A Morte vem dos céus

Não é segredo que tenho uma certa resistência com a maioria dos FPS modernos. Mas não é sobre isso que vamos falar. É sobre o veiculo que os patéticos soldados chamam para ajuda-los e botar pra fuder quando estão lutando. Aviões.

A benevolente Namco viu o cenário desolador de soldados genéricos trocando tiros com terroristas genéricos em modo online e pensou: “Podemos fazer uma grana aí.” E usando uma de suas franquias mais duradouras criou Ace Combat Infinity.

Usando o modelo-que-ainda-tem-que-ser-aprimorado de Free to Play, Ace Combat Infinity ou ACI, como é conhecido na rua da minha casa, tem um modo campanha, curto é verdade, que é mais para colocar o jogador inteirado no que está acontecendo. Seguindo o modelo de Ace Combat Assault Horizon, o cenário é uma versão do nosso mundo (nos anteriores também era, mas com todos os paises com nomes tão alterados que podia ser outro planeta) e como é de praxe  na série, tem uma história viajandona, mas com um pé no real.

Uma chuva de asteróides atingiu a Terra no distante ano de 1995, mas graças a ação de um sistema de defesa construído às pressas impediu-se o fim da humanidade. Só 20% do planeta foi pro vinagre. Isso e a consequente crise de recursos naturais desestabilizou governos, criou quantidades imensas de refugiados e tals. Vinte anos depois, você é um piloto mercenário, um de muitos, já que os orçamentos de defesa ficaram apertados em muitos países. E tem que abrir seu caminho atráves de céus perigosos.

Mas a história não é tão importante , como até pode ser em outros títulos da série. O filé, como sempre é a já aclamada jogabilidade Ace Combat. Simples, profunda e feroz.

Você começa com um avião bem requenguela, um F-4 Phantom, e vai começando a abrir outros aviões melhores, equipamentos e armas para eles. Há duas moedas em ACI, os Créditos, que você ganha cumprindo os Challenges (Desafios) e durante as missões.  É com eles que você desbloqueia os aviões e melhoramentos. A outra moeda é sua grana real, com a qual você compra firulas pro seu avião e principalmente combustível.

O combustível. Um  sintoma do famigerado sistema Free-to-Play. Você precisa de combustível para voar nas missões. Cada missão utiliza um galão. Você ganha 3 galões gratuitos no começo do jogo e eles são reabastecidos a cada quatro horas, mais ou menos. OU você pode usar os galões estocados, que você ganha em missões, nos Challenges e principalmente, pagando por eles na PSstore. É aí que a porca torce o rabo e a Namco enche o dela de grana.

As missões são relativamente curtas em duração, o que significa que em pouco tempo você fica sem combustível. E ai ou você espera até reabastecer sozinho, ou começa a gastar os estocados e comprar outros, e os pacotes não são muito baratos. Esse é para mim o ponto negativo do jogo. Mas é o modelo Free-to Play.

O modo cooperativo online é o principal modo. Você entra em uma sala e ali é criada a sua esquadrilha e estabelecida a missão, às vezes rolam umas missões especiais e tals, numas emergências.  As missões variam entres uma espécie de corrida contra a outra esquadrilha, para ver qual destrói mais alvos e combates entre elas.

ACI tem tudo que um bom Ace Combat precisa ter. Bons combates, ação agressiva, super veículos gigantes para destruir e controles precisos. Esse negócio de Free-to-Play é o meu caralho, um modelo escroto de negócios, mas que rende milhõnes.  Mas não me incomoda muito nesse caso e afinal de contas, é Ace Combat.

E é exclusivo para Playstation 3. Só para lembrar.

Então baixem e me procurem nos céus. Estarei ali, bem à sua Seis Horas.