Mês da Guerra – A Conquista da Honra

As Bandeiras de Nossos Pais

Acho que a essa altura da historia do mundo,  já é possivel estabelecer que Clint Eastwood é um dos maiores diretores do cinema. Não estou sendo hiperbólico. Embora seu começo como diretor não tenha sido nada a se destacar, de Os Imperdoáveis para cá, isso já tem bem uns 20 anos, o homem não erra uma.

Mas então, A Conquista da Honra.

Lançado foi junto com Cartas de Iwo Jima, e a bem da verdade, eu deveria ter resenhado antes de Cartas….

Mas enfim.

O filme trata de uma  visão próxima sobre um acontecimento muito famoso da Batalha de Iwo Jima, o hasteamento da bandeira americana sobre o monte Suribachi, e mostra principalmente os eventos ao redor de três soldados, antes da batalha, durante e principalmente depois, quando eles foram enviados de volta aos EUA para ajudar no esforço em vender bônus de guerra.

Um aspecto é o seguinte, houveram dois hasteamentos e duas bandeiras. A primeira foi levada por um pequeno grupo de soldados de reconhecimento, quando a luta no monte deu uma esfriada e ajudou a moral dos soldados na praia principalmente.

Depois, um politico desembarcou e pediu a bandeira para si. Um oficial ouviu isso, ficou muito puto e pediu que a bandeira fosse substituida por outra. É quando foi tirada a famosa foto.

 

 

 

Dos seis caras que estavam na foto, três estavam vivos e foram levados para a América, o marinheiro John “Doc” Bradley, e os fuzileiros Rene Gagnon e Ira Hayes. Dos três, Ira parece ter levado a situação toda na pior, porque se opunha ao fato de não terem sido eles os caras que levantaram a primeira bandeira e por sentir que o titulo de “heróis” que estava sendo empurrado sobre eles não era devido.

Há, no começo do filme, alguns momentos mais leves e piadas, só que elas ficam bem para trás depois. As cenas de batalha são muito bem executadas e não poupam o estrago que o armamento causa no corpo humano.

 

 

É um drama, sem ser dramalhento, por assim dizer. E é por isso que vemos a mão de Eastwood firme na direção, pois evitou que uma história dessas degringolasse para o dramalhão barato e Oscar bait, como se poderia esperar.

Não é preciso assistir Cartas de Iwo Jima para ver esse e vice-versa. Mas meu conselho é fazer justamente isso.