Animações Japas em Terra Brasilis (Anos 70)
Badernistas, hoje eu venho trazer para vossas senhorias minha primeira série de posts para esse blog xexelento! Muitos sabem que eu sou um grande admirador das animações japonesas que chegam em terras tupiniquins, mas meu conhecimento sobre os desenhos de olhos grandes e cabelos arrepiados se limita as séries que chegaram aqui no meado dos anos 90 até hoje.
Pois bem, tirei um dia da minha tão baladeira vida só que não para pesquisar sobre os animes que chegaram por aqui desde o tempo em que sua vó era gostosa e mandava bem nos embalos de sábado a noite (nos anos 70) até o tempo em que sua irmã rebola até o chão ao som de Show das Poderosas (dias atuais). Pretendo dividir essa série em quatro partes (Anos 70/ Anos 80/ Anos 90/ Anos 2000) e publicá-las no tempo em que minha preguiça permitir. O objetivo é mostrar que animes não se resumem só a cavaleiros de latão, macacos loiros, ninjas garis e piratas de borracha, e que a nobre dádiva dos ninjas arte dos animes está por aqui há muito tempo! Sem mais delongas, vamos a primeira parte da série “Animações Japas em Terra Brasilis”.
Voltando para a década de 70, tempo da TV de várzea, TV moleque onde tudo era mais humilde e simples, foi nessa época em que os primeiros desenhos japoneses chegaram por aqui. Bem, nesse tempo ainda não existia a frescura que temos atualmente de chamarmos desenhos japoneses de animes (seus putos, é tudo desenho e pronto!) e nem essa otaCuzada criada a leite com pera e ovomaltine que não aguentam críticas a seu ninja gari que tem uma raposa dentro oco anime favorito, existiam apenas crianças em busca de distração em frente a TV (provavelmente essas crianças eram seus pais!). E um dos primeiros animes a chegar por aqui tem uma legião de fãs até hoje e é considerado um grande clássico! Claro que eu estou falando de Speed Racer!
Speed Racer (título dado nos EUA e adotado aqui também) ou Mach Go Go Go (título japonês da bagaça) é uma animação adaptada de um mangá feito por Tatsuo Yoshida. Animação foi feita no ano de 1967 pela Tatsunoko Productions e totaliza 52 episódios. Chegou aqui no Brasil em 1975 com exibição na TV Tupi no programa “Clube do Capitão Aza”.
Conta a história do jovem piloto Speed Racer (Go Mifune no Japão) e sua equipe, formada por sua família e um macaco (macacos ruleiam!!!), e as corridas em que eles participavam mundo a fora. Os episódios eram recheados de tramas policiais e muitos, MAS MUITOS, carros explodindo (não sei como não dava merda com tanto piloto morrendo ali. hehehe!). Sempre que a situação ficava tensa para Speed, ele recebia a ajuda do misterioso Corredor X, que na verdade era o seu irmão mais velho, chamado Rex (Kenichi Mifune no Japão), que desapareceu anos antes e reapareceu como um agente da Interpol disfarçado nas corridas.
O desenho fez um grande sucesso no Brasil e no mundo. Logo depois que a TV Tupi foi pro limbo, a TV Record conseguiu os direitos de exibição e reprisou os episódios incansavelmente entre os anos 80 e 90, o que deve ter ajudado a aumentar a legião de fãs por aqui. Em 2008 recebeu uma adaptação cinematográfica feita pelos irmão Wachowski e bem…todos sabemos que foi uma desgraça! Mas esqueçamos esse filme de bosta e vamos relembrar a abertura desse desenho tão icônico:
PRÓXIMO!!!! Passando para a animação seguinte. Vou falar agora do desenho que era o preferido do Churrumino Sênior, meu pai. Vamos descobrir quem era Fantomas, o Guerreiro da Justiça!
Fantomas – O Guerreiro da Justiça (nome no Brasil) ou Ogon Bat (nome original no Japão que significa “Morcego Dourado” em português) é uma animação criada pelo roteirista Ichigo Suziki e pelo desenhista Takeo Nagamatsu. Os episódios foram produzidos pela Nihon Ad Systems em 1967 e conta com 52 episódios. Sua primeira exibição no Brasil foi pela TV Record no ano de 1973.
Fantomas conta a história da jovem Marie, que viajava junto com seu pai, um arqueólogo, para uma expedição no continente perdido de Atlântida. A equipe de expedição é atacada pelo maligno Dr. Zero e apenas Marie sobrevive, graças a ajuda de um outro doutor, o Dr. Still. Enquanto fugiam das garras do Dr. Zero, Marie e Still acabam encontrando um estranho caixão em Atlântida. Esse caixão tinha uma mensagem que dizia que há cada 10000 anos o mal ameaça a Terra e somente o guerreiro que estava dentro do caixão poderia derrotá-lo e para despertá-lo era necessário jogar água em seu corpo. Marie faz o que a mensagem pede e desperta o poderoso Fantomas. Sempre que estava com problemas, Marie gritava por Fantomas e ele sempre aparecia seguido de um morcego dourado e por sua sinistra gargalhada que trazia o medo no coração do mal!
Fantomas, foi concebido originalmente em Kamishibais, uma espécie de teatro que conta uma história por meio de ilustrações, depois virou animação e fez muito sucesso no Japão e no mundo. Ganhou adaptações em mangá, uma delas feita por Osamu Tezuka, considerado o deus do mangá, e também uma versão cinematográfica em live action produzida pela Toei Company. A abertura do desenho, pra quem tem curiosidade de ver:
Seguindo! Esse eu nunca tinha ouvido falar. Vamos descobrir que raios é Shadow Boy!
Shadow Boy (no Brasil) ou Bōken Shōnen Shadar (no Japão, não achei o significado em português) é uma animação criadar por Okamoto Mitsuteru e produzida no estúdio de animação Nippon Hoso Eigasha no ano de 1967. A série totalizou 156 episódios e foi exibido aqui pela primeira vez na TV Tupi em 1974.
A história se centrava no garoto apelidado Shadow Boy, que havia sido despertado de uma cúpula de vidro para lutar contra as forças do Dr. Spectro, um demônio que queria dominar o mundo (novidade!!!!). O apelido de Shadow Boy se originou por causa de uma de suas habilidades, que é de criar cópias de si mesmo que duram alguns minutos. Outra de suas habilidades é sua espada, que aumenta de tamanho quando empunhada (os Bruno pira com o duplo sentido dessa frase!!!), e que podia soltar uns raios mágicos.
Para lutar com as forças do Dr. Spectro, Shadow Boy tinha a ajuda de um cientista (Prof. Polker), de um cachorro falante (Xereta) e de um garoto (Roko), esse substituindo o Xereta mais a frente.
Fiquem com a abertura do desenho e em seguida vamos ao último desenho dessa primeira parte do post!
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=udDANJYjVmw?feature=oembed&w=500&h=375]
Fechando a primeira parte desta série, vamos conhecer agora O Judoca!
O Judoca (no Brasil) ou Kurenai Sanshiro (no Japão, sem significado em português) é uma animação criada por Tatsuo Yoshida e produzida pela Tatsunoko Productions (os mesmos responsáveis pelo Speed Racer, por isso há muitas semelhanças) no ano de 1969. A série totalizou 26 episódios e foi exibida por aqui, pela primeira vez, em 1975, na TV Tupi.
O desenho conta a história de Sanshiro, um jovem judoca que teve seu pai, um respeitado artista marcial, assassinado por um outro lutador conhecido como Caolho. Decidido se vingar, ele parte numa viagem para melhorar suas habilidades marciais e encontrar o Caolho. Enquanto viaja, Sanshiro acaba conhecendo várias pessoas que o ajudam e enfrentando outros bandidos que cruzam seu caminho.
O desenho fez um grande sucesso com a pivetada aqui no Brasil e é lembrado com muito carinho pelos velhacos da velha guarda. Uma curiosidade é que a animação do Judoca era feita em 12 quadros por segundo e não em 24 quadros (como é habitual), sendo quase que um “desenho desanimado”.
Como de praxe, vamos a abertura do desenho!
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=mBygXgRT23E?feature=oembed&w=500&h=375]
Então é isso, galera! Essa foi a primeira parte do post que mais me fez escrever na vida (e o pior é que ninguém vai ler essa merda! HUAHUHAUAUHAUHUAHUHAUHA!!!). Assim que minha preguiça permitir eu faço a segunda parte e posto aqui. Espero que gostem e comentem o que acharam.
ABRAÇOS DO GORDO! UOU!!!!!!!!!!!