Uma Breve Análise da Marvel nos Cinemas pt 4.1 – Mutantes
É tanto filme que vou ter que dividir esse post em 2.
Dando continuidade a nossa série semanal que às vezes falha, chegou a hora de analizar a franquia mais usada e abusada que cachimbo na cracolândia: Wolverine e os outros X Men. Nessa primeira e mais extensa metade serão analisados apenas os filmes da equipe, e semana que vem os filmes solo.
Sinopse: O filme segue dois protagonistas, Wolverine e Vampira, sendo introduzidos (ui!) no conflito entre os mutantes guiados por Charles Xavier e a Irmandade Mutante liderada por Magneto. A questão mutante divide a opinião pública e o governo, esse último representado na figura do senador Robert Kelly, um racista, homofóbico, anti semita, reacinha militar defensor de leis anti mutantes. Magneto planeja transformar os principais líderes mundiais em mutantes durante uma reunião da ONU usando um novo dispositivo, e precisa da habilidade da Vampira pra isso. O que ele não sabe é que os humanos sem mutação não conseguem sobreviver aos efeitos da máquina, e cabe aos X Men impedirem o pior.
Bem, esse é o filme responsável pela volta das adaptações de hq’s, só isso já dá um puta crédito pra ele. Com exceções de algumas lutas no final que poderia ter sido melhores e um certo diálogo envolvendo sapos e raios, o filme continua muito bom apesar da idade. Um ponto a se destacar foi a criação de uniformes mais sóbrios, uma boa alternativa aos espalhafatosos uniformes dos quadrinhos. Um bom começo na minha opinião.
Sinopse: os pupilos de Xavier enfrentam uma nova ameaça, e dessa vez uma ameaça humana. Após uma espécie de lavagem cerebral em Magneto, o coronel Willian Stryker (que possui uma história passada tanto com Xavier quanto com Logan) invade a mansão, obrigando aqueles que conseguiram escapar e se refugiarem como podem. Em posse do cérebro e de Xavier, Stryker planeja usar tal tecnologia para destruir todos os mutantes do planeta de uma única vez. Os X Men que restaram acabam forjando uma aliança temporária com a Irmandade Mutante a fim de garantir o futuro de sua própria espécie.
Esse é o melhor filme da franquia até agora e fica facilmente bem colocado em qualquer lista de melhores adaptações de super heróis. O roteiro foi muito bem trabalhado, os defeitos do primeiro filme foram corrigidos e os pontos positivos foram maximizados, simplesmente perfeito. A sequência inicial do Noturno na Casa Branca é memorável, assim como a fuga de Magneto da prisão e o Wolverine botando pra foder geral durante a invasão na mansão. Um filme que começou muito bem, foi seguindo muito bem e terminou incrível, criando grandes expectativas em relação a sua continuação.
Sinopse: é descoberta uma “cura” para o gene mutante, o acaba por gerar a ira de Magneto. Além disso, Jean Grey, que havia morrido no fim do filme anterior, retorna em sua personalidade maligna que havia sido suprimida no passado do Xavier, a Fênix. Com a descoberta de que a cura estava sendo usada em armas, Magneto inicia a cruzada mutante contra a humanidade. O resto é mutante pra tudo quanto é lado e pulo, soco e grito.
Essa pérola se resume em uma frase: um puta puteiro do caralho. Essa joça já começou errada, Bryan Singer viu que não ia conseguir desenvolver a saga da Fênix Negra e recebeu um convite da Warner para dirigir um filme do seu super herói favorito e picou a mula. Depois o Matthew Vaughn assumiu a cadeira de diretor e pulou fora nos 45 do segundo tempo, jogando a bomba pra Brett Ratner, cuja a única coisa boa que dirigiu foi a trilogia A Hora do Rush. O filme é uma sequência de cenas de ação com um fiapo de roteiro, em resumo: uma bosta.
X Men: First Class (2011)
Sinopse: ambientado na Guerra Fria, pra ser mais exato durante a Crise dos Mísseis de Cuba (1962), o filme mostra o primeiro contato do professor universitário Charles Xavier e do jovem em busca de vingança Erik Lehnsherr. Os dois, além de outros jovens mutantes, se unem para por fim a ameaça de Sebastian Shaw e seu Clube do Inferno. Shaw pretende, por meio de manipulação política, iniciar a guerra nuclear e abrir o caminho para que os mutantes dominem a raça humana.
Eu sinceramente gostei bastante desse filme. Possui umas boas doses de humor, um vilão carismático, cagadas cronológicas (Destrutor mais velho que o Ciclope) e o mesmo roteiro batido de “os X Men tem que deter alguma merda que vai descambar em guerra” que já havia sido usado. Em outras palavras, adaptou muito bem as cagadas que tem nos quadrinhos mutantes. Mas piadas a parte, considero um bom filme e uma boa retomada da franquia que já havia tomado duas traulitadas homéricas com o X3 e o primeiro filme solo do Wolverine. Não é aquele filme que se diga “nossa, mas que barriga incrível, Senhor Filme!”, mas valeu.
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Conclusão: Começou muito bem, se fodeu bonito mas prometeu voltar com força novamente. O fato é que com tantas outras adaptações acontecendo, um filme novo dos X Men não empolga mais como antigamente. Isso em parte se deve aos péssimos filmes que vieram depois do segundo e também ao fato de serem filmes não da Marvel, mas da Fox, aquela que não é a Warner mas sabe cagar nos filmes do mesmo jeito. Apesar de não ter me animado nem um pouco, torço pra que saia algo que preste do vindouro Dias de Um Futuro Esquecido, previsto pra estrear no meio do ano.
Bônus de merda:
Generation X (1996)
Sinopse: feito como piloto para uma série de TV que graças ao bom Galactus nunca foi realizada. A Geração X é um grupo de mutantes adolescentes que possui como tutores Emma Frost e Banshee. O grupo vive mais brigando um com os outros que qualquer outra coisa, porém os conflitos pessoais são postos de lado quando um cientista louco e antigo inimigo de Emma resolve usá-los em suas experiências.
Cara, que merda foi essa? Sério, quando Jubileu e Derme são os personagens principais de qualquer coisa não dá pra esperar coisa boa. Mas nesse caso a ruindade se supera, o filme é tão ruim que sai correndo, dá um duplo twist carpado, um backflip 720º, sai dando pirueta barranco a baixo e fica péssimo. Aí você vira e me diz “pô, Godoka, dá uma colher de chá, nos anos 90 a Marvel tava beirando a falência.”, e sinceramente, depois de ver uma coisa dessa a única resposta que me vem na cabeça é: bem feito!