A vida segundo o RPGismo
Não sei ao certo o que esse título quer dizer.
Fala, galera. Esse é mais um daqueles habituais textos de segunda, em que que falo merda, cago regra e tento ser um pouco mais coerente, em oposição à alavanche nonsense que costumo largar por aqui.
Eu tenho que começar dizendo que não consigo mais jogar games como antigamente. E entendam antigamente como antes de 2009/2010. Enfim, eu não tenho mais aquela paixão toda, aquela necessidade por explorar à finco mundos virtuais…. basicamente eu não tenho muito tempo para gastar com joguinhos.
E qual o motivo de eu falar isso? É que eu estou num período estranho da minha vida, algo que não vem ao caso, conforme for eu explico em outra oportunidade, o ponto agora é que eu não consigo mais aproveitar um jogo como eu fazia antigamente.
Sabendo disso, eu troquei a merda do meu note antigo e imediatamente baixei alguns novos jogos, aproveitei pra rever alguns e andei olhando algumas novidades interessantes. Para a minha surpresa (definitivamente NÃO foi uma surpresa), eu acabei gastando um bom tempo e considerando RPGs (Role-Playing Games, ou jogo de interpretações de papéis, imagino que todo mundo entenda do que se trata, não é?), o que é muito bom, já que é, de longe, o meu estilo favorito. Jogos independentes desse estilo, jogos Triplo AAA (entenda mais AQUI), jogos clássicos. As variações foram diversas.
Comecei a jogar um game novo (pra mim), já com aquela sensação de que eu não ia conseguir avançar muito, devido a parecer algo gigantesco. Eu nunca estive tão certo. O jogo em questão é o Divinity: Original Sin (RS79,00…. preço MAIS DO QUE JUSTO). É possível que eu faça algum texto/video abordando ele com um foco pertinente, mas no momento só cabe dizer que ele é um RPG incrível, pautado em muitos números, decisões e com vastas possibilidades. De certo a galera que joga os RPGs de mesa, ou que piram com Baldur’s Gate (e semelhantes) vão se apaixonar.
Enfim, Divinity é um jogo divino (com o perdão do quase-trocadilho). Já tive algum contato com ele anteriormente, mas agora pude desfrutar melhor de seu universo. O sistema de luta é complexo, muito complexo. É um sistema de turnos baseado em pontos de ação, que são consumidos ao realizar cada movimento (desde andar, até usar ataques e habilidades), portanto envolve um gerenciamento absurdo. Com isso eu tive uma certeza: esse jogo veio para enterrar a minha vida. E uma coisa que eu, também, tenho certeza é que NÃO quero mais gastar tanto tempo em jogos. Acho que isso é menos pior à longo prazo, especialmente pela diversão e prazeres proporcionados, mas ainda sim sempre acaba me parecendo que foi um período “perdido”. Não em seu sentido pleno, mas com aquele gostinho de que poderia ser aproveitado de uma maneira mais útil, seja fazendo trabalhos que podem complementar meu portifólio, seja passando mais tempo com as pessoas que me cercam.
Na realidade, isso acontece comigo com quase qualquer joguinho. Vocês certamente já perceberam que eu costumo abandonar muitos games. Não vai ser raro algum de nós falar que eu apresentei todo mundo à um jogo incrível, mas que abandonei depois de pouquíssimas horas (ou minutos, como já aconteceu). O fato é que eu absorvo aquilo que me é conveniente e acabo por deixar a experiência de lado, talvez seja uma forma de preservar aquilo, talvez seja a falta de vontade mesmo.
Por isso eu acabo gostando tanto de jogar rogue-likes, que são os joguinhos (subgênero de RPG em essência) que tem mundos/fases gerados aleatoriamente e à medida que você vai avançando. Sua historia, geralmente, não é complexa e a morte permanente é um conceito existente. Eu já escrevi textos sobre esse estilo de jogos (Rogue Legacy, Binding of Isaac) e muitos mais virão, já que é algo que ando jogando bastante. O ponto é que as partidas dos rogue-likes não exigem nada além de acompanhar aquele personagem pelo espaço de tempo em que ele está vivo e tentando concluir seus objetivos. Apenas isso. Não há nada antes e nada depois. Quase tudo se vai depois daquela sessão (existem desbloqueáveis e mecânicas dos proprios jogos que complementam isso, algo que não cabe muito ao texto em questão, mas que fica claro para quem passa pelas experiências desse tipo de jogo).
E por mais que pareça contraditório, jogar 1 hora desse tipo de jogo me parece muito mais proveitoso que jogar 1 hora de um RPG que exige (muito) mais do que esse tempo para te levar à algum lugar concreto. Essa 1 hora me parece melhor usada, especialmente por me proporcionar uma experiência fechada, com começo, meio e fim, mesmo que o fim seja incompleto, devido à uma morte prematura.
Enfim, essa foi uma tentativa de falar que eu ando meio que fugindo de jogos abusivamente longos, por mais que eles pareçam necessários ou incríveis. Não sei se é um mal desse mundo moderno e ágil que estamos inseridos, ou se sou eu, finalmente, “crescendo”. Alguém por aí já chegou a ter esse tipo de pensamento? E depois de ler (ou não), tem alguma sugestão de joguinho SUAVE? Apesar de estar cansado de jogar, eu sou um viciado, não existe muito o que fazer, AUHAHUAHAHAHAH.
Abraços pra todo mundo, <3.