O horror se espelha nesses olhos.

Todos sabem que, se bem feito, História Alternativa é um dos cenários mais legais possiveis.  Sempre pensamos “E se tal coisa tivesse sido assim?” E se não sabiam desse fato, agora sabem. E são pessoas melhores por isso.

Mas enfim.

Youji Senki – Saga of Tanya the Evil se passa em um mundo que, bem, olhando um mapa que aparece, é bem claro que é o nosso, com nomes e divisões politicas diferentes. O periodo parece algo remanescente da época da Primeira Guerra, muito óbvio pelos campos de batalha atulhados de trincheiras e nego sendo partido em pedaços quando tenta avançar dois metros.

Tanya Degurechaff é uma feiticeira aérea do Império (algo como o Império Alemão, que durou de 1871 até 1918, mas no desenho pode ser mais antigo). Ela é uma figura, incomum, para o local. Uma menina pequena, com olhos muito claros.

O nome Tanya a Maligna não é gratuito. Sua lealdade ao Imperio e a eficiencia, fora sua imensa capacidade destrutiva lhe renderam promoções. Mas suas atitudes em como atingir tal eficiencia lhe renderam o apelido. Falando sério, ela teria uma excelente carreira como Commissar em Warhammer 40k, sabe, os caras que garantem a disciplina das tropas, geralmente atirando nelas.

Vamos ao spoilerão.

Tanya é na verdade um executivo japones escroto, que foi morto em 2013 por um cara que ele demitiu. Segundos antes de sua morte, Deus, ou o Diabo, resolveu trocar uma ideia com ele. O sujeito, achando isso ser impossivel e argumentando que nenhum ser assim poderia logicamente existir começa a argumentar, o que irrita o ser, que ele resolve chamar de “Existencia X”.

E a “Existencia X” resolve colocar a mente do cara num bebê de um mundo de magia e assolado por guerras, para lhe ensinar humildade e fé. Ela tem lembranças de sua vida anterior, na verdade, está pouco se cagando para humildade e fé. Ele nota a semelhança com a historia do nosso mundo e resolve se tornar alguém foda por lá mesmo.

Como parte do esquadrão áereo, Tanya, e outros magos são utilizados em combate de forma semelhante a batedores, apoio aereo e artilharia, uma posição perigosa.  Mas ideal para os planos dela de se promover no exercito.

As cenas de batalha são primorosas e não poupam os horrores dos campos de batalha e é possivel antecipar a quantidade de merda que vai bater pelo nome do terceiro episodio, Deus Vult.

Isso é “Deus o quer!” em latim, o grito de guerra da Primeira Cruzada. Putz.

O anime, que naturalmente tem também um mangá e nasceu em Light Novels, está no segundo episódio enquanto escrevo e está interessante o suficiente para garantir um acompanhamento atencioso.