, mas a volta do Hulk me chamou atenção por dois pontos: A nova HQ do Golias Verde é voltada para o terror psicológico e, pasmem, o Bruce Banner pode morrer, mas o Hulk e toda a sua fúria são imortais. Dito isso, preciso dizer que essa é a melhor HQ atual da Marvel que li esse ano! Al Ewing realmente entregou uma HQ de terror psicológico, com um Hulk que remete demais ao livro “O Médico e o Monstro”. Claro, essa HQ não vai te fazer suar frio ou perder o sono, mas a tensão e o medo são palpáveis. Sempre fui com a cara da arte do brasileiro Joe Bennet, mas agora o cara se superou: Além desse ser o seu melhor trabalho, sua arte – realçada com a arte final do Ruy José e as cores do Paul Mounts – combina demais com o roteiro tenso do Ewing. Puta merda, Marvel, preciso ler a próxima edição! PS: Essa belíssima capa do Alex Ross tá pedindo para virar um poster no meu quarto.

Nota: 10