A Espiã que Sabia de Menos
James Bond do rodizio
Susan Cooper (Melissa McCarthy) é o apoio no Centro de Controle do espião Bradley Fine (Jude Law). O cara pisa na bola e é morto por Rayna Boyanov (Rose Byrne), que aparentemente tem informações de cada sujeito que a CIA pode mandar contra ela. Sem escolha, eles tem que mandar Susan, que pode passar incognita para tentar encontrar uma mini bomba nuclear, da qual apenas Rayna sabe a localização e está fazendo um leilão entre grupos terroristas.
Outro que está aqui é Jason Statham, como Rick Ford, um agente fodão da CIA. O tipo de papel que ele costuma fazer.
A premissa do filme é simples e para um dia que estava sem nada pra fazer, acabei vendo. Afinal, os trailers mostravam Susan fazendo várias trapalhadas e todos sabem que gente gorda é engraçada. Mas não esperava nada além de matar umas duas horas de tempo.
E na verdade é um filme legal. Mesmo. Não é um puta filme como Kingsman, mas não te deixa aquele sentimento de tempo perdido.
Uma coisa interessante são as desconstruçoes dos filmes normais de espião. O espião tipo James Bond pode ser tão bom, porque ele teria um aparato de cobertura e uma equipe. Há também o tipo durão e fodão que o Jason Statham costuma interpretar e o proprio Staham trata de sacanear aqui.
Fiquei surpreso com algumas das cenas de ação. É preciso um bom nivel de suspensão de descrença pra acreditar nos malabarismos de Susan, mas são tão bem feitos, e dentro do espirito meio absurdo do filme, que ficaram ótimos. Imagino que Statham tenha dado uma boa mão nas sequencias de luta. Claro, quando vemos a gorducha perseguindo alguem correndo, a suspensão de descrença vai lá em cima. Mas é passavel.
O filme levou uma censura um pouco alta nos EUAses, principalmente por causa dos palavroes, ou palavras feias ( saiba mais aqui). Mas é justamente isso que faz a versão dublada ser melhor. Português é uma lingua muito melhor para xingar do que inglês. E nem dá pra dizer que algumas piadas se perdem. Um bom trabalho aqui.
E pra quem gosta dos bons filmes, há também a presença, curta é verdade, mas trazendo a lembrança de uma cena iconica no cinema enquanto arte, de Björn Gustafsson. Sim, ele mesmo, o nazista de bigode escroto de Kung Fury.
A música da abertura, tipica dos bons filmes de James Bond é ótima.
Então é isso. Apesar de ter recebido um nome imbecil, na mais brasileira das tradições (devem ter seis filmes com essa variação de nome aqui), é um filme legal que dá pra assistir de buenas e dar umas risadas.