A Saga Yashida
Uma das sagas mais importantes na história do Wolverine!
Recentemente resolvi reler a primeira mini-série do Wolverine escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller e que já foi lançada no Brasil com três títulos diferentes: Simplesmente “Wolverine” pela editora Abril, “Wolverine: Divida de Honra” pela Panini e “Eu, Wolverine” também pela Panini e, mais tarde, pela Salvat.
Só que por ADORAR essas histórias do Wolverine no Japão, resolvi ler as “continuações” dessa mini-série e resolvi também dividir com vocês a timeline central do envolvimento de Wolverine com Mariko desde o dia em que se conheceram até o trágico fim desse romance. Quer dizer…a timeline como EU conheço, ou como costumamos brincar, “na minha cronologia pessoal”. Pode ser que tenham mais encontros e idas do Wolverine ao Japão entre essas histórias que eu não conheça mas, no geral, as histórias que vou apresentar se complementam tão bem que você só precisa ler elas pra ter uma saga redondinha. Comecemos!
1-Wolverine conhece Mariko.
Durante uma passagem pelo Japão os X-Men se deparam com o vilão Moses Magnum que ameaça colocar a ilha embaixo d’água com seus poderes sísmicos caso não seja declarado governante do país. Durante a treta os X-Men acabam descobrindo que Wolverine fala fluentemente japonês e tem reverência pela cultura milenar da terra do sol nascente. É no meio dessa quizumba toda que Wolverine conhece a tímida Mariko Yashida, membro de uma das mais influente famílias japonesas e por quem se apaixona quase que instantaneamente.
As histórias da fase Claremont e Byrne são referencial quando se fala em X-Men. Elas são bem divertidas, só é preciso ter em mente que elas nunca foram pensadas para serem clássicos absolutos, se aconteceu depois foi consequência, e Claremont sempre tinha que estar jogando os X-Men em algum desafio novo todo mês, deixando a revista frenética mas, as vezes, com um tom bobinho em algumas tramas. Essa história não é das mais memoráveis dessa fase como, por exemplo, a Saga da Fênix Negra, mas diverte.
Nota: 7,0
Essa aventura em duas partes pode ser encontradas no Brasil nas seguintes revistas:
º Almanaque do Hulk Nº 09 ( editora RGE, 1982)
º Edição Histórica X-Men Nº01 (editora Mythos, 2001)
º X-Men: Magneto Triunfa (editora Panini, 2016)
2- Wolverine: Divida de Honra (ou “Eu, Wolverine”, ou só “Wolverine” mesmo)
Aqui é onde podemos dizer que a “Saga Yashida” começa de verdade. Após ter problemas pra entrar no Japão e ser ajudado pelo seu velho amigo dos tempos de agente secreto, Asano Kimura, Logan descobre que o até então desaparecido pai de Mariko, Shingen Yoshida, voltou ao Japão e reclamou o comando da família, criando laços com facções criminosas, como a Yakuza e o Tentáculo, e arrumando um casamento de interesse para Mariko com um homem desprezível que a espanca chamado Noburu Hideki.
Completamente contrariado e PUTO da vida, Wolverine vai ao encontro de Mariko que está mais infeliz que torcedor do América e apanhando mais que jumento de cigano mas diz que Logan deve partir e esquecê-la, pois ela tem um dever de honra com a família. Muito a contragosto (e depois de quase matar Noburu, sendo impedido por Mariko), Logan aceita e se vai. Quer dizer “se ia”! Pois é acertado por uma série de shurikens envenenadas e cai desacordado. Ao acordar, dá de cara com o velho Shingen que o desafia para um duelo de bokens, espadas de madeira japonesas para treino. Ainda zoado pelo veneno, Logan apanha mais que a série do Punho de Ferro apanhou da crítica e acaba se desonrando aos olhos de Mariko quando, tomado pela dor e pela raiva, desembainha suas garras e ataca Shingen. Ele perde a luta e é posto pra fora do castelo do Yashida.
Lá fora, ainda baqueado pelo veneno e pela surra, é salvo pela misteriosa Yukio, uma espécie de ninja doida e com tendências suicidas que se apaixona perdidamente por Wolverine. Agora, na mira do Tentáculo, Wolverine vai não apenas tentar sobreviver como salvar sua amada Mariko dos perigos que surgiram das filiações criminosas em que Shingen meteu o clã Yashida. O que Wolverine não sabe é que haverão muitas traições e reviravoltas nessa história pois nem tudo é tão preto no branco quanto parece.
Essa é, sem sombra de dúvidas, uma das MELHORES histórias solo do personagem! Pra mim, perde apenas para Arma X de Barry Windsor-Smith! Ela tem uma atmosfera densa, um climão de filme de ação com tema Yakuza dos anos 80, Chris Claremont fez seu dever de casar pra dar um ar autêntico a todo o lance de código de honra japonês.
Os desenhos de Frank Miller caem como uma luva! Apesar de ser uma história lançada em 1982, já percebemos algumas técnicas como uso de espaço negativos na sua arte que seriam abundantemente usadas em Sin City muitos anos depois.
Por esse casamento tão bacana entre história e arte, eu consigo até perdoar os muitos deslizes de Miller, como o fato de desenhar os trajes ninjas como roupas de dançarinos de lambada, as espadas parecerem cimitarras ao invés de katanas (sobretudo a Espada de Honra dos Yashida que é HORRENDA), os samurais usarem chinelas de idosa e da Yukio ser desenhada mais com cara de uma paraibana chamada Valdete do que de japonesa.
Nota: 8,0
Essa é, sem sombra de dúvida, uma das histórias do personagem mais republicadas no Brasil e você pode encontrá-la nas seguintes revistas:
º Wolverine (mini série em 4 partes da editora Abril, 1987)
º Wolverine Edição Encadenada (editora Abril, 1988)
º O Melhor de Wolverine (encadernado da editora Abril que também compila a minissérie do Wolverine com a Kitty Pryde, 1997)
º Wolverine: Divida de Honra (editora Panini, 2004)
º Eu, Wolverine ( edição de luxo, editora Panini, 2009)
º Eu, Wolverine (editora Salvat, 2015)
3- Glória Escarlate
Sequência DIRETA dos acontecimentos visto na mini série do baixinho canadense anteriormente citada. Só que dessa vez a história não é uma minissérie mas um arco dentro da revista mensal dos mutantes e sai Frank Miller da arte (que nessa época estava produzindo seu quadrinho autoral, o fantástico Ronin), entra o SENSACIONAL Paul Smith, pra mim, um dos mais injustiçados artistas a passar nos X-Men.
Na trama, Wolverine está com o casamento marcado com Mariko e os X-Men chegam ao Japão para acompanhar as festividades. Os problemas começam quando Kenuichio Harada, filho bastardo de Shigen Yashida e mais conhecido como Samurai de Prata, aparece para reclamar a liderança do clã como único herdeiro homem da família Yashida. Porém, enquanto Mariko faz de tudo pra tirar o nome da família do lamaçal em que Shingen o jogou se associando a criminosos da pior espécie, Kenuichio quer seguir os exatos passos do pai, tendo na Madame Hidra sua principal aliada.
Após uma tentativa de assassinato que acaba colocando quase todos os X-Men no hospital, Wolverine se une MUITO A CONTRAGOSTO a recém integrada a equipe, Vampira (a qual era vilã e quase matou Carol Danvers, amigona de Logan, após sugar seus poderes de Miss Marvel, poderes que Vampira mantém até hoje) afim de tentar derrotar o Samurai de Prata e a Madame Hidra ao mesmo tempo em que Tempestade e Yukio acabam se conhecendo e a “maluquice” da japonesa vai ter uma grande e inesperada influência na senhora do tempo.
Eu simplesmente ADORO esse arco! Ele não tem o mesmo peso e tom dark da minissérie desenhada por Miller mas é uma baita de uma sequência, e ter sido escrita também por Claremont garante que todas as pontas sejam amarradinhas de maneira perfeita. Quanto a arte do Paul Smith…sempre que eu falo do sujeito eu tenho que citar a luta entre o Wolverine e o Samurai de Prata! Smith copia o mesmo esquema de painéis horizontais nas páginas do duelo entre Logan e Shigen justamente como uma referência ao trabalho de Miller, inclusive com o vermelho como cor de fundo. A diferença é que por trabalhar na industria da animação, Paul Smith tem toda uma sensibilidade na hora de transmitir movimento continuo na luta. Enquanto a luta desenhada pelo Miller mostra golpes impactantes sem se preocupar com a coreografia, a luta desenhada por Smith parece um storyboard onde o painel seguinte dá a exata continuidade ao anterior. Sem falar que seu desenho, com um traço mais leve e limpo, é MARAVILHOSO! Ah, e ele sabe desenhar Katanas e faz a espada de honra dos Yashida parecer mesmo com uma! Ponto mais que a favor!
Eu realmente adoro todo o run desenhado pelo Paul Smith e dá a impressão que até a rescrita do Claremont tá mais leve (talvez pelas tretas que ele tinha com o Byrne terem ido embora com a saída do desenhista do título dos mutantes). Mas aqui, nesse arco em específico, eles fizeram um baita de um trabalho!
Nota: 8,5 (sim, meio pontinho a mais que a minissérie porque a arte do Paul Smith merece)
Esse arco pode ser encontrado nas seguintes “publiqueixons”:
º X-Men (mini série em 4 edições, editora Abril, 1988)
º X-Men Especial Nº 01 (encadernado, editora Abril, 1989)
º O Melhor dos X-Men Nº 01 (encadernado com quase toda a fase desenhada por Paul Smith, editora Abril, 1997)
º Eu, Wolverine ( edição de luxo, editora Panini, 2009. Sim, ela vem junto com a mini série desenhada pelo Miller nessa edição)
4- Garras na Terra do Sol Nascente.
Certamente o mais fraco arco dessa saga e, infelizmente, o seu arco final. Escrita por Larry Hama e desenhado por Marc Silvestri, a trama mostra Wolverine e Gambit indo até o Japão resgatar Jubileu que acabou sendo presa por lá por fazer estripulias juvenis. Lá chegando acabam descobrindo que o Tentáculo está envolvido na treta toda e além de ninjas agora mais tecnológicos, a organização se mancomunou com Matsuo Tsurayaba, um Yakuza que teve uma das mãos decepadas por Wolverine no passado (numa das primeiras histórias desenhadas por Jim Lee nos X-Men), o qual, por sua vez, encomendou uma ciborgue chamada Cylla a Donald Pierce, um outro antigo desafeto de Logan.
Matsuo também quer o controle da família Yashida e vai tentar persuadir Mariko a entregá-lo. Já Cylla tem como único objetivo tirar a vida de Wolverine e não vai descansar até conseguir. De brinde ainda temos a volta do Samurai de Prata pra encher o saco e uma jovem cega chamada Reiko que foi mandada pra matar Jubileu afim de pagar uma divida. O desfecho desse cabaré todo não promete ser dos melhores…
Esse arco é, sem sombra de duvida, o mais bagunçado e caótico de todos. Com um excesso de vilões e uma ação non-stop que não dá espaço pra uma trama minimamente decente se desenvolver, além de ter aquele cheirinho de massavéio dos anos 90, o que não depõe a favor. Honestamente eu não sei o quanto a fama do Jim Lee influenciou nos roteiros do Larry Hama (que acabei descobrindo que também é ator e já fez aparições em séries de TV como M.A.S.H.), mas sei o quanto ela influenciou na arte do Marc Silvestri. Explicando melhor: Com a explosão do Jim Lee no título dos X-Men, seu estilo virou padrão na indústria, sobretudo na Marvel. TODO MUNDO TINHA QUE DESENHAR COMO JIM LEE, e isso fez com que alguns ótimos desenhistas com estilos próprios sacrificassem esse estilo em prol dessa padronização. A prova mais clara disso está na arte de Marc Silvestri. Pegue qualquer trabalho dele no final dos anos 80 e compare com os do começo dos anos 90 pra ver como a arte muda grosseiramente e a identidade dele se perde sob uma “Jim Leezação”.
Os roteiros do Larry Hama também iam muito bem no título do Wolverine com histórias que podem não ser “lendárias”, mas são divertidas de se ler até hoje. Até que começou a “Jim Lee Mania” e as histórias do Wolverine começaram a ter um rumo completamente ladeira abaixo, com foco no passado do personagem que ninguém conhecia e sempre com um absurdo novo sendo enfiado nessa zorra. Não sei se a culpa no que tange ao roteiro foi realmente dessa mudança perpetrada pelo sucesso do Jim Lee ou se foi só cansaço do Hama sem saber mais o que contar. Mas que as datas batem, ah, elas batem.
Nota: 5,5
Enfim, como eu disse, é o arco mais fraco, mas é o que fecha a Saga Yashida. E você pode achá-las nas seguintes edições:
º Wolverine Nº 43 e Nº 44 (editora Abril, 1995)
º Edição Histórica Wolverine Nº 02 (editora Mythos, 2004)
5- Um final alternativo…E MELHOR!
O primeiro quadrinho do Wolverine que comprei quando tinha mais ou menos 10 anos de idade, foi Wolverine Nº 31 da Abril. Ele trazia o final de um arco de viagem no tempo escrito pelo Larry Hama e desenhado pelo Marc Silvestri que eu não entendi na época e, por isso, não gostei tanto. Trazia uma história do Excalibur, que eu também não entendi lhufas já que tinham personagens que eu nunca tinha visto nem no desenho dos X-Men na Globo e, por fim, uma história alternativa que mostrava o que aconteceria se Logan tivesse casado com Mariko. Lembro que dessa eu gostei DEMAIS, sobretudo porque personagens morriam e eu achei aquilo muito ousado!
Na trama, Logan e Mariko se casam (SPOILER: Na mini série do casamento eles não casam no final por uma safadeza de um vilão que não vou revelar quem é, mas Mariko decide não se casar mesmo depois da treta ter passado, dizendo que só casaria após desligar o nome da família do crime organizado e, assim, limpar sua honra). O problema é que o estrago feito por Shingen ainda existe e Wolverine vai correr atrás do prejuízo caçando os chefões criminosos afim de acabar com os negócios que eles tinham com Shingen na marra. O problema é que ele descobre que o crime organizado no Japão agora está sob o controle de um só homem, Wilson Fisk, o Rei do Crime.
Após tentar negociar com o Rei, falhar e começar uma guerra gigante com o balofo maligno que leva prejuízo aos bolsos da rolha de poço do mal, Fisk decide desafiar Logan pra um duelo um a um. Ah, vale citar que o Samurai de Prata apareceu e pediu perdão a Mariko e a Logan afim de se juntar a família ainda no começo da história. O problema é que esse corno prateado tava mancomunado em segredo com Fisk e mata Mariko pelas costas durante o duelo de Logan e Fisk. O Rei do Crime aproveita que Logan se distraiu com o ataque a sua amada e tenta fugir, mas é morto por Solaris. Logan mata o Samurai de Prata cravando suas garras no crânio do filha de uma rameira cromada, entrega a espada de honra do clã Yashida a Solaris, que era primo de Mariko, bem como a liderança do clã. Ele volta aos EUA e aos X-Men.
Essa história foi originalmente publicada na revista What if… Nº 43 e, obviamente, é uma realidade alternativa. Mas caso tirassem algumas mortes de personagens grandes como o Rei do Crime, seria um final que poderia ser mantido na linha principal e muito melhor do que a trama levada a cabo por Larry Hama e Marc Silvestri. O roteiro ficou a cargo de Ron Marz e a arte a cargo do ótimo Scott Clark, que desenhou muitas outras histórias pra revista “What If…” além de fazer um Wolverine melhor que o do Jim Lee! FALO MESMO!
Nota: 7,5
Essa história curta, como já dito, pode ser encontrada em:
º Wolverine Nº 31 (editora Abril, 1994)
6- Saga Yashida em outras mídias.
Obviamente Logan voltou ao Japão em muitas outras ocasiões nos quadrinhos, porém nada tão memorável quanto nas histórias escritas por Chris Claremont. E justamente por ter sido um arco tão marcante, obviamente que foi usado como base para outras obras fora dos quadrinhos.
O filme Wolverine: Imortal de 2013 pega a história de Claremont como base mas modifica MUITA coisa. Eu acho um filme bacana até a metade, sobretudo em comparação com o LIXO que é X-Men Origens: Wolverine. Porém, da metade em diante o filme segue por um plot completamente novo, fantasioso demais e com um vilão final que foi um verdadeiro banho de água fria.
Na trama, durante a Segunda Guerra Mundial, Logan salva um jovem soldado japonês de ser morto pela explosão das bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Anos depois, o soldado localiza Logan e manda a jovem Yukio levá-lo até o Japão afim de lhe fazer uma proposta: Transferir, através da mais avançada tecnologia, seu fator de cura para o agora moribundo ex-soldado. O nome do velho soldado é Yashida e sua família está em meio a uma guerra que acaba por colocar no caminho de Logan a jovem Mariko Yashida. Agora Logan vai protegê-la e ainda enfrentar a Yakuza, uma horda de ninjas e o terrível Samurai de Prata. Não terrível de “perigoso”, mas terrível de “que porra fizeram com o personagem nesse filme”.
A primeira coisa que me incomoda nesse filme é terem simplesmente mutilado e jogado longe a relação do Logan com a cultura japonesa. Agora ele é só um estrangeiro em meio a uma treta onde ele não entende nada do que falam ao seu redor. A mudança de posição e personalidade de alguns personagens também incomoda, como o Kenuichio Harada deixando de ser o Samurai de Prata e virando um “Gavião Arqueiro Made in Japan” além de gente boa agora. A Yukio mais serena e parceirinha de aventuras do Wolverine tal qual um Robin e um Shingen Yashida relegado a sub-chefe pra dar o lugar de vilão central a um “Monge de Ferro Made in Japan” também são baitas bolas fora. O filme tem cenas que são referências diretas aos quadrinhos, mas até aí eu preferia que pegassem a trama dos quadrinhos e passassem pra telona. Não havia muito o que mudar ali.
Curiosidade:
O filme tem uma versão R-Rated lançada em DVD e BluRay com direito a todo o
sangue que o filme não mostrou no cinema. Como eu disse, o filme é mediano, mas
essa versão gore dá uma graça a mais pra ela.
Nota: 6,0
Em 2011, dois anos antes de Wolverine: Imortal ser lançado, a Marvel se uniu a Madhouse para lançarem uma série de séries em anime de seus personagens. Entre os escolhidos estava Wolverine, e a história base para uma história produzida no Japão não poderia ser outra. Porém, MUITAS mudanças também se fizeram presentes aqui pra poder preencherem 12 episódios. Na trama, Logan salva seu antigo amigo dos tempos de agente secreto, Asano Kimura, de ser morto por agentes da IMA nos telhados de Nova Iorque. Asano diz que esteve procurando Logan para ajudá-lo a resolver uma treta no Japão envolvendo a IMA, um grupo da Yakuza chamado Os Dragões de Nove Cabeças e Shigen Yashida. Esse ultimo nome desperta o interesse de Wolverine, pois Mariko Yashida, filha de Shingen, foi um antigo amor. Logan descobre que ela está pra se casar com um homem pra beneficiar os negócios de seu pai, e parte pra “resgatá-la”. Lá, entra em conflito direto com Shigen, toma uma surra e acaba nas ruas do Japão.
Devo dizer que não lembro do resto da trama pois nunca terminei a série, tanto pela qualidade da animação, que sofre uma queda a partir do episódio 2 fazendo você duvidar ser mesmo uma produção da toda poderosa Madhouse, quanto pelas mudanças na história e inserção de novos e clichezentos personagens. Outra coisa que desagrada é o character design, que traz um Wolverine MUITO jovem, magrelo e com cara de integrante de banda de K-Pop. Curiosamente os X-Men ganharam um anime também, MUITO MELHOR animado (mas com uma história MUITO ruim) e com um character design muito bom que deixou o Wolverine com o visual PERFEITO pra um anime ou qualquer outra animação, independente do país.
Comecei a rever o anime após reler a “Saga Yashida” nesses últimos dois dias e vamos ver no que é que dá, por isso não vou dar nota. Certamente a animação não pode ser pior que o anime NOJENTO do Blade. Sério…o anime do Blade é MUITO MAL ANIMADO MESMO!
Bem, post gigante e longas horas perdidas pra 10 pessoas lerem. Mas é o que eu
gosto de fazer…
Então, até a próxima quando algum assunto que me empolgue aparecer novamente.