Monstro do Pântano – Semente Ruim
Overdose de Monstro do Pântano nessa merda! É isso aí mesmo. Como a Mythos não republica os encadernados do Hellboy que faltam pra eu completar a coleção e como Conan e Juiz Dredd são caros pra cacete e eu espero ficar em promoção pra comprar, minha nova fixação é ampliar minha coleção de Monstro do Pântano e Hellblazer, então se segurem. E dando uma volta pela Multiverso Comic Con RS, eis que essa singela revista a qual eu estou namorando a muito tempo tava ali à venda. Comprei seminova e em perfeito estado de conservação. Escrita do Andy Diggle e ilustrada por Enrique Breccia, essa história passa em um dos momentos onde o personagem criado por Len Wei e Bernie Whrigston está mais poderoso que nunca. Após eventos em uma fase anterior a qual eu não vou explanar aqui (pelo menos não hoje) Alec não é mais apenas o avatar do Verde, mas também da Terra, do Fogo, da Água e do Ar, poderes adquiridos após ele derrotar os respectivos elementais. Durante os embates ele também acabou perdendo a sua humanidade, o que pode ser muito arriscado para as pessoas ao redor do globo. Como se isso já não fosse problema o bastante, Zargon está de volta ao mundo dos vivos. Pra quem não se lembra, o feiticeiro criado na era de ouro morreu tentando ajudar o Monstro do Pântano durante o final da saga Gótico Americano, escrita por Alan Moore. Zargon planeja recrutar Tefé, filha de Alec com Abby Cable, que também possui a habilidade de manipular o verde, e diferente do pai, consegue também manipular a carne. Segundo o mago, agora que o monstro não possui mais o seu lado humano, o mesmo intenciona matar a própria filha para dominar também a carne e se tornar uma divindade absoluta, porém com a sua ajuda Tefé pode frear as intenções do elemental. No último núcleo da trama, John Constantine também está ciente do perigo que seu antigo “parceiro” representa agora e tem seu próprio plano para consertar as coisas. A ideia é simples, unir novamente a humanidade de Alec Holland ao Monstro do Pântano, para isso ele recupera as memórias do cientista e as armazena em seu antigo corpo, sepultado há anos no lodo pelo Monstro (algo ocorrido também na fase Moore) e na hora certa encontrará um meio de uni-la à criatura. O roteiro de Diggle é se baseia bastante na fase mais clássica do personagem, tanto pelo seu clima sobrenatural quanto pelos personagens envolvidos, tornando a sua passagem pelo título algo a ser lembrado. Os desenhos de Breccia são bastante estilizados e sombrios, sendo que essa característica se sobressalta mais com a colorização. É o tipo de arte que não dá pra ser imaginada ilustrando uma história de linha atual, mas que era um dos trunfos da Vertigo. Essa edição não foi lançada pela Panini e sim pela Devir, e ainda está disponível para a venda em alguns sites, com preços variando entre 30 e 40 reais. No geral ela possui um bom acabamento e não conta com extras além de uma breve cronologia do personagem. Definitivamente não é um ponto de partida para novos leitores, mas vale apena para os fãs.