Mês da Guerra – A Ponte do Rio Kwai

Ô loco meu!

De todos os filmes desse mês, A Ponte do Rio Kwai talvez tenha a duvidosa honra de ser um dos mais lembrados, ainda que muita gente não saiba porque.

 

Eis o porque, essa musiquinha.

Mas ela está aí para acompanhar um excelente filme, do tipo que torna válido o uso da palavra “Clássico”.

Um pelotão inglês é capturado pelos japoneses e levado para um campo de prisioneiros. Lá, numa medida imaginada como desmoralizante pelo comandante do campo, é colocado para trabalhar na obra de uma ferrovia ligando a Tailandia com Burma.

Essa ferrovia é construída no meio de uma porra de selva, trocentos caras morrem para cada quilometro construído (estimativas falam em cerca de 13 mil prisioneiros e 100 mil civis morreram na construção da ferrovia) e um dos grandes desafios será justamente o trecho que deve passar pelo rio Kwai.

 

 

Enquanto isso, o Alto Comando Aliado no Pacifico decide que a ferrovia tem que ir pelos ares para prejudicar o esforço de guerra japonês.

Uma coisa que o filme trata é da batalha não declarada entre dois homens: o coronel japonês Saito (Sessue Hayakawa), no comando do campo e o oficial em comando dos prisioneiros, o Tenente Coronel Nicholson (Alec Guinness). Como disse, Saito pretendia desmoralizar os britanicos colocando-os para trabalhar na ponte, e Nicholson, para contraria-lo, resolve fazer um esforço para fazer a melhor fodendo ponte que Saito já viu. E essa luta surda é mostrada às vezes em detalhes bem pequenos mas significativos.

Embora seja uma ficção, foi baseado em fatos e pessoas reais. O coronel Saito, por exemplo, foi baseado no Major Risaburo Saito, cujo tratamento dos prisioneiros foi na verdade bastante brando, principalmente em comparação com o usual das tropas imperiais japonesas, brando e sensato o bastante para que o tenente coronel Toosey (a inspiração de Nicholson) falasse em seu beneficio no tribunal de crimes de guerra.

 

Esse cara está bem em comparação a como ficava o pessoal que era hospede dos japoneses

 

Outra coisa é que a ponte na real foi destruida em um ataque aéreo. E por sinal, a cena da ponte sendo destruida tinha que ser feita de primeira, porque eles só tinham um trem para destruir nas filmagens.

Filmagens essas que foram bastante tumultuadas, principalmente com o diretor David Lean e Alec Guinness batendo cabeças quase o tempo todo.

Mas o resultado é um puta filme de toda forma, e um dos quais o pessoal deveria conhecer mais o trampo de Alec Guinness além de Star Wars e cerveja.