AD ASTRA E KANATA NO ASTRA
Dois reviews para sua conveniência. E principalmente a minha.
Por alguma coincidência cósmica, acabaram saindo em espaços relativamente curtos de separação o mais novo filme de Brad Pitt, AD Astra e o anime Kanata no Astra.
A expressão inteira é “Per Aspera Ad Astra” ou seja “Através das dificuldades, até as estrelas”.
Mas difícil mesmo é assistir ao filme.
É chato pra boné.
O film segue o engenheiro espacial Roy McBride que, após um grave acidente em uma estação espacial está em busca de seu pai, perdido em alguma parte do Sistema Solar. Não é facil, principalmente pelo fato de que Roy desenvolveu estresse pós traumático e ainda tem que lidar com piratas espaciais e outras pessoas querendo dar um fim nele.
O filme tem muitas reflexões, intercaladas com boas cenas de ação, mas falha em prender a atenção, por alguma razão, simplesmente não funciona.
A questão das reflexões é um exemplo; psicologia de botequim mesmo, coberta com uma camada de pretensão, de forma que me peguei pensando: “Minha nossa! Parece aquele Secret Wars do Remender.”
E discutir o filme depois só fez as inconsistências da historia ficarem mais óbvias e em flagrante contraste com a beleza estética do filme.
Já o anime realmente consegue decolar.
Uma adaptação do mangá Astra Lost in Space, a historia se passa em um futuro aparentemente bem distante, onde um pequeno grupo de alunos é enviado para uma espécie de acampamento em um planeta desabitado, Mcpa. Eles tem que passar uma semana ali antes de serem trazidos de volta. Não é nada muito hardcore, mas não é simples. É um tipo de teste corriqueiro para aqueles que desejam trabalhar no espaço.
Só que logo ao chegarem ali, eles são atingidos, tragados na verdade, por uma estranha esfera de energia e jogados no espaço. Por sorte ainda estão com seus trajes e encontram uma nave ao alcance. Resumindo, eles encontram a nave, descobrem que estão algumas milhares de anos-luz de sua casa e vão ter que fazer escalas para chegar lá, pois a nave não consegue fazer saltos tão longos e tem uma capacidade limitada de carga de suprimentos.
Rapidamente vamos conhecendo os personagens, todos com características bem marcantes, e aos poucos vamos os conhecendo melhor. E ao mistério de porque estão ali.
Eles parecem quase clichês de animação japonesa a principio, mas logo vai se vendo a profundidade deles, nada muito incrivel, mas o bastante para eleva-los da unidimensionalidade.
O que contrasta ainda mais com os desinteressantes personagens do filme do sr. Pitt.
Há uma boa dose de humor, mesmo em alguns momentos que pareceriam inoportunos, embora nem todas as piadas funcionem, no geral se saem bem.
Não há como negar, dos dois “Astra “, o anime é o melhor, o que não deixa de ser meio lastimável, pois é um tipo de filme que curto muito, mas como parece estar ocorrendo muito de uns tempos para cá, é o pessoal do outro lado do Pacifico que tem feito o melhor serviço.