ACTION POINT

Lembram de um filme chamado “Pague para entrar, Reze para sair?”

Anos atrás, Johnny Knoxville ajudou a moldar as mentes de uma geração junto com seus amigos no programa Jackass. Também a moldar ossos e membros em posições pouco naturais.

De lá para cá ele tem feito outros filmes com um grau variado de sucesso e ainda mais variado de diversão.

Ele no entanto se afastou bastante dos retardos que fazia em Jackass, talvez porque a idade não ajude, ainda que tivesse um bom punhado disso em Bad Grandpa.

Curiosamente, o mesmo acontece aqui, e Knoxville até mesmo volta a usar próteses para parecer mais velho.

Aqui ele é D.C. um cara que está tomando conta da neta, que quebrou a perna. Isso o leva a começar a contar para a menina os tempos em que ele era o proprietário do mais demente parque de diversões já feito: Action Point.

 

 

O lugar é bem simples, o diferencial é o completo desprezo pelas regras de manutenção e segurança, assim como a venda liberada de cerveja. Então ver adolescentes voando das atrações não é incomum. Sua equipe, os chamados shitbirds também não ganhariam nenhum premio.

O filme tem bons momentos, como o urso bebado e naturalmente as pessoas se fodendo, sendo que Knoxville disse que esse foi o filme onde ele mais se machucou.

 

Johnny Knoxville in the film, ACTION POINT by Paramount Pictures

É divertido e não vai tomar duas horas de sua vida à toa.

Mas a melhor coisa é a ligação com o verdadeiro Action Point.

O Action Park foi inaugurado no final dos anos 70 e tinha tudo para dar errado. Por isso deu mesmo. As atrações eram planejadas por caras para quem “diploma de engenharia” era um conceito alienigena.
Atrações essas operadas em geral por adolescentes bêbados e/ou drogados.

Os visitantes sobreviventes do parque lembram dele com carinho, dado o nivel de liberdade (leia-se nenhum funcionário para impedir que você tentasse descer o toboágua de pé) e diversão. Ou podem ser as sucessivas concussões.

 

 

O lugar foi fechado em 1996, o que é um tempo espetacular, considerando as mortes e deslocamentos ósseos, comprado e reaberto com outro nome anos depois. Mas nunca conseguiu recapturar a mágica do lugar onde os barquinhos ficavam em lagoas fétidas infestadas de cobras ou a pista de skate com rampas de bordas retas e afiadas.

Vocês conseguem imaginar como isso funciona?

Há um pequeno documentário que mostra como isso existia. Não digo funcionava.

O filme Action Point capta bem o espirito aventuresco, precário e de absoluto desrespeito por conceitos como segurança ou leis da fisica e fica ainda mais legal conhecendo a historia do Action Park.