Sully – O milagre do rio Hudson
Preparar para o impacto.
Em 2009 o voo US Airways 1549 fez uma manobra considerada dificilima na melhor das hipoteses, pousar, em segurança, no rio Hudson em Nova Iorque.
O voo começou normalmente, mas poucos minutos após a decolagem, o avião foi atingido por um bando de pássaros, que danificaram as duas turbinas. O comandante Chesley Burnett Sullenberger III, felizmente apelidado de Sully, decidiu que a unica chance era levar o avião pro rio e não para um dos aeroportos que foram sugeridos pela torre de controle do aeroporto Laguardia.
O filme, dirigido por Clint Eastwood, retrata dois momentos, o do acidente em si e a imensa repercussão que houve depois, tanto da midia quanto a investigação do acidente.
É naturalmente focado na figura do capitão Sully (Tom Hanks) e mostra o cara tendo dificuldade de se ver no papel de heroi e seus medos após o acidente.
Há uma certa controversia no filme sobre o papel da NTSB, o órgão lá de segurança do transporte aereo, que investigou o acidente. O filme retrata os agentes sendo bastante agressivos e antagonizando Sully e o co piloto Skiles (Aaron Eckhart), tentando jogar a culpa em falha do piloto, o que acabaria com a carreira de Sully, um veterano de mais de quarenta anos de voo.
Foi essa experiencia que o levou a tomar a atitude que tomou, indo meio que contra os procedimentos normais, procedimentos esses que, a bem da verdade, não cobriam uma situação como aquela. Em certo momento cobram isso dele, mas Sully replica que o exemplo do manual era pra um caso do avião estar a milhares de pés de altitude, não a meros 800 e poucos metros, sobre a maior cidade do planeta.
Eastwood é um dos melhores diretores de cinema da atualidade e sabe fazer uma historia emocional sem ser dramalhenta. Então é um puta filme.