Post dos Amiches – Superman e Lois por Tailon Saraiva
Fala galera, larguei o esfregão e a vassoura para escrever esse post maroto e
recheado de spoilers, então cuidado!
Não sou o maior fã do super que existe (na verdade até me considero um marvete safado), mas acompanho esse azulão de cueca vermelha desde que nasci e tenho que falar: fazia muito tempo que não assistia alguma coisa que despertava um sentimento de esperança e heroísmo envolvendo esse personagem.
Vamos ver: antes dessa versão tivemos o dirigido pelo Zack Snyder (que quebrava pescoços), antes tivemos a versão interpretada pelo Brandon Routh (que era mais uma novela mexicana envolvendo o Kevin Spacey e lutas com ilhas maléficas) e antes disso tivemos a versão do Smallville (que até hoje ainda não aprendeu a voar).
E então chegamos nas últimas versões que me agradavam: a do seriado Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman e obviamente a versão dos filmes com o Christopher Reeve.
De fato eu estava convencido que fazer um filme ou série com aquele tipo de Superman escoteiro poderia estar fora de moda e por isso os estúdios simplesmente ignoravam essa visão do personagem, dando espaço para coisas mais “atualizadas”.
E eis que assisto ao primeiro episódio dessa nova série solo chamada apenas de Superman e Lois. Essa série é estrelada pelo mesmo Superman que fez estreia na série da Supermoça (Supergirl é o cacete) e que tem aparecido nos crossovers do Arrowverso há alguns anos.
O episódio piloto de quase 1 hora nos apresenta um Superman já casado com a Lois Lane e com dois filhos adolescentes que ainda nem sabem que o pai deles é um super herói (Como isso é possível? Simples: suspensão de descrença).
Como toda família disfuncional americana, um dos adolescentes é o tipo atleta pegador enquanto o outro é o nerd estranho e sem amigos. Tudo vai bem para a família Kent até que uma avalanche de problemas começam a aparecer: primeiro o Clark é demitido pelo novo dono do planeta diário: Morgan Edge, um empresário corrupto (que possivelmente votou no Trump) o que faz com que a Lois peça demissão em seguida.
Depois vemos outro baque na vida do super: a famosa Martha Kent morre, deixando o Superman órfão, já que seu pai morreu minutos antes vítima de um flashback conveniente. Ao voltar para Smallville para tratar do enterro e do processo legal envolvendo a fazenda dos Kent, eles logo descobrem que a velha Martha havia hipotecado suas terras antes de morrer (herança é o cacete, vou deixar é dívida). E adivinha quem é o dono do banco que hipotecou? O mesmo Morgan Edge!
No meio de todo esse drama o casal está preocupado que um dos seus filhos (nesse caso o atleta) esteja despertando as mesmas habilidades do pai, pois o garoto está se destacando muito nos esportes (meritocracia não existe nesta série). E se isso for verdade eles teriam que revelar a verdade pros moleques. Mas eis que em um acidente no celeiro, descobriremos que quem está desenvolvendo poderes é na verdade o filho nerd ensebado!
Isso faz com que Clark e Lois tenham que revelar a real identidade dele para os garotos no que é, na minha opinião, a cena mais bonita do episódio. A coisa ainda piora quando um vilão usando uma armadura capaz de dar um cacete no Superman aparece e está tentando chamar a atenção do azulão.
No final os Kents decidem se mudar para a fazenda para que possam se dedicar mais a família, assim Clark pode ensinar seu filho a usar seus poderes e a Lois pode continuar a investigar o seu ex-patrão que parece estar comprando quase todas as terras de Smallville.
O episódio termina com um gancho indicando que o homem de armadura é ninguém menos que o Lex Luthor, porém não aquele que conhecemos!
Essa série é bem diferente do que o público em geral está acostumado, mas ainda se destaca por manter o ideal do superman em um contexto diferente e é até uma coincidência estranha que ela seja lançada tão perto do ZZZneider Cut, deixando mais claro ainda que a versão recente não se parece em nada com o que deveria ser.
Enfim, acredito que essa série possa mostrar para os executivos da Warner que é possível fazer uma história do azulão sem parecer cafona e sanguinolento (a esperança é a última que morre mesmo).
Nota: 4 Trelosos (de 5).
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