Banana Joe
Por alguma razão, era o meu apelido.
Nos idos tempos da Sessão da Tarde, quando haviam menos comédias marca bosta e mais peitinhos no meio da tarde, um dos heróis daqueles tempos era Bud Spencer.
Bud Spencer era um italiano enorme, com uma barba gloriosa e uma grande barriga, amigo da cerveja e da briga. Sempre disposto a mandar um “telefone” nas temporas dos seus inimigos.
O Telefone é um golpe aplicado na lateral da cabeça, com a mão aberta. O impacto é considerável, de uma magnitude várias vezes maior do que o superestimado Roundhouse Kick. Há uma versão ainda mais cruel, e perigosa. Colocando a mão em forma de concha e atingindo o ouvido do adversário. É garantia de desestabilizar, e provavelmente romper o tímpano do sujeito.
Mas Bud Spencer não precisava recorrer a isso. Sua força mamutesca lhe garantia a vitória.
Um dos seus filmes que mais reprisavam na Sessão da Tarde era Banana Joe.
Filmado na Colombia, era a historia de um cara, que vocês podem ter adivinhado, conhecido como Banana Joe. Essa era sua ocupação, colher e vender banana, em um pais imaginário, Joe costuma ajudar uma aldeia remota com o transporte e a venda de bananas.
Certa feita, o governo resolve ajudar uma grande empresa a obter um monopólio na venda de bananas, e faz isso colocando vários obstáculos ao produtores, como novas licenças, que só podem ser obtidas após um inferno burocrático, e coisas do tipo. O que não será muito fácil, pois alem da burocracia, Joe é analfabeto. Então pode ser meio complicado.
Como era de se esperar, Bud Spencer tem seus próprios métodos para lidar com a burocracia e a acaba meio que liderando sem querer uma revolução. E no meio tempo vai pra toda parte, de uma prisão, para o exercito e todo tipo de lugar.
Há, quase no começo uma cena de um tipo de corrida de caminhões, que eu espero, por tudo de mais seguro, que tenham usado cenas aceleradas, porque são umas jabiracas que parecem que vão desmontar só de olhar muito pra elas. Pelo menos nos acidentes causados, usam umas miniaturas bem óbivias.
E é bom gostar da música tema. Ela toca quase o tempo todo.
O humor é bem simples, não é a aquele filme de se rachar, mas é sim uma boa diversão e mostra que as pessoas que acham que a violência não resolve nada, não estão usando violência o bastante.