Finalmente a aguardada continuação de IT (2017), nem parece que faz tanto tempo. 

27 anos se passaram depois que o clube dos Perdedores derrotou o palhaço Pennywise na cidade de Derry.
O filme inicia com uma cena de terror em que um casal gay é vítima de um ataque homofóbico, terminando com o avistamento de Pennywise. Novos incidentes voltam a ocorrer na cidade e Mike que é o único membro que ainda vive em Derry, entra em contato com seus velhos amigos. Todos que saíram de Derry se esqueceram dos acontecimentos da infância, mesmo assim eles comparecem na reunião, e aos poucos começam a relembrar todos os horrores que passaram e sua promessa de derrotar Pennywise caso ele retornasse, desta vez Mike descobriu uma forma de derrota-lo, mas nem todos estão a vontade para executar esse plano.

Pennywise em sua primeira aparição no filme.

Já começo avisando que nunca consegui terminar o livro, então não ficarei fazendo comparações entre as duas mídias, mas conheço várias das diferenças. Gostei muito do filme, e acredito que quem tenha curtido o primeiro, vai gostar deste também.
As versões adultas dos personagens estão muito bem interpretadas, cada um carregando as suas personalidades e tendo seu tempo de tela, Bill (James McAvoy) virou um escrito famoso, mas ninguém gosta dos seus finais e querem mudar tudo nas adaptações para o cinema (um divertido paralelo com o próprio King), Beverly (Jessica Chastain) se vê novamente presa em um relacionamento abusivo, desta vez com o marido, Ben (Jay Ryan) virou um arquiteto de sucesso e ainda nutre sentimentos por Bev,  Richie (Bill Hader) virou um comediante, é o alivio cômico do filme e quem mais sofre com isso é Eddie (James Ransone), que virou um analista de riscos, casado com uma mulher igual a sua mãe (literalmente usaram a mesma atriz que fez a mãe) e continua mais hipocondríaco ainda,  Mike (Isaiah Mustafa) virou um bibliotecário, sempre viveu em Derry, obcecado com a história de Pennywise, e Stan (Andy Bean) continuou o mais fraco deles, sendo um dos mais afetados pela presença do palhaço.
Bill Skarsgård continua interpretando um Pennywise ainda mais bizarro e insano, assim como as crianças que retornam nos flashbacks. Não encontrei informações se as crianças filmaram novas cenas ou se foram filmadas na mesma época do primeiro, porque elas ainda me pareceram iguais, e todo mundo sabe que criança cresce muito rápido, olha o guri do Stranger Things por exemplo, que atualmente parece o Beiçola.

Os Losers adultos.

O filme é um tanto quanto longo, (quase 3 horas), apesar da ótima narrativa, em alguns momentos fica um pouco cansativo de acompanhar, a batalha no final foi bem construida, com os personagens enfrentando seus medos, e volta a nos prender na cadeira.
Os efeitos não estão ótimos, mas alguns exageros acabaram deixando as cenas toscas na minha opinião. Em determinado ponto todos se separam e cada um deles precisa buscar algo da sua infância perdida, nesse momento o filme mostra algum ataque do palhaço, seja no passado ou no presente, mas o que deveria “dar medo” só me fez rir. Principalmente na cena do Eddie, e também a da Beverly sendo atacada por um bonecão de Olinda. A cena com a Beverly é ótima diga-se de passagem, muito tensa. O filme tem muitas cenas bizarras e nojentas, que eu curto, mas nem todo mundo pode gostar.

Por fim, o saldo final foi positivo, apesar de algumas coisas me desagradarem, é uma excelente continuação, o clima é bem tenso, com algumas piadas rolando no meio, tem uma participação do próprio Sthephen King no filme que ficou muito divertida.  Para os fãs do livro, fica aquele aviso, não vão esperando uma adaptação fiel, vai ser diferente, assim como foi o primeiro, mas isso não torna o filme nem um pouco ruim.

IT – Capitulo 2 estreia dia 5 de Setembro também conhecido como amanhã.