“No sulfuroso e sombrio reino do demoníaco Mefisto, a alma atormentada de uma mulher clama por sua doce libertação. Somente um homem possui a vontade e a coragem para resgatá-la das hordas de Hades. Esse homem é seu abjeto filho, o infame déspota da Latvéria conhecido pelo tremelicante mundo como…Doutor Destino! Ainda assim, mesmo no interior do mais negro dos corações, o anseio de reunir-se a ente tão querido é irresistível. Assim, como o auxílio místico do mestre em magia da Terra, o doutor Stephen Strange, von Doom embarca numa traiçoeira jornada aos domínios do mal absoluto.”

– Ralph Macchio
Triunfo e Tormento foi originalmente publicada dem 1989 pela Marvel Comics e em 1991 pela editora Abril no Brasil, e teve um encadernado lançado em 2013 pela Panini. Com roteiros de Roger Stern (X –Men VS Vingadores de 1987, Superman – Uma Nação Dividida de 1999), desenhos de Mike Mignola (Criador de Hellboy, ilustrador de Solomon Kane em 1986 e Lankhmar – As aventuras de Fafhrd e Gatuno em 1991)e com arte final e cores de Mark Badger (Doutor Estranho em 1974, Defensores em 1972 e Incrível Hulk em 1968). A trama mostra uma aliança entre dois homens completamente diferentes e com algo em comum além do uso da magia, a influência do orgulho em suas vidas.
A história começa mostrando o Mestre Gêngis tendo uma epifania decidindo que o mundo precisa de um novo Mestre Supremo da Magia e cria uma competição pra isso, no fim quem vence obviamente é Stephen Strange, mas, mal sabe ele que ao se tornar o vencedor ele deve um favor ao segundo colocado, von Doom. O favor é algo bem simples, resgatar a alma da mãe de von Doom que havia sido aprisionada no inferno por Mefisto.
Em seu desenvolvimento ela conta a origem dos dois personagens, mostra um von Doom como um ditador que mesmo tirano, ainda é amado por parte de seu povo e Stephen Strange como um homem sábio e sensato, que não sabe se deve confiar em seu aliado.

Fio dental místico ?

A HQ criou em mim um certo  interessante, nunca fui um grande conhecedor do universo místico da Marvel e tão quão do Dr. Estranho, admito que fiquei curioso por mais histórias dele, que certamente lerei. Os desenhos de Mike Mignola conseguem ter a incrível capacidade de se adequar ao roteiro, nele há tudo de que ele necessita e se encaixa perfeitamente, me manteve preso no enredo e o colorista deixou a história com um tom agradável ao olhar e chama atenção de uma forma positiva. O roteiro me pareceu bem escrito, em uma primeira leitura não achei nenhuma falha marcante, porém de uma certa forma ele se tornou previsível, mas com um final reflexivo.

Ok, o objetivo da  HQ poderia não ter toda essa profundidade, mas, pude tirar dela algumas reflexões que me fizeram pensar por um dia ou dois sobre a vida, sobre o triunfo, tormento e sacrifícios. O que já me surpreendeu, pois eu não esperava muito dela quando a peguei pra ler.

Recomendo para aqueles que gostam dos personagens assim como para aqueles que não os conhecem profundamente, uma história curta e que os não amantes de quadrinho poderiam ler para dar início ao habito, em resumo 20 pilas bem gastos. Espero que gostem da HQ e se já tiverem a lido, comentem aí no post o que acharam dela, ou não.
o/
PS: Na parte de TRÁIXXXXXX do encadernado há um texto que indica como autor Ralph Macchio, que eu como uma boa CAPIVARA UMANA, não sabia ser também o nome de um editor da Marvel, sim…SOU BURRO e já tava achando que era o maluco do Karatê Kid e que ele tinha algum envolvimento nessa porra, mas depois lembrei que já tinha ouvido falar desse outro cara e dessa mesma confusão em algum lugar.