Mazinger Z Infinity
MAZINGER ZEEEETOOOOOO!!!
Esses dias finalmente tive a combinação de tempo e disposição para ir ao cinema. Minha intenção era assistir Deadpool 2. Então vi o cartaz de Mazinger Z Infinity, e minha escolha deve ter ficado clara.
Vamos começar com um ponto crucial: ele é uma continuação direta das séries Mazinger Z e Great Mazinger.
Isso é um ponto favorável e uma desvantagem.
De positivo tem o fato de finalmente dar um encerramento adequado para a historia do Mazinger, algo que é meio confuso nas várias versões. Em algumas, termina em Mazinkaizer em outras não termina de forma alguma. Normalmente pára depois da derrota dos Micenos, mas sem encerrar mesmo.
De negativo é o fato que o filme praticamente não explica nada do que houve antes. É como um cara que ficou 10 anos em coma acordar e o primeiro filme que assiste é Guerra Infinita. É possivel entender a quizumba toda por algumas indicações no dialogo, mas não é, digamos, uma tarefa simples.
Enfim.
Dez anos depois da derrota final do Dr Hell e da civilização Micenia, a humanidade desfruta de um longo momento de paz e prosperidade, cortesia dos avanços com a energia fotonica.
Koji Kabuto se tornou um cientista e Sayaka se tornou diretora do novo Laborario de Energia Fotonica do monte Fuji.
As coisas começam a sair dos trilhos depois que um Mazin gigantesco é descoberto durante uma escavação proxima ao Laboratorio. Quando Koji vai investigar, uma garota sai da cabeça do Mazin dizendo uma palavra em uma lingua desconhecida.
Alguns meses depois, a instalação do reator fotonico do Arizona é atacada por um exercito de Monstros Mecanicos e os supostamente mortos Barão Ashura e Conde Brocken.
É exatamente o que se espera de Mazinger, nenhuma surpresa aí. Mechas com pilotos gritando nomes de ataques que descarregam poder de fogo o bastante para envergonhar o Imperio inferior do asmático.
A animação é realmente muito boa, o que torna as sequencias de ação especialmente bem feitas. Um exemplo disso é como os mechas em CG não ficaram destoando da animação tradicional, algo que costuma acontecer em outras obras. E tem uma fluidez muito boa, também meio incomum com CG desse tipo.
O filme tem referencias à outras partes da franquia e realmente gostei como alguns personagens foram desenvolvidos para refletir suas mudanças nesses 10 anos, como Boss, Sayaka e Jun. Isso passa a até mesmo a ter impacto na trama, pois embora Koji tenha amadurecido, não consegue lidar com algumas dessas mudanças.
A historia pode acabar confusa e não se incomoda em explicar algumas coisas, o que definitivamente é negativo, em particular conforme o fim vai se aproximando.
A imagem acima mostra o absurdo do nivel de detalhes, como o fato do “chifre” ser de um material transparente e dentro estar o emissor dos raios eletricos, ou as grades da “boca” por onde é lançado o ataque Rust Hurricane.
Eu curti bastante, não é a melhor coisa do Nagai, nem algo que vá mudar os rumos da animação, mas contou uma boa historia, confusa em alguns momentos, mas coerente dentro de si e da franquia. Mas definitivamente, a parte do meio do filme tem um ritmo meio arrastado demais e tem umas filosofadas desnecessárias.
Algumas pessoas também podem ter dificuldades com alguns absurdos já costumeiros para os fãs de Mazinger, como o Boss Borot ou as MazinGirls.
Não creio que vá conseguir muitos fãs de pessoas que já não conheçam o Mazinger, ou tenham algum interesse no genero. Nesse sentido, outra obra dessa comemoração do aniversário da carreira de Go Nagai faz um trabalho melhor, Devilman CryBaby.
Mas a chance de assistir Mazinger Z no cinema é definitivamente algo que não deve se repetir, e isso acrescenta pra caramba.