Review Escrito Pra Minha Mulher Estrelar: Monster Hunter
Eu ia começar a escrever esse post mas o diretor Paul W. S. Anderson mandou eu parar pra Milla Jovovich ficar no meu lugar.
Mais uma franquia de jogos que Paul W. S. Anderson adapta pro cinema na forma de filmes com o único intuito de colocar sua mulher, a atriz Milla Jovovich, como protagonista. A história poderia colocar Tony Jaa como protagonista e contar a história de como ele perdeu sua família para um dos monstros, como se tornou um caçador e nos apresentar o mundo que o cerca e toda sua mitologia. Ao invés disso, Paul W. S. Anderson mistura Stargate e Tranformers colocando um grupo de militares que vai pra outro mundo e enfrenta criaturas gigantes desconhecidas. O genérico do genérico.
A pior parte da coisa toda é a forçação de barra do roteiro pra nos convencer que a personagem de Milla Jovovich é uma militar fodona. Todos os seus subordinados são emburrecidos a um nível ridiculo ao ponto de ela ter que explicar a um dos soldados que o que ele está segurando é um pedaço de vidro em uma cena onde até uma criança de 6 anos saberia o que aconteceu. Depois ela luta com Tony Jaa de igual pra igual! Ok…a luta até “convence” se ignorarmos a quantidade ABSURDA de cortes pra mascarar a inabilidade de Jovovich pra lutar (ou do marido dela pra dirigir, não tenho certeza), mas o que não convence é ela fazer um treino tipo “intensivão” com Jaa pra aprender a usar armas mágicas cujo os poderes que elas possuem NÃO SÃO EXPLICADOS NO FILME, e de repente saber manuseá-las com toda naturalidade. Aliás, a própria vida pessoal da personagem não tem profundidade. Ela se agarra a uma aliança o filme todo e não nos é dito se seu marido ou esposa está vivo/viva ou morto/morta. O que dá a entender é que ela ama muito aquele pedaço de metal redondo e só!
O filme perde tanto tempo mostrando a personagem de Jovovich indo pra lá e pra cá que não desenvolve um “vilão” pra trama direito. E quando o quebra pau com os montros está pra começar de verdade…o filme acaba! Ah, e o CG dos bichos tá ok. Só!
Lamentável mesmo é o personagem de Jaa, que está claro e inclusive É DITO NO FILME EM VOZ ALTA PELA PRÓPRIA JOVOVICH QUE ELE É O “HUNTER” QUE DÁ TÍTULO A ESTA CARALHA! Mas é relegado a parceirinho de aventura da personagen de Jovovich, inclusive tendo seus momentos de glória sendo freados pra que a personagem de Jovovich brilhe, como na cena do clip acima onde ele não consegue dar o golpe final só pra Jovovich terminar o serviço. Sério, o sujeito é carismático e poderia nos levar pra caminhos muito mais interessantes como, por exemplo, nos apresentar a tripulação do navio que tripula no inicio do longa e que tem visuais sensacionais, além de contar com a brasileira Nanda Costa e o sempre carismático Ron Perlman. Seria muito melhor conhecer cada um desses personagens, além do fantástico cozinheiro gato (no sentido de felino, não de lindo), conhecer o mundo deles e o porque cada um chegou ali ao invés de ficar vendo a Jovovich fazer do filme um “Resident Evil: Monster Hunter”. Se o nome da porra do filme é Monster Hunter, me apresente direito tanto os mosters quanto o hunter, cacilda!
A cena final, quando um dos monstros entra em nosso mundo, meio que joga o conceito da dificuldade de se viajar entre dimensões no lixo e tira ainda mais a graça da coisa toda. O gancho pra sequencia não anima em nada porque, pelo histórico da franquia Resident Evil no cinema, sabemos que vai ser um grande e fedorento monte de mais do mesmo e a franquia vai deixar de ser Monster Hunter pra se transformar em Milla Jovovich’s Monster Hunter.
Em suma, um filmeco que não me ofendeu tanto por eu saber esperar o pior do diretor e da protagonista, me ajudou a passar uma tarde de tédio, mas que eu não figuraria nem no top 100 de minha lista de recomendações. Poderia ser muito mais com o Tony Jaa apenas. Coitado, não deu uma dentro em Hollywood até agora…
Nota: 5,0 ( só porque o personagem do Jaa é muito simpático)