Eu, Wolverine
Estamos chegando ao fim da coleção.
E a Salvat deixou muita coisa boa pro final, talvez pra dar aquele sentimento de que valeu a pena gastar uma pequena fortuna nessa coleção.
Eu, Wolverine é uma minissérie em quatro edições estrita por um nem tão verborrágico Chris Claremont e desenhada por um nem tão estilizado Frank Miller. Na história, Logan resolve tirar uma folga de suas atividades como integrante dos X-Men e viaja para o Japão em busca de Mariko Yashida, herdeira do clã Yashida e seu grande amor. Porém ao chegar no seu destino nem tudo são flores, pois Mariko está casada.
Shingen, pai de Mariko e que todos achavam estar morto, retorna misteriosamente e oferece a mão de sua filha como pagamento de uma dívida sua. Mesmo amando outro homem, a jovem precisa honrar as tradições, por mais que seu marido seja um homem cruel e violento. Só que Logan não é do tipo que deixa barato, nem que deixa pra lá sem explicações.
No primeiro embate entre Wolverine e Shingen, o baixinho canadense leva a pior. Cego de raiva e envenenado, o mutante é ferido e humilhado na frente de sua amada, depois acaba sendo jogado em algum beco para morrer, mas é resgatado por Yukio, que de certa forma é o oposto de Mariko. Enquanto sua amada é bela, recatada e do lar, Yukio é uma guerreira, forte e misteriosa. Como não se apaixonar por uma mulher dessas? Mas nem tudo é o que parece.
Essa minissérie foi uma das primeiras coisas que comprei no início da minha coleção. Me lembro que comprei a versão encadernada da Panini, juntamente com Marvels e Namor: Nas Profundezas. Foi a única compra que fiz no site da Comix, porque tem que ser muito trouxa pra se pagar 15 pila de frete e comprar de novo no mesmo lugar. Mas o fato é que essa é uma das minhas histórias favoritas, e uma das melhores coisas dessa coleção. Esse período para mim é o segundo melhor da arte de Frank Miller, perdendo só para o seu trabalho em Ronin.
A versão da Panini ainda incluía a história do casamento entre Logan e Mariko, que não chega a se consumar pois a mesma rejeita o noivo devido influência do Mestre Mental. É nessa história também que a tempestade assume pela primeira vez o visual com moicano. Não entendi porque a Salvat optou retirar a história dessa versão, já que o encadernado ficou bem fino, mas mesmo assim vale a aquisição.