Oh, o paradoxo do título.

Dia da Toalha é um dia normal, a única coisa que compensa são os descontos que você encontra por aí. A vasculhando na interneta jeitos marotos de queimais dinheiro achando que estou fazendo economia, encontro esse encadernado maroto na Saraiva com um descontinho maneiro. Comprei ele e o encadernado do Deadpool, além de uma coleção de Calvin e Haroldo de encher os olhos e aquecer o coração. Mas isso tudo é matéria para outro post.

Geralmente esses encadernados compilam seis edições da série mensal, mas esse aqui vai só até a All New X-Men 5, o que é uma pena, pois foi bem aí que eu parei de ler na época do scan. A história se passa logo depois dos eventos ocorridos em Vingadores Vs X-Men, que eu não li mas sei que é uma merda. Scott Summers matou Charles Xavier e hoje é tido como um terrorista mutante, e está recrutando novos mutantes para uma revolução.

Enquanto isso, na turma antiga, Hank McCoy está mudando. Mudando e morrendo. Dessa vez o seu corpo não conseguirá aguentar o stress de uma nova mutação, e antes de partir para o outro lado do mistério resolve tomar uma atitude desesperada: viajar no passado e trazer a primeira formação dos X-Men para o caótico futuro, em uma tentativa desesperada de fazer Ciclope enxergar o quão errado é o seu atual caminho. E aqui acaba a sinopse.

Bendis é um cara difícil de se argumentar, ele tem muita moral na Marvel, e esse na minha opinião é o maior problema. A qualidade das suas obras é inversamente proporcional ao número de títulos que atocham no rabo dele para escrever ao mesmo tempo. E isso gera resultados muito instáveis como Ultimate Homem Aranha e a sua fase no Demolidor, que são ótimas, e coisas como Invasão Secreta ou seu período nos Vingadores, que transita entre o medíocre e o ruim. Na minha opinião essa fase dos X-Men (até onde eu li) se encaixa no primeiro grupo. Todo reboot é um saco, mas essa fase dos X-Men começou muito bem.

Outro ponto importante também é a arte. Nunca vi um trabalho ruim de Stuart Immonen, é o tipo de cara que não dá pra encontrar defeito em parte alguma, nem na anatomia, nem na composição, sequência, expressões faciais, calzone essas coisas. As cores de Marte Garcia também são ótimas, com bastante sombra e tons mais escuros.

Talvez  o a única coisa realmente desagradável desse encadernada seja um desliza da Panini, que  na página 98 sapecou uma versão em baixa resolução da página, deixando a mesma cheia de serrilhados e aparência borrada. Isso é coisa de amador, parece que pegou um scan e mandou pra imprimir. Mas tirando essa cagada da versão brasileira, é um encadernado muito bom, aguardando ansiosamente a segunda parte.

PS: a cada novo encadernado da Marvel que vai pra prateleira eu fico mais feliz com essa padronização de contra capas e lombadas.