Arrival – Maratona Pré-oscar
Será que já temos um favorito?
Olá amiches, como estão?
Como a maioria de vocês sabem, dia 26 de fevereiro acontecerá a entrado do Oscar 2017 e, num ritmo de festa, é ritmo, num ritmo de festa, teremos o prazer de descobrir o melhor filme de 2016 (para depois poder falar se discordamos ou não). Pensando nisso, decidi criar uma categoria de posts especiais com os nomeados a melhor filme do ano e, após assistir aos mesmos (viu como se faz, Glória?), fazer meu review a dar minhas notas.Ao término da lista, pretendo fazer minha aposta no vencedor.
Também quero deixar claro que já faz mais de ano que eu parei de ver trailers (exceto quando vou no assalto, digo, cinema, e não tenho como evitar) e dos indicados eu não me lembro de ter visto nada e também não estou acompanhando as apostas e reviews da rede, essa é apenas minha opinião de merda. Vamos lá?
ALERTA DE SPOILERS
Lançado no Brasil em 24 de novembro de 2016, com direção de Denis Villeneuve, Arrival, começa com a Dra. Louise se lembrando de sua filha, Hannah, que morreu de um tipo raro de câncer após dar uma palestra sobre linguística em uma turma. Na sequência, após naves alienígenas chegaram às principais cidades do mundo, a Dra. é convocada pelo governo norte americano com a missão de se comunicar com os visitantes juntamente com um outro especialista em linguística.
Ao redor do mundo outras naves são estudadas por outros especialistas e, aos poucos, a humanidade consegue ir entendendo a linguagem dos alienígenas, que é circular e que não possui ordem de leitura, ou seja, não existem tempos verbais. Então é feita a descoberta de uma mensagem assustadora para muitos humanos, os aliens mandam “escolher suas armas”. Nesse ponto a cooperação mundial é comprometida e o medo que já existia cresce, sendo que a China e Rússia estão liderando os esforços para atacar os alienígenas.
Nesse ponto, o casal de cientistas decide subir novamente até a nave e, sem saber, são pegos numa armadilha feita por alguns soldados que pretendiam explodir uma bomba e matar os “aliens”. Curiosamente, os próprios extraterrestres que salvam os humanos da explosão segundos antes dela ocorrer.
Após a explosão, a frequência dos “sonhos” que a Dra. Louise tinha se lembrando de sua falecida filha aumenta e descobrimos que pouco antes da menina morrer a Dra. se separou do pai de Hannah, que não podia lidar com a certa morte da filha. Curiosamente, a filha ainda não havia sido diagnosticada nessa lembrança.
Numa tentativa desesperada de salvar sua pesquisa e entender os alienígenas, Louise sobre e faz contato direto com os mesmos, que finalmente explicam que vieram entregar uma arma para os humanos, a capacidade de se comunicar sem usar tempos. Os alienígenas então explicam que vieram entregar esse presente para a humanidade porque precisarão de ajuda dos humanos 3000 anos no futuro.
Quando Louise finalmente entende o idioma dos extraterrestres, ela acaba por entender que seus sonhos são na verdade visões da futura filha que terá com o cientista que a acompanha e nós entendemos que não são lembranças, mas sim visões do futuro após o contato.
Louise passa a enxergar toda sua vida de forma a ignorar o tempo, ou seja, tanto seu passado, quanto futuro e presente apenas existem e ela consegue considerar o futuro nas ações que adota no passado e isso permite que ela consiga reintegrar os esforços de cooperação entre as potencias mundiais para se comunicar com os extraterrestres.
O filme termina com os aliens indo embora e Louise escolhendo viver o romance com o colega cientista e ter sua filha Hannah, mesmo sabendo que isso resultará na morte da mesma por um tipo de câncer incurável.
FIM DOS SPOILERS
Agora, vamos a minha singela análise:
A história tem um roteiro complexo, mas sem furos (visíveis) e que deixa o expectador pensando no que acabou de ver por horas, talvez dias. O conceito de quebrar a linearidade do tempo é muito interessante, apesar de improvável, o filme vende a ideia de forma totalmente crível.
As atuações estão fantásticas e estou decepcionado de não ver Amy Adams concorrendo ao prêmio de melhor atriz, ela foi competente na execução de seu personagem e deu vida a um roteiro complexo e fantástico.
Fotografia, efeitos especiais e sonoplastia também são um show a parte, sem nenhum exagero e com uma linguagem agradável o filme consegue ambientar a história em tons de cinza e azul que combinam com o roteiro.
Minha avaliação: 9,5 de 10.
Contra-indicação: para pessoas que não sejam capazes de pensar, esse filme pode parecer um besteirol. Se você chegar a essa conclusão, saiba que a culpa é totalmente sua.