Mês da Guerra – O Resgate do Soldado Ryan

Matt Damon teve que ser resgatado na França, em Marte e outra galáxia. Quem é o agente de viagem desse cara?

Vamos começar com o seguinte: todo mundo conhece, ou deveria conhecer, a sequencia do desembarque na Normandia. Quer dizer, é uma chance de ver um dos ultimos trabalhos realmente bons de Steven Spielberg.

É só ver o que o cara fez depois desse filme para notar quando ele deixou de ser uma quase unanimidade.

Mais de um veterano afirmou que o desembarque, em particular na praia Omaha foi retratado muito fielmente no filme. E o barulho dos tanques Tiger alemães se aproximando também foi bastante perturbador.

 

 

Enfim.

Depois daquela zona toda que foi a invasão, o capitão do 2 Batalhão dos Rangers, John Miller, recebe a ordem de encontrar e trazer de volta um soldado chamado Ryan. A ordem veio porque foi descoberto que esse cara é o único sobrevivente, até agora, de quatro irmãos, sendo que dois deles morreram durante o desembarque e o terceiro no Pacifico. Então o general George C. Marshall resolve mandar esse Ryan sobrevivente para casa.

O porém é que ele é um paraquedista e foi lançado láááá atras das linhas inimigas, então Miller terá que levar seus homens por quilometros de território hostil e esperar que Ryan esteja vivo. Supondo que possam achar o cara.

Naturalmente ninguém fica muito feliz com isso.

Um detalhe foi como Spielberg resolveu criar esse climão amigável entre os atores. Tom Hanks e companhia passaram semanas escruciantes de preparação fisica e treino, e Matt Damon pôde ficar de relax num hotel até filmar sua parte. Digamos que o pessoal que se ferrou não estava muito amigável com Damon e era exatamente o sentimento que Spielberg queria.

Como já disse antes, o Oscar é um prêmio que deveria ser conhecido mais por seus erros do que por seus acertos, principalmente se considerarmos que O Resgate… perdeu o prêmio de Melhor Filme para  Shakespeare Apaixonado.

Afora o próprio filme em si, a colaboração de Tom Hanks e Spielberg gerou também a excelente Band of Brothers e O Pacifico, e possivelmente levou Spielberg ao cargo de produtor de Medal of Honor.

É até dificil falar muito de Spielberg nessa época, porque parece encheção de linguiça. As cenas e atores dirigidos com cuidado e talento inigualáveis? A trilha sonora?

Mas aí mora um perigo. A sequencia inicial é de tal forma impactante que acaba eclipsando um pouco o restante do filme. Não que seja ruim, não é como Nascido para Matar, mas é memorável a ponto de ser basicamente o que as pessoas lembram.

 

 

Então, fica a recomendação, tanto por ser um ótimo filme quanto por ser o ultimo do Spielberg Genial, e não do Spielberg Tá Bom Então.