Sexta do restolho – Dossiê Metal Gear Solid Pt1 – E nasce uma épico dos joguinhos!
O jogo que pensa que é um filme mas é mais jogo que muito jogo e nunca dará certo como filme.
Nota do Pato de Papete: Este deveria ser o 1° post de uma série contando tudo sobre Metal Gear, mas como é era o Bruno, nem o primeiro foi finalizado.
Quem sabe ele lendo este post não se pilha a escrever o resto e enviar para o post dos amiches algum dia =D (acho que não)
Metal Gear Solid é aquela franquia estabelecida a anos que é sinônimo de video-game, um jogo completo que representa metalinguisticamente cada vez mais o que é um jogo de video-game oriental.
Falar de MGS é chover no molhado, sempre estamos rasgando seda para a franquia, para a estética do Yoji Shinkawa e principalmente para a expertise de Hideo Kojima, criador da série, com plot twists e bagunças cronológicas que deixariam os X-Men com inveja.
Esse artigo é mais um desses, mas com o padrão Super Amiches de qualidade( de merda).
Da faculdade de economia para uma crise nuclear fantástica!
MGS tem seus inicio nos esdrúxulos e bem conhecidos anos 80, com um Hideo Kojima garotão que estava viciado no recém descoberto Famicon enquanto graduava-se em economia. Fã de cinema desde sempre, percebeu que aquele aparelhinho que seguraria a virgindade de muito de nós por vários anos era capaz de contar estórias muito boas, dignas de cinema mesmo.
Foi quando o Sr. Kojima falou a seus professores e colegas do curso de economia: NEGADIS, VOU VAZAR DESSA PORRA PRA FAZER JOGUINHO DE VIDEO-GAME!
Todos riram.
Eu também riria.
Mas Kojima não se abateu facilmente, tratou de pegar sua cabeça cheia de referências hollywoodianas e partiu procurar trampo. Foi quando ele foi contratado pela Konami. Seu primeiro trabalho foi deveras modesto, um pouco aquém de suas expectativas, foi a continuação daquele joguinho de corrida de penguin. Obviamente ele queria algo mais. Escreveu então o roteiro de um jogo chamado Lost World, onde a protagonista seria uma lutadora mascarada de luta livre. Os detalhes do roteiro são escassos, pois foi seu primeiro projeto autoral e a Konami tratou logo de rejeita-lo.
Logo após isso, a Konami pediu à ele um joguinho de guerra, cheio de explosão e robôs gigantes(OH MY MICHAEL BAY).
Mas Kojima não queria isso, queria algo diferente de tudo o que já tinham feito até então. Influenciado por filmes de guerra onde tudo se resolve na surdina, principalmente Fugindo do Inferno com o Steeve McQueen, teve a ideia de criar um jogo onde o objetivo não é lutar e matar todos, mas ludibriar inimigos e não precisar matar ninguém para completar o jogo. Kojima escreveu o Roteiro de Metal Gear e mostrou o conceito aos Testers.
Todos riram.
Eu também riria, novamente.
Mas ele bateu o pé e convenceu a Konami a faze-lo, já que já tinham cagado para um roteiro dele e era algo como uma segunda chance, pois o pessoal estava incomodado com o fato dele não ser programador e ele estava prestes a ser chutado de lá. Se até hoje não é comum o pessoal o pessoal só ser roteirista e não saber nada de programação, imagine na década de 80?
Aqui então se inicia a saga. Não vou me ater muito aos detalhes dos dois primeiros jogos, pois foram lançados inicialmente apenas no Japão, chegando aqui oficialmente apenas nos anos 2000 com relançamentos dentro de outros jogos da série, como MGS HD Collection. Ou seja, não é muito famoso aqui, e você pode entender tudo o que ocorre de importante nos dois primeiros jogos no decorrer do primeiro. Todos os pontos chaves estão lá.
O Levante de Outer Heaven: O paraíso para soldados esquecidos por sua pátria.
Depois de projetos rejeitados e muitas mudanças no roteiro, finalmente, em 1987, Metal Gear é lançado no classudo MSX2 no Japão e na Europa(com algumas pequenas alterações, com alguns diálogos diferentes).
Tomamos então controle de Solid Snake(mais uma referencia aqui), que apesar dessa referencia clara, pra mim é só mais uma piada de pinto que o Kojima está fazendo. Você vai perceber que o Kojima é aficionado por rolas, ou esse filho da puta ama Freud ou só babaca mesmo, ou os dois. Enfim, prosseguindo, Snake integra a FOXHOUND, um grupo de operações especiais do alto escalão americano baseado em tecnologia de ponta, e em seu comando está o lendário Big Boss, que lhe enviou para resgatar Gray Fox, que foi capturado no desenvolvimento de sua missão. O bizarro foi sua ultima transmissão, uma mensagem ruidosa em que a única coisa ouvida com clareza foi: “Metal Gear”.
Cabe a você, Solid Snake, ir atrás de Gray Fox e descobrir o que caralhos é um Metal Gear.
E você está lá, no ano de 1995, sua primeira missão, numa cidade-fortaleza no sul da Africa tentando achar seu colega de equipe enquanto desvia de câmeras de vigilância, cães de guarda, mercenários e cyborgs.
Conforme você prossegue em sua missão, enfrentando diversos mercenários de várias nacionalidades diferentes, todos unidos pela grana e pela promessa de um lugar onde todo soldado seria tratado pelo o que foi criado e pelo o que ele é, você então encontra Gray Fox, que lhe explica o que significa o tal do Metal Gear. Uma tanque bípede completamente móvel armado com dois canhões anti-aéreos de 15mm cada e mais um canhão lazer de 15 cm, revestido com uma armadura de cerâmica espessa de 30 a 110 mm de puro tungstênio resistente a calor. E é claro, mais dois compartimentos de lançamento de dispositivos nucleares de médio alcance.
Eu não tenho ideia do que isso significa, mas parece ser foda pra caralho!
Ai foi um pandemônio só, a sua responsabilidade agora é parar uma arma capaz de erradicar uma nação inteira, e tudo está nas mãos de perigosos terroristas desconhecidos. Kojima começa ai a mostrar que curte umas reviravoltas marotas em sua trama. Ai o jogo se torna um vai e vem, busca chave de um lado, resgata prisioneiro de outro, encontrar explosivo plastico aqui e lutar contra mercenários que serão reciclado em futuros jogos dentre outras coisas. Ai você finalmente chega no hangar onde esta o Metal Gear, planta as c4 em sua base enquanto desvia de câmeras de vigilância. Nesse momento ocorre uma das primeiras quebras da quarta parede da história dos video-game, Big Boss começa a lhe enviar estranha mensagens te encorajando a não prosseguir com sua missão, dizendo, inclusive para você desligar seu console. É quando repentinamente o código de auto-destruição de Outer Heaven é ativado, e você se depara com o líder da porra toda, o macaco da bola azul, que vem acompanhado de mais uma distorção no roteiro. Esse cara é Big Boss
Big Boss revela então que você foi enviado ali apenas para recuperar falsa informação, e que acabou indo longe demais, agora os dois morrerão ali. Ocorre então o embate entre os mestre e pupilo, Big Boss é derrotado, Metal Gear é destruído e você escapa de Outer Heaven. Esse final é do caralho, o cronometro mostrando quanto tempo falta para tudo explodir contribui para a tensão da batalha e após isso, aquelas longas escadarias para a saída da fortaleza só aumenta a agonia.
Agora Solid Snake é uma lenda!