O Sombra Vol.1: O Fogo da Criação

Ennis acertando a mão de novo.Shadow01-Cov-Ross_02
Buenas, amiches. Estava eu caminhando em um belo dia pensando em o quanto eu ando gastando com hqs e como eu preciso de um tempo longe das livrarias e bancas. Resolvi comprovar minha força de vontade entrando na livraria a qual deixo meu dinheiro de costume e saindo sem nada na mão. Me fodi, pois milagrosamente o encadernado do Sombra chegou por essas bandas e gastei o que tinha no bolso.
Agora, sem um puto no bolso até a primeira semana do mês que vêm, estou em casa sem poder sair com a galera pra tomar uma breja. Pelo menos estou colocando a leitura em dia. Tô com preguiça de escrever e vou copiar a sinopse na contracapa:

O ano é 1938 e o Sombra está de volta num conto de ação explosiva  e intrigas mortais. Uma noite de carnificina zona portuária de Nova York lança o misterioso justiceiro numa conspiração envolvendo o destino do próprio mundo. Enquanto as nuvens da tempestade adensam-se ao redor do globo, prenunciando a guerra, agentes dos serviço de inteligência militar estadunidense têm um encontro com Lamont Cranston, determinados a derrotar a hordas de espiões e assassinos em busca do maior de todos os prêmios… mas qual sua verdadeira natureza, somente o Sombra sabe.

E agora os tópicos padrões desde o último review:

  •  Roteiro: bem divertido, bem violento, bem feito. Garth Ennis não tem costume de fazer feio, isso a gente sabe. Temos o desfile clássico de mortes e violência típico da histórias que o cara escreve, só que longe daquela pegada meio engraçada que acostumamos a ver em obras como Preacher, The Boys e em algumas histórias do Justiceiro.O assunto é sério, a ficção foi inserida em meio a fatos históricos, os abusos cometidos pelos japoneses na China são notórios, então não espere muita graça. Outro ponto a se destacar é na construção dos personagens, uma dos pontos fortes do roteirista.

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  • Arte: aqui a coisa fica meio estranha. Os desenhos de Aaron Campbell são realmente bons, mas não chamam muito a  atenção. A primeira coisa que presto atenção em relação aos desenhos é a narrativa, não adianta desenhar maravilhosamente se a passagem entre quadros é confusa (deve ser por isso que sou fã do Steve Dillon), e nesse ponto o cara se sai bem, a história flui legal pelas páginas.

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A única coisa que me incomodou foi na arte finalização. Nos primeiros capítulos o traço parrce mais solto, com mais riscos e o contorno dos personagens mais grosso. Isso fica bem evidente no capítulo 3. Do capítulo 5 em diante as coisas mudam, o desenha ganha uma finalização mais delicada, mais “bem feita” por assim dizer. Não sei se foi troca do arte finalizador ou problemas com o prazo no meio da revista, mas fica meio esquisito. Porém issão não atrapalha em nada.

 

  • Acabamento: lombada quadrada, capa dura plastificada e papel muito bom no interior. Arte da capa do Alex Ross. Muito bonito pra se ter na estante.
  • Extras: Gostei bastante. A primeira coisa é o roteiro do capítulo 1, muito legal pra quem tem curiosidade de saber como é feito uma revista, mais legal ainda se você é fâ do Ennis e tem curiosidade de saber como ele trabalha. Depois um desfile com a caralhada de capas variantes das revistas contidas no encadernado, destaque pras capas sombrias do Jae Lee e as capas retrô estilosas de Francesco Francavilla ( e pra variar Howard Chaykin mostrando que já foi melhor, apesar de uma ter ficado excelente). Pra fechar comchave de ouro vários esboços do Ross pra capa da primeira edição muito bons e um esboço de merda do Jae Lee.
Antes do cara fazer uma coisa linda dessas...

Antes do cara fazer uma coisa linda dessas…

...ele faz uma bosta dessas. Pra quê botar isso nos extras?

…ele faz uma bosta dessas. Pra quê botar isso nos extras?

Agora uma coisa que eu não entendi. De brinde, junto com o encadernado vem 9 cards com capas e informações sobre alguns títulos da Dynamite: O Último Fantasma, O Sombra, O Aranha, O Morcego Negro, Máscaras, Kirby: Gênesis, Vampirella (peladinha e banhada em sangue), Juíz Dredd e Besouro Verde. Valeu, obrigado, como diria meu pai “de graça a gente aceita até injeção na testa”, mas… pra quê isso? Tô usando como marcador de págrina, mas é um brinde meio inútil.

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Nota final: 9

Não é um clássico, mas é uma história muito boa, acima da média do que se encontra por aí.

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E o próximo review pode demorar um pouco, galera. Estamos dependendo de alguém pra nos ajudar com isso, e se ele falhar não sabemos o que pode acontecer com o amanhã.

norman mccay

 

Godoka
28/11/2013