Review Matador: Willy’s Wonderland

Um filme maravilhoso, um filme mágico…

Olá amantes do mestre da interpretação de todo o Brasil! Nicolas Cage está de volta! É certo que o ator não anda estrelando gradiosas produções há muito tempo, mas ao contrário do Bruce Willis, que vive de estampar as capas dos DVDs dos filmecos de ação merda do Frank Grillo e aparecer por 5 minutos ou menos neles, Nicolau Gaiola teve uma ideia muito melhor e se jogou em produções B que se as vezes pecam pela qualidade técnica, pagam os pecados pela diversão. E esse é o caso de Willy’s Wonderland, filme que se inspira na franquia de jogos indie Five Night At Freddy’s e coloca nosso deus da atuação pra trocar tapas com bonecões animatronicos.

A sinopse é básica: Um sujeito misterioso está viajando tranquilamente em seu camaro, tomando tranquilamente seus energéticos quando não muito tranquilamente seu pneu fura. Ele chama um guincho mas acaba descobrindo que o conserto vai sair caro, que o mecânico não aceita cartão de crédito e a cidadezinha onde foi parar não tem um caixa eletrônico que preste. Pra resolver a situação, o empresário com cara de pilantra Tex Macadoo diz que pagará o conserto do carro se o misterioso e silencioso sujeito aceitar limpar o restaurante temático infantil que ele pretende reabrir após anos fechados por uma série de processos advindos de acidentes com os bonecos animatronicos do local, o Willy’s Wonderland. O serviço levaria apenas uma noite e o estranho receberia seu carro pela manhã. O silencioso sujeito aceita, porém não desconfia que o restaurante guarda um segredo macabro…

Willy’s Wonderland é um daqueles filmes que tem uns probleminhas aqui e ali, alguns pontos na trama que não se sustentam muito bem, mas…diverte por demais! E a melhor parte é…e falo isso com toda a sinceridade de meu coração sertanejo…NICOLAS CAGE! Sim, seu personagem sem nome que não profere UMA ÚNICA PALAVRA DURANTE TODO O FILME é a coisa mais sensacional de todo o longa! Você não sabe de onde ele vem nem pra onde ele vai e quando vê as coisas que ele faz você acaba construindo algumas teorias em sua cabeça. Pra mim, a mais válida é que ele é um cara como qualquer um de nós que, se colocados em uma situação com bonecos tentando nos matar, não iriamos ficar correndo ou nos escondendo como a maioria dos personagens faz nos filmes (incluindo NESSE filme). Muito provavelmente a gente partiria pro tapa com os bonecos! Ou vai me dizer que você nunca assistiu um filme da série Brinquedo Assassino e pensou/disse “Oxi…eu só dava um bicudão nesse merda desse boneco e pronto!”. Pois é exatamente o que o personagem de Cage faz, e o faz com constante elegância em cenas sensacionais e hilárias na mesma medida.

O resto do elenco está ali basicamente ou pra morrer, ou pra antagonizar o personagem de Cage. Ou os dois ao mesmo tempo! Infelizmente o gore aqui não é lá muito inspirado e algumas cenas de morte são bem trash (no mal sentido). Mas ser trash está dentro da proposta do filme, o problema é que dava pra fazer algo mais gore, mais violento e visceral. Apenas uma cena de morte que envolve uma separação de tronco, chegou lá no meu “goreometro”.

Ah, e antes que você fique decepcionado pelo fato do Nicolas Cage não falar e achar que isso vai impedi-lo de fazer um de seus monólogos com cara de doido, pode ficar tranquilo. Tem uma cena onde ele joga pimball e dança em que ele dá um jeito de fazer suas maluquices sem precisar dizer uma única palavra.

Bem, não há muito mais o que dizer do filme. A direção de Kevin Lewis é ok, sem grandes momentos memoráveis ou que vão mudar a maneira de fazer filmes. Mas é importante destacar que o sujeito se saiu muito bem na hora de fazer as cenas de luta não ultrapassarem o limite do ridículo, já que o uso do CG é pouquíssimo aqui e 99% das cenas com os bonecos são atores/dublês vestindo pesadas fantasias e ele conseguiu compensar a lentidão deles com alguns cortes precisos e ângulos bacanas.

E fica a dica! Quando não estiver fazendo nada, pode dar o play em Willy’s Wonderland, desligar o cérebro e se divertir pra valer! Você não vai se arrepender! Ou até vá…mas aí é problema seu que é chato/chata…

NOTA:8,0