Conheça a (não) sequência de Superman Returns!
Sim, aquele filme do Bryan Singer cujo vilão final era uma…ilha!
Como todos nós bem sabemos, em 2006 foi lançado Superman Returns, filme dirigido por Bryan Singer, que havia consolidado seu nome na indústria com o ótimo trabalho a frente dos X-Men (sim, ele tem Os Suspeitos na lista, mas foram X-Men 1 e 2 que o projetaram de vez) e tinha Brandon Routh no papel do azulão. O filme era uma sequencia direta de Superman 2 de 1980 e contava com elementos no minimo…”inusitados” para a mitologia do Homem de Aço até então, como o fato de ele ter um filho com Lois Lane do qual ele não sabia.
Apesar de bem produzido, ter um visual bem fiel aos filmes clássicos do azulão e, inclusive, ter um ator que lembrava o Superman DEFINITIVO do cinemas ( Christopher Reeves, claro) o filme tinha uma deficiência gritante: a falta de um vilão! Sim, temos Lex Luthor interpretado pelo ótimo Kevin Spacey, mas os fãs não queriam mais aquela pegada “pastelão” dos filmes originais. Com o avanço da tecnologia e as infinitas possibilidades que os efeitos especiais modernos proporcionavam, todos esperavam ver um dos grandes vilões da mitologia do herói trocando super-sopapos com ele em tela. E as opções eram muitas! Tínhamos Mongul, Parasita, Metallo, Brainiac , Bizarro e, claro, Darkseid! Mas quem é o grande vilão final do filme? UMA MALDITA ILHA GIGANTE DE KRYPTONITA! Credo…
De acordo com o próprio Singer, ele queria fazer um filme mais “feminino”, que as mulheres pudessem aproveitar tanto quanto os homens, por isso focou bem mais no romance de Lois e Clark que na ação. Isso porque, segundo ele, não haviam muitos filmes de herói que não se focassem na testosterona e masculinidade. Sim, Singer transformou Superman Returns EM UMA NOVELA!
Com um orçamento de 204 milhões, o filme arrecadou 391 milhões, deixando uma margem de lucro ínfima, já que o filme se pagou mas o orçamento não contava com a parte de publicidade, o que diminuiu ainda mais o já pouco lucro. Ainda assim, o estúdio estava disposto a produzir uma sequencia, a qual se chamaria…pasmem…Man of Steel!
Os fatos ocorridos na sequencia seriam decorrentes das consequências do Superman ter jogado a ilha de kryptonita no espaço no fim de Superman Returns. A tal ilha continuaria a crescer até tomar uma forma quase esférica e ficar do tamanho da lua. Esse fato chamaria a atenção de uma misteriosa entidade que vagava pela galáxia. Enquanto isso, na Terra, alguns anos haviam se passado desde de Superman Returns e tudo ia muito bem, com o Superman salvando pessoas e Lois ainda criando seus filho, Jason, sem a ajuda do Super-pai. É quando uma estranha nave é detectada se aproximando da Terra e Superman logo vai dar uma olhada pra ver do que se trata. Pilotando a nave está um homem que se diz kryptniano, assim como o azulão. Surpreso e, ao mesmo tempo, feliz por não ser o ultimo de sua raça, Superman resolve fazer um tour com o tal estranho e lhe mostrar o mundo onde cresceu. O estranho, no entanto, não entende como nosso planeta vive em meio a tantos conflitos, desigualdades e injustiças sendo que o Superman teria o poder pra mudar tudo isso. Superman revela que foi proibido de interferir nos rumos da humanidade, mas o misterioso sujeito parece não concordar muito com isso…
Assim sendo, o misterioso kryptoniano resolve tomar as rédeas da situação por si mesmo. Após impedir conflitos entre países de segundo e terceiro mundo e, consequentemente, desarmá-los, ele resolve mandar um recado para o mundo, dizendo que não permitirá mais nenhum tipo de conflito entre nações, e aquela que discordar, terá de lidar diretamente com ele. Em troca do apoio dos líderes mundiais, ele promete dividir os segredos de sua avançada ciência e encontrar soluções para doenças e para o problema da fome. Os governantes, bem como a população, começam a adorar seu salvador misterioso de imediato. Bem…nem todos, claro. Mas as pequenas massas de resistência ao misterioso benfeitor são rapidamente esmagadas por ele impiedosamente.
Superman, tal qual um santo, começa a desconfiar que a esmola está demais e decide se infiltrar na nave do salvador desconhecido. Lá dentro, Superman descobre que existem centenas de corpos idênticos ao do misterioso kryptoniano, todos parecendo em animação suspensa. Ao fuçar um pouco mais nos computadores da nave kryptoniana, coisa que só é possível graças aos conhecimentos adquiridos através dos ensinamentos de seu pai, Jor-El, na fortaleza da solidão (lembra dos painéis com os cristais? Então!), o azulão descobre que o tal kryptoniano misterioso é, na verdade, uma inteligência artificial kryptoniana extremamente avançada chamada Brainiac que, assim como Kal-El, escapou da destruição de Krypton. Superman descobre que todos aqueles corpos são apenas avatares para a mente eletrônica de Brainiac.
Outra coisa que o escoteirão descobre é o “modus operandi” de Brainiac. Ele viajava de planeta a planeta absorvendo novos conhecimentos e tecnologias, ajudava esses planetas a prosperarem até atingirem a paz e depois…os destruía e passava para o próximo! Consequentemente, Superman acaba por descobrir que Brainiac fez começou com Krypton e tenta alertar aos líderes mundiais que a Terra é a próxima. É nesse momento que Brainiac aparece e começa a sair na porrada com o Superman. A porrada come solta na casa de noca, e quando Superman estava pra derrotar Brainiac…ele transfere sua mente para um dos corpos que estava na nave. O azulão percebe que precisa destruir a nave e todos os corpos a bordo e é quando a porrada se intensifica, com Brainiac tentando impedi-lo a qualquer custo. Porém, tudo parece perdido para o vilão, já que Superman está vencendo e a ponto de destruir a bagaça toda. É quando Brainiac,em desespero, faz uma varredura em Metropólis afim de encontrar um novo hospedeiro em potencial, que precisaria ser outro kryptoniano. Para a sorte do vilão, existe mais um kryptoniano vivo: Jason, o filho do azulão com Lois.
Brainiac dá um jeito de transferir sua mente para o corpo de Jason. Por alguma razão, isso faz com que Jason automaticamente se torne adulto mas com Brainiac no controle do corpo. Superman percebe o que aconteceu e começa a batalhar contra seu próprio filho, tentando trazer a tona a consciência dormente de Jason. Mas já é tarde, Braniac esta no controle total e, graças a força de Jason e as condições físicas precárias do Superman, que lutava ininterruptamente até agora, também está vencendo a batalha. Superman se dá conta que sempre que derrotava um dos clones, Brainiac transferia sua mente para outro e deixava apenas uma casca vazia para trás, assim sendo, as chances de Jason sobreviver eram nulas. Sabendo disso, Superman resolve que é preciso fazer o sacrifício final e acabar de vez com Brainiac, mesmo que isso custe a vida de Jason, caso contrário, custaria a vida de todo o planeta. E ele o faz…
E assim terminava Man of Steel, e tal qual a versão que conhecemos, Superman também mataria no final. Talvez com mais justificativa que na versão do Snyder, mas, ainda assim, numa trama meio rocambolesca demais. Seria uma boa sequencia? Talvez. Existe bastante coisa esquisita, sem sentido ou simplesmente BEM RUINS nesse roteiro, venhamos e convenhamos. Bem, pelo menos teríamos super-porradaria, coisa que fez uma enorme falta no primeiro, além de um vilão que sempre é planejado para aparecer em alguma adaptação cinematográfica do azulão mas, por alguma razão, sempre acaba indo pra escanteio. Uma pena, pois daria um baita espetáculo visual, pelo menos. Aliás, deveriam ter pulado a “novelinha” de Superman Returns e começando já daqui…
“Mas, tio Hellbolha, por que não fizeram essa continuação?”. A resposta é muito simples, amiguinhos e amiguinhas: Bryan Singer estava CAGANDO E ANDANDO pra essa sequencia! Ele estava mais preocupado com seu novo filme estrelado por Tom Cruise, Operação Valquíria. E com os atrasos que isso traria ao começo da produção de Man of Steel, os roteiristas Dan Harris e Michael Dougherty, simplesmente “sartaram” fora. Lembrando que tudo isso aconteceu em 2007, ano em que começou a famosa greve dos roteiristas. Sem roteiristas e com Bryan Singer nem aí pra coisa toda até finalizar Operação Valquíria, a produção do filme seria catapultada para o ano de 2009 com lançamento previsto pra 2010. Mas eis que surge outro problema: o contrato de Brandon Routh, que previa viver o papel em uma trilogia, vencia em 2009. Com tantos perrengues acontecendo pra tal sequencia sair, a Warner/DC mandou tudo as favas e decidiu por fazer um reboot de uma vez. E assim, em 2013, nasceu o Man os Steel que conhecemos.
Um último fato interessante: a direção desse longa também foi oferecida a Bryan Singer, no entanto o problemático diretor recusou, pois preferiu filmar Jack: O Caçador de Gigantes, também de 2013, filme que custou 195 milhões e faturou…197 milhões. Pois é, Singer…errou feio, errou feio, errou rude…
E vocês, amiches e amichas, o que acham de Superman Returns? Acham que essa sequncia teria sido um sucesso estrondoso ou um fracasso retumbante? Deixe suas opiniões nos comentários e se esse vídeo alcançar 100 mil likes eu vou…não, pera…plataforma errada…
Até próxima, amiguinhos!
PS: Acaba de me ocorrer que Zack Snyder adora empurrar a alegoria do “Superman Jesus” em Man of Steel. Se ele tivesse filmado o roteiro da sequência do filme do Singer, ele teria tido orgasmos , já que, sacrificando seu filhos para nos salvar, Superman passaria de uma alegoria de Jesus para uma alegoria de…DEUS! Man of Steel 2 vem aí…fiquem de olho que o Snyder pode ler esse post aqui e colocar a ideia pra frente…