Batman – Estranhas Aparições

Estranhas Encheções de Linguiça

Não bastassem apenas os típicos vilões caricatos, Batman agora possui um inimigo dentro do sistema. Rupert Thorne, um vereador com um longo histórico de corrupção, iniciou uma cruzada pública para proibir as ações do vigilante mascarado, manipulando órgãos legais e opinião pública. Além disso, mais do mesmo, enfrentando inimigos de sempre como mais que excêntrico Calculador. Na identidade secreta, Bruce Wayne engatou um namoro com a socialite e filantropa Silver St Cloud, e está muito próximo de lhe revelar a sua outra identidade.

Tentado se recuperar das queimaduras radioativas provenientes do seu embate contra o Dr Phosphorus, Bruce segue  os conselhos de um amigo e procura auxílio médico em uma clínica exclusiva para ricaços e que não tem o costume de  fazer perguntas aos seus clientes. Ao chegar lá, porém, ele se vê transformado em refém pelo doutor Hugo Strange. O vilão criou a clínica para conseguir cobaias as quais injeta um soro que os transforma em monstros, os milionários além de lhe pagarem por um antídoto temporário também acabam participando de suas atividades criminosas.

Bruce consegue fugir em dado momento, mas é capturado novamente, dessa vez trajando-se como o Batman. Além da fortuna de Bruce, Strange agora possui também a identidade secreta do Homem Morcego, uma informação valiosíssima no submundo de Gotham. Ajudado por Robin, Batman consegue escapar da clínica, enquanto isso, em uma tentativa de leiloar a identidade secreta do  heróis, Strange acaba nas mão de Thorne, que quer a informação a qualquer custo. Os seus capangas espancam o psiquiatra violentamente, mas Strange acaba por levar seu valioso segredo para o túmulo.

Começa aí uma série de aventuras recheada de mistérios e um pouco de sobrenatural, contando com outros célebres personagens da vida do homem morcego como Coringa, Pinguim, Pistoleiro, um novo, instável e trágico Cara de Barro. Ao final do encadernados temos uma história curta na qual Batman terá que impedir o sequestro em massa de um trem de passageiros.

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Entrei na Feira da Fruta, pra ver o que a Feira da Fruta tem. Tinha laranja, morango e banana, só não tinha a jaca do meu bem. Ok, a fase do Batman desenhada por Marshal Rodgers é icônica, e os desenhos são realmente ótimos, mas o roteiro eu  achei meio nhé. Talvez seja por causa da distribuição, Steve Englehart, Denni O’Neil, Bob Rozakis e Len Wein. Dá pra dizer que pelo menos três aí são grandes roteiristas e tem o seu nome marcado pra sempre no hall da fama dos quadrinhos, mas essa sequência de autores em teoricamente um run (todo picotado) dá uma inconstância na parada. No final ficou parecendo que eu estava lendo uma quadrinização um pouco mais adulta de Feira da Fruta, e nem tão mais adulta assim.

A história extra fica por conta de Detective Comics 36, de 1940. Produzida pela dupla Bill Finger e Bob Kane, a revista marca a primeira aparição de Hugo Strange, na época um genérico cientista maluco e gênio do crime. Strange cria uma máquina que cobre Gotham com uma densa névoa, facilitando assim uma onda de crimes. Uma história típica dos anos 40, mas Strange faz parte de um seleto grupo de vilões do morcego que perdurou desde os primeiros anos.

Saldo final: Já disse que nenhuma revista vale pelo preço de capa, certo? Essa aqui não vale nem com desconto, até porque a Panini republicou ela no Lendas do Universo DC com mais histórias. Encerro o post com este clássico do cancioneiro popular brasileiro.

Godoka
24/04/2018