O que dizer desta franquia que mal conheço e já odeio pacas.

Pois é galera, tomei coragem e assisti esta bomba cinematográfica e devo dizer, o filme superou minhas expectativas e conseguiu ser pior do que eu imaginava.

Dirigido por Jonathan Liebesman (Fúria de Titãs 2) mas com uma assinatura bem grande do Michael Bay (Transformers porra), o filme deveria se chamar “As aventuras de Megan Fox e seus amigos” ou seja, já começa errado dando maior destaque e tempo de tela para quem não deve. (alguém lembrou do Shia Labouf no Transformers?)

Ainda bem que esta cena não entrou no filme!

Vou falar um pouco da história e pontuar alguns problemas (não vou lembrar de todos mesmo):
Na história temos April O’neil (Megan Fox) uma repórter medíocre, assim como a atriz que a interpreta, que está em busca de uma grande história para subir na carreira, ela vai investigar o Clã do Pé, que neste filme virou uma espécie de gangue de terroristas liderados pelo Destruidor. Durante um roubo do clã, eles são impedidos por heróis que lutam nas sombras, mas eles deixam um símbolo, tartarugas ninjas silenciosas mas que deixam cartão de visita, ok, óbvio que ninguém acredita em April, depois durante um sequestro no metro as tartarugas impedem novamente, mas ela consegue seguir eles e descobre que na verdade são Tartarugas, Ninjas, Mutantes, Adolescentes, sério, cada uma delas fala uma palavra, nessa ordem.
Após isso, April começa a descobrir seu passado, as tartarugas e o Splinter eram cobaias do laboratório do seu pai junto com o Dr Erik Sacks (que poderia muito bem ter sido substituído pelo Baxter Stockman) foi a própria April quando era criança que nomeou elas, após um incêndio que matou seu pai, April salva as Tartarugas e larga elas no esgoto, (mas como é que esta desgraçada não lembrava de nada disso?) os experimentos começam a fazer efeitos e elas crescem, Splinter trata elas como filhos e ao encontrar um livro sobre Ninjutsu ele resolve treina-las nesta arte…

PARA! PARA! PARA!

Ele aprendeu Ninjutsu lendo um livro? Nossa, a versão original com ele aprendendo imitando os movimentos do dono ficou até mais plausível agora, ou até mesmo a versão dos desenhos dos anos 80 e 2012 com ele sendo um mestre que entra em contato com o Ooze e vira um rato mutante, seria muito mais fácil de aceitar. Ele supostamente aprende as artes ninjas em um livro do Instituto Universal Brasileiro e repassa para as Tartarugas, ou seja, eles não sabem porra nenhuma de ninjutsu, como podem dar um cacete na galera do clã do pé?

Poster com selo Michael Bay de qualidade!

Neste momento eu já estava achando tudo uma merda, mas sou guerreiro, tinha que ver até o final. April conta tudo para Erik Sacks, mas o que ela não sabia é que ele era mauzinho, matou o pai da April e é um dos discípulos do Destruidor, eles invadem os esgotos e acontece uma treta entre Splinter e o ralador de queijo gigante chamado de Destruidor, Sacks captura as Tartarugas para extrair o sangue delas pois é a chave para criar o antidoto para um gás mortífero que eles querem lançar em Nova York e depois vender a cura, conversando com o Inacreditável Neo pelo Facebook, ele lembrou que o plano do cara milionário era ficar rico. Caramba! Não faz o menor sentido! Este filme não faz sentido, eu não faço sentido!

No meio da treta eles acabam deixando Raphael pra trás, achando que ele tinha morrido ou sei lá, ele se junta a April e ao câmera dela e vai salvar seu irmãos, depois de liberta-los e de uma descida interminável em uma montanha (que não aparentava ser tão grande assim quando chegaram lá) eles voltam a Nova York para impedir o Destruidor de lançar o veneno, gás, sei lá o que, depois de tomar um cacete federal, eles se juntam para derrota-lo e salvam a porra toda, fim da história.

Vou falar rapidamente dos personagens, porque eu nem queria escrever esta resenha mesmo.
“Mestre” Splinter – um grande filha da puta, o visual está legal até, ele dá a impressão de se meio asqueroso, tal qual um rato de verdade, aprendeu Ninjutsu lendo um livro e enganou seus filhos dizendo que estava ensinando para eles também, não tem nenhuma relação com Destruidor, por isso não faz o menor sentido as tartarugas lutarem contra o clã do pé, ou ele agir como se ele e o Destruidor fossem grandes inimigos.
Destruidor – foi um mero coadjuvantemente no filme, sua participação é totalmente apagada, serve somente para aparecer nas cenas de luta usando uma roupa ridícula refugo dos Transformers, foi lamentável o que fizeram com o personagem, claramente inseriram as pressas, porque no inicio o personagem de William Fichtner estava cotado como Destruidor depois mudaram para um Japa genérico que mal aparece.
April – Uma bosta, Megan Fox nem se esforça mais pra tentar atuar, além de ter a mesma expressão sempre.
vernon (Will Arnett) – O cameraman engraçaralho, somente isso, um desperdício com o ator.
Erik Sacks (William Fichtner) – O verdadeiro vilão do filme, bem meia boca diga-se de passagem, sem muito propósito também, como eu disse antes, um milionário com um plano de ficar mais rico.
Karai – nem me dei ao trabalho de pesquisar o nome da atriz, aparece de vez em quando e não serve pra nada igual ao filme inteiro.

As Tartarugas – quando saiu uma primeira imagem do visual eu até achei interessante, mas depois que vi imagens dos bonecos já comecei a temer, quando saiu o trailer, vi que a merda estava feita, eu sou a favor de cada uma ter características visuais para identificar melhor, mas dessa vez exageraram demais putaquepariu! Além do visual eles exageraram nas personalidades também, Raphael anabolizado, usa uma óculos na cabeça igual pagodeiro e um palito na boca, pra provar que é fodão, mas em vez de ser o cara rebelde que contesta a liderança ele é somente um cara chato mal humorado, que fica enchendo o tempo todo; Leonardo achei meio nhé; Michelangelo é o mano rapper com seus colares e óculos pendurado, conseguiram deixar ele mais chato que o da animação atual, e eu achava isso impossível, ok que ele é o brincalhão do grupo, mas ele fica soltando piadinhas de cunho sexual igual a um adolescente punheteiro (“meu casco ficou mais apertado” “sou um adolescente, mas podemos fazer coisas de adulto se quiser”) tenha paciência; Donatello, eu até entendo ele carregar aparatos tecnológicos nas costas, mesmo quase não usando nenhum deles, mas putamerda que porra é aquele óculos? Sério, que bosta mais clichê pra dizer que o cara é um nerd, usar um óculos gigante remendado, é idiota demais, talvez eu tenha ficado mais indignado ainda por ser meu personagem preferido e chorar como um ninja silencioso toda vez que via ele em cena, nem vou falar do rosto meio humanóide escroto delas!

Chorando! :'(

Pra não dizer que só falei mal, tem algumas cenas legais de ação, o que contribui pra teoria de que assim como Transformers, eles primeiro pensam nas cenas de ação pra depois pensar em como colocar uma história no meio, mesmo que o roteiro fique cheio de furos, os personagens não tem nenhuma motivação para lutarem contra o Destruidor por exemplo, com certeza as crianças se divertiram assistindo este filme, mas para mim ele não faz o menor sentido, mesmo sendo um filme sobre Tartarugas Adolescentes Ninjas, eu juro que tentei desligar o meu cérebro, mas não deu.

Ele corta ele pica ele fatia e rala queijo!

Eu poderia dizer para não gastarem o dinheiro e tempo assistindo essa merda para não dar lucro e blá blá blá, mas ele já é um sucesso de público e garantiu uma continuação, infelizmente.
Se quiserem assistir algo legal vejam a animação atual que é bem divertida e para leitura, a fase atual pela Idw é foda, vou deixar os links dos posts que fiz sobre as Tartarugas.
Hqs, TV, games, filmes

Um bom exemplo de visual e características bem definidas sem precisar ser escroto.

Este filme deixou a versão de 1990 ainda melhor e empatou em ruindade com Tartarugas Ninja 3!