Post nonsense dos Amiches – Robocop por Dr Manhattan

Dr Manhattan nos enviou a sua resenha semanal, desta vez falando do polêmico Robocop, presta ou não presta?

Robocop 2014 – uma resenha virada nas doRgas, mas sem doRgas.

Robô de preto, o que é que você faz? Eu faço coisas que assusta o satanás. Robô de preto, qual é sua missão? Barbarizar num filme PG-13 sem derramar sangue no chão!

Robô de preto, o que é que você faz? Eu faço coisas que assusta o satanás. Robô de preto, qual é sua missão? Barbarizar num filme PG-13 sem derramar sangue no chão!

Quando eu assumi a farda, parceiro… a polícia de Detroit era uma das mais corruptas do Estado do Rio de Janeiro (FUCK’S GEOGRAFY). Vagabundos, maconheiros, traficantezinhos de merda… todos reinando absolutos nas ruas de Detroit. E minha missão era limpar a cidade de toda essa merda. E missão dada, parceiro… É MISSÃO CUMPRIDA!!

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Então, parceiro… eu descobri que a merda estava inundando até mesmo o meu departamento: após uma operação investigando o tráfico de armas eu descobri que alguém de dentro da corporação estava fornecendo armamento apreendido para a bandidagem. Alguém de farda. E nada me dá mais nojo que PM corrupto, parceiro.

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Enquanto eu me atolava até os joelhos com as merdas da cidade, o País discutia se robôs não deveriam ser aqueles a proteger os cidadãos. Afinal, usávamos robôs lá fora para a defesa de nossa segurança e interesses. Por que não usar aqui em nossas ruas? Simples, parceiro… uma coisa é meter chumbo em vagabundo do Morro do Bin Laden lá no Oriente Médio, outra coisa é apontar o berro para a cara de um mauricinho sobrinho do Tio Sam… nenhum cidadão queria ver um robô com o dedo no gatilho. E o que eles esqueciam é que quando um robô puxa um gatilho, parceiro, ele não puxa esse gatilho sozinho.

“Sabe como essa operação deveria se chamar? Operação Iraque.”

“Sabe como essa operação deveria se chamar? Operação Iraque.”

E no meio dessa bagunça havia um monte de interesses em jogo. Por um lado o Deputado Fraga, um intelectualzinho de esquerda que sempre impediu que robôs esculachassem bandido, queria evitar que a Lei Kenee, Lei Carolina Dieckman, Lei Valesca Popozuda (ah, uma lei lá… vai “Valesca Popozuda” mesmo… pô, Manhattan, mah tu não viu o filme? Vi, caralho, mas não prestei atenção no nome da lei, porra!!) fosse revogada. A Lei Valeska Popozuda era o que impedia que robôs sentassem o dedo na bandidagem. Do outro lado, o ex-Bátima e sua corporação, a OCP, queriam derrubar a tal Lei para garantir seu “faz-me-rir” vendendo os mesmos policiais de metal usados lá fora para os americanos aqui dentro. E o que eu não sabia, parceiro, era que esta merda ainda ia feder para o meu lado muito em breve.
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Dando prosseguimento à investigação, eu e meu parceiro descobrimos que alguém de dentro da PM estava mancomunado com um chefão do crime: o Baiano. Armas… doRgas… rinhas de pokemón… postritruiçao… tudo envolvia o Baiano. E eu e meu parceiro íamos ter a cabeça do Baiano não fosse algum X9 na delegacia ter nos entregado. Meu parceiro, o Matias, levou um tiro. E eu… o que eu ganhei foi isso:

Máfia? Máfia é coisa de italiano... espaguete, ravióli...

Máfia? Máfia é coisa de italiano… espaguete, ravióli…

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Eu tinha perdido uma perna, um braço, meu pinto, 2m de intestino, um olho, meus 3 testículos, as pregas, meus cards do Capitão América… era de se esperar que eu ficasse deprimido. Mas não, parceiro… todos achavam que eu ia cair… só que eu não caí pra baixo, parceiro, eu caí pra cima.

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Lembram quando eu disse que não queriam um robô com o dedo no gatilho? Pois é parceiro… agora eles tinham um humano dentro da armadura. E esse humano era eu. A pica agora era minha. Um homem-máquina. Um policial incorruptível, que não se cansa, que não erra o tiro. Uma máquina de matar vagabundo a serviço do País. A serviço da PM carioca de Detroit. Mas… nas mãos da OCP… Era eu dentro da armadura, parceiro… mas era a OCP apertando o play.

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Podendo resolver crimes com maior eficiência que uma dúzia de policiais e podendo baixar mais pornografia por segundo que qualquer leitor do SuperAmiches ou BdE, eu era agora a sensação do momento… uma boneca cibernética… a pica das galáxias. Minha farda não era azul. Minha farda era preta… E DE METAL!!

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Eu fazia meu serviço. A criminalidade diminuía consideravelmente. Eu dava muita porrada em viciado… esculachava muito policial corrupto… mandava um monte de vagabundo pra vala. Mas à medida que eu ia mais a fundo em toda a carniça, mais urubus engravatados eu incomodava.

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E uma coisa é você deitar a mão na cara de vagabundo e policial corrupto, outra coisa é estourar os miolos de político sem vergonha. Eu achava que entendia o sistema… que começava a dominá-lo. Mas então eu percebi que o sistema não era só o tráfico e policiais corruptos. O sistema era isso e muito mais. Polícia, política, grandes corporações, aquele árbitro da linha de fundo do jogo do VascoxFlamengo, as Brasileirinhas, a grande mídia. E o sistema queria um pedaço de mim… por que o sistema, parceiro… O SISTEMA É FODA!!

  “Quando vejo passeata contra a violência, parceiro, eu tenho vontade de sair metendo a porrada.”

“Quando vejo passeata contra a violência, parceiro, eu tenho vontade de sair metendo a porrada.”

A OCP conseguiu o que queria. O “Robocop” era um sucesso. O crime diminuiu. A lei Valesca Popozuda foi abaixo. Em breve, milhares de policiais meio homem meio máquina meio esquilo produzidos em grande escala a partir de garrafas PET na Zona Franca de Manaus iam policiar as ruas de todo o Rio de Janeiro e dos EUA como um todo. Eu era o único problema na equação, parceiro. Pois eu não ia deixar barato para vagabundo nenhum, independente se ele usasse terno ou não. E isso era um problema. E para corrigir esse problema, parceiro… eles iam me desligar em definitivo.

#PartiuVendetta  #ORobocopAcordou

#PartiuVendetta #ORobocopAcordou

A coisa estava feia para o meu lado, parceiro. Ok, eu não tinha nada a perder. Eu nem era mais humano. Mas eles decidiram colocar minha família no meio do jogo. E isso eu não ia admitir. Não mesmo. E quando a pressão aumenta lá em casa, o pau come na rua. Comigo sempre foi assim parceiro.

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Minha sorte foi descobrir os verdadeiros inimigos a tempo. Ao saber que seria desligado a mando do Bátema, não pensei duas vezes e subi o morro atrás do vagabundo. Artigo 121 c/c art. 14, II do Código Penal. Mas isso não seria tarefa fácil: dezenas de robôs montavam guarda em seu escritório. Mas quando eles vieram… eu não estava sozinho!

#CiclopeWasRight... ops... legenda errada!! O correto seria “#AgoraoBichoVaiPegar”  (fundo musical a cargo do Tihuana)

#CiclopeWasRight… ops… legenda errada!! O correto seria “#AgoraoBichoVaiPegar”
(fundo musical a cargo do Tihuana)

Passando por todos os robôs, destruindo uns, subtraindo informação de outros com o saco ou o cabo de vassoura com USB, encontrei o Bátema e minha família na laje da OCP. Saquei minha arma, afinal, é minha função prender vagabundo. Mas uma sub-rotina instalada previamente em minha programação impedia que eu fizesse qualquer coisa a ele. O humano queria puxar o gatilho, mas era a máquina no controle. Quem está no comando? Neurônios ou placas de circuito?

Se eu acessar o pÓstE de sábado dos Amiches e bater umazinha com a direita, sou humano... com a esquerda sou máquina? É isso?

Se eu acessar o pÓstE de sábado dos Amiches e bater umazinha com a direita, sou humano… com a esquerda sou máquina? É isso?

Policiais convencionais não são treinados para a dicotomia homem-máquina. Eu não sou um policial convencional, parceiro. Eu sou o Robocop. Da tropa de elite da polícia de Detroit do Estado do Rio de Janeiro. Não importa o maquinário… o circuito cibertrônico… as Leis de Asimov… a farda de metal… pois no fundo eu sei que A RESPONSABILIDADE É MINHA, O COMANDO É MEU!!

#NoMoreBátemaBaixinho #FinalFeliz #LeiValescaPopozudaVoltaAValer #RobocopÚnicoRobôDeFardaPretaNaCorporação #ResumiOFinalDoFilmeComHashtags

#NoMoreBátemaBaixinho #FinalFeliz #LeiValescaPopozudaVoltaAValer #RobocopÚnicoRobôDeFardaPretaNaCorporação #ResumiOFinalDoFilmeComHashtags

Bem, senhores, para quem conseguiu chegar até aqui, isso foi o que ocorreu no filme… bem, maaais ou meeenos mais ou meeenos… Agora, discorramos do filme em si tirando a galhofagem de lado. Embora tenha tentado ver o filme com “a mente aberta”, lembrando que “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, é impossível não cair em comparações com o filme oitentêro. Logo, vamos ao que mais chama a atenção:

I)                    Farda Preta: Ao contrário de muitos, não vi problema no visual “farda preta”. Aliás, a “farda prateada” também está presente. A finalidade da farda preta casa com o fato de a empresa OCP buscar um visual que seja aceito pela população. Descartar o visual antigo e buscar algo novo é estratégia de marketing da mesma. Agora… o que me incomodou E MUITO foi essa porra de mão humana!! Meu cacete!! Sobra nada do filhadaputa quando transformam-no num robô, mas acham boa ideia manter uma porra de mão “humana”? Tomanocu!! Para quê isso? Para incutir em nossas mentes a dualidade homem-máquina? Sou um robô? Um humano? Um humano sonhando ser um robô? Um robô sonhando com carneirinhos elétricos? Ou, relembrando uma fala do Rubens Edwald Filho (aquele cara que só aparece na época do oscaralho) ao comentar sobre Blade Runner: “Somos humanos cada vez mais automatizados ou as máquinas estão cada vez mais humanas?” Ah, foda-se.

 

II)                   Política: Padilha também trabalha o enredo misturando política externa, segurança pública, jogo corporativo tão bem e até com mais intensidade como no filme oitentista. As grandes corporações manipulando o governo, a mídia e a massa de modo a alcançar seus objetivos não importando o custo… a ética… o indivíduo.

 

III)                 Atuações: não vi “carisma” no novo Alex Murphy. Acho até que o cara que interpreta o parceiro puliça dele seria um melhor Robocop. Michael Keaton faz bem seu papel de industrial filhadaputa, mas não é também nada que exija muito. Samucas está presente como o cara da mídia a serviço da OCP… um showman Datena Style que tenta convencer a população o que é melhor para “ela”…. funciona como uma espécie de “alívio cômico” sempre que aparece. Acho que ele merecia um papel mais fodão. Mas, ao contrário do Keaton, tem como ele voltar para uma hipotética sequência, o que é bom. Gary Oldman também interpreta bem seu papel de cientista fodão dividido entre a ética e o suporte financeiro.

 

IV)                 PG-13: Acho este o único grande problema do filme. E a comparação mais inevitável com o filme da década de 80. Existe ação, mas quando o Robocop barbariza, ele o faz com os drones e robozões… humanos morrem e tal… mas não é como o Robocop das antigas.

#AindaSouFoda!!

#AindaSouFoda!!

Se Robocop terá uma continuação, eu não sei. Com tanta merda saindo nos cinemas por aí, não vejo motivos para não se pensar na sequência, afinal, o filme é bom… claro, tudo gira muito em torno de arrecadação. Até agora, o resultado não é positivo nos EUA, mas é positivo e operante em diversos outros países (e graças à bilheteria internacional o filme se pagou). De qualquer forma, o Robocop está de volta! Bem ou mal, Padilha conseguiu trazer o policial bluetooth na caveira para os dias atuais (ou 2028, que é o período do filme). Se o Padilha será o diretor de uma hipotética continuação, também é incerto. O filme é bom. Não é espetacular e nem tão memorável quanto o oitentêro. Mas é bom. E melhor que Man of Steel, que qualquer filme do Valvoline, Thor 01, HdF03 e por aí vai.

Filme do Samucas sem palavrão não é filme.

Filme do Samucas sem palavrão não é filme.

Ah, é… e antes de finalizar o pÓstE… a “IMAGEM DELÍCIA” da resenha. Eu ia utilizar uma das iBagens do filme de 2014, mas ao me deparar no google com a imagem  abaixo, não podia ter feito outra escolha que não esta. Observem:

Robocop2014_20ERA ESSA PEÇA QUE VOCÊ QUERIA?

(essa imagem foi tão boa quanto aaaaaahhhh!!! Aaahhhh!!)

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