Deadpool – Meus Queridos Presidentes
Bom bem legal.
Deadpool é um personagem estigmatizado. Também pudera, um cara criado nos anos 90 com um visual pra lá de genérico e uma origem pífia, marca registrada das criações de Rob Liefeld. Mas o mérito de Liefeld acaba aí, através dos anos, o mercenário foi ganhando ares mais divertidos e menos Youngbloodianos, o que na verdade nunca quis dizer qualidade. Mas depois de tanta gente elogiando essa fase do personagem, resolvi pagar pra ver ler.
Na trama, um agente da S.H.I.E.L.D. insatisfeitos com o rumos de seu país resolve ressuscitar antigos presidentes americanos para tornar a américa grande de novo (slogan de idiota, esse) só que na necromancia as coisas não são simples, e o que retorna são versões corrompidas dos líderes do passado. Parece uma tarefa simples mandar os zumbis de volta para o além túmulo, só que nenhum herói que se preze quer ser visto dando uma surra no corpo morto de John Kennedy. De Ronald Regan talvez, de Nixon com certeza, mas de Kennedy ou Washington nem pensar!
É aí que o nosso grande herói entra em cena. Herói?
Deadpool é o nome perfeito para o serviço, já que ele possui todas qualidades necessárias como: ser descartável, ser louco, ser indigno de confiança, não se importar em sujar as mãos e não possuir associação com nenhuma entidade governamental ou heroica. Não é o mercenário que a situação merece, mas é a que ela precisa. E missão dada é missão cumprida, com várias mortes, sangue, tripas e piadas escrotas pelo caminho.
Ok, essa não foi a melhor história que eu já li, isso nunca vai ser encontrado nesse personagem, mas ainda assim é uma história boa. esqueça os compromissos cronológicos e outras chatices dos quadrinhos, o que rola aqui é diversão pura. Essa é uma revista cheia de bons momentos, o roteiro da dupla Gerry Duggan e Brian Posehn é redondinho e descomplicado, e a arte de Tony Moore tá maravilhosa, assim como o trabalho de cores de Val Staples. Outra coisa também que vale a pena ser mencionada é a chuva de referências visuais à cultura pop e quadrinhos.
Vale a pena comprar? Pergunta difícil de responder. É uma história maneira e o encadernado tá muito bonito, mas não acho que teria comprado ele se não tivesse o encontrado em promoção. Vão por sua conta e risco.