Semana das mangakás – Asobi Asobase

Passatempo não é só um lanchinho para comer com Nescau.

 

Curioso como uma sociedade alegadamente mais machista que a nossa, ou a americana, tenha muito mais mulheres numa área onde nesse hemisfério há poucas.

As razões para isso são várias e nem tenho espaço nem disposição para discorrer sobre isso aqui. O que importa agora é ver o trampo de algumas mangakás, no caso de hoje, a mente distorcida de Rin Suzukawa.

O Clube dos Passamenteiros se dedica a estudar passatempos clássicos. Pelo menos no nome. É mais uma desculpa para Hanako, Kasumi e Olivia se reunirem em uma sala depois das aulas. Ainda que o elemento dos passatempos esteja um tanto quanto presente.

O inicio da amizade das três já meio que dava o tom do que se seguiria.

 

Kasumi está de saco cheio do barulho que Hanako e Olivia estão fazendo ao brincar na sala e tenta faze-las parar. Elas conversam e Kasumi passa a ter uma idéia. Ela tem muita dificuldade em Inglês e vê a aluna estrangeira, Olivia, como uma chance de melhorar suas notas, então faz um acordo com ela. Olivia diz ter interesse em passatempos japoneses, então Kasumi lhe ensinaria em troca de aulas de inglês.

Só que a despeito de seus pais, Olivia é nascida e criada no Japão e fala ainda menos inglês que Kazumi. Até seu sotaque falso é falso.

Olivia e Hanako resolvem fundar o Clube dos Passamenteiros para ter um lugar onde possam vagabundear e acabam arrastando Kasumi para isso.

O traço é bem delicado e suave. Pelo menos até as expressões grotescas começarem a aparecer quando as três passam a escrotizar uma à outra e a quem mais conseguirem.

 

 

Acho que as musicas de abertura e encerramento merecem um paragrafo.  A de abertura “Three Piece” é toda bonitinha e fofinha, e dá um calorzinho na alma. Mas é uma armadilha, pensada para você se sentir seguro antes de cair na demência do desenho.

A de encerramento “Inkya Impulse”… a expressão que me vem à mente é “possessão demoniaca”.

 

A capa do single.

 

Essa é uma das melhores comédias da temporada, ou dos ultimos anos talvez, graças as personalidades distorcidas do elenco principal e as estranhezas dos outros, como o mordomo Maeda que atira raios laser pela bunda ou a forma que elas conseguiram manter a sala na disputa contra o clube de Shoji. Ou o encontro com o Lorde dos Passatempos.

O primeiro episodio já é o bastante para ter uma noção do desenho, que é, ironicamente talvez, um ótimo passatempo. Como o Evandro me lembrou hoje ao falar desse desenho: “Estamos sempre procurando o próximo Nichijou”.

Acho que melhor indicação não pode haver.